menu hamburguer
imagem topo menu
logo Lance!X
Logo Lance!
logo lance!

Acesse sua conta para ter acesso a conteúdos exclusivos e personalizados!

twitter logo
twitter logo
twitter logo
twitter logo

Bilhões em jogo: entenda a força-tarefa global para combater a pirataria de esportes online

Iniciativa pode garantir uma receita anual adicional de US$ 28 bilhões ao setor

Câmera filmando o jogo

Pirataria custa bilhões de dólares anuais à indústria esportiva (Foto: Alex Pantling/AFP)

Lance! - 15/05/2023 - 12:45

Lance! - 15/05/2023 - 12:45

O mercado ilegal de transmissões esportivas causa um prejuízo bilionário a clubes, ligas e empresas de mídia anualmente. O combate à pirataria, portanto, se tornou uma das prioridades da indústria para os próximos anos e conta com uma novidade importante: o lançamento da Força-Tarefa de Pirataria Esportiva ACE, liderada pela coalização global antipirataria Alliance for Creativity and Entertainment (ACE).

Com o objetivo de identificar as operações de pirataria esportiva, o novo grupo trabalhará com a polícia e organizações como a Interpol e a Europol para buscar ações de fiscalização para desligá-las. Entre os apoiadores do projeto, estão duas empresas gigantes do setor de mídia esportiva: o serviço de streaming de esportes DAZN e a emissora beIN.

O DAZN torna-se a 53ª empresa a ingressar na ACE desde que a coalizão foi formada em 2017. A tendência é que mais empresas nos setores de mídia, entretenimento e transmissão esportiva ingressem ao grupo nos próximos meses.

- O roubo de propriedade intelectual de conteúdo esportivo ao vivo é um problema da indústria, impactando negativamente todos os esportes e fãs de esportes e precisa de um esforço conjunto global para enfrentá-lo de forma significativa - disse Shay Segev, diretor executivo do DAZN.

Por que combater as transmissões ilegais?

De acordo com um estudo da Synamedia/Ampere, o combate à pirataria esportiva global pode representar uma receita anual adicional de US$ 28 bilhões (R$ 138 bilhões, na cotação atual) para o setor. A lógica é simples: sem a concorrência de transmissões ilegais, as empresas de mídia poderão pagar valores maiores na compra dos direitos de mídia.

Na Itália, inclusive, uma lei antipirataria deve turbinar as receitas do Campeonato Italiano nas próximas temporadas. De acordo com Luigi De Siervo, CEO da Lega Serie A, o novo decreto do governo, que deve ser ratificado nos próximos meses, pode aumentar o valor dos direitos domésticos de transmissão da liga em € 150 milhões por temporada no próximo ciclo, de 2024-25 em diante.

- O novo governo finalmente entendeu a gravidade do fenômeno da pirataria na Itália. Há mais de quatro anos, a Serie A trava uma guerra implacável contra a pirataria, com investimentos significativos em softwares e tecnologias capazes de remover sites piratas, e com uma equipe jurídica capaz de atacar toda a cadeia de suprimentos a ponto de impor multas econômicas significativas aos consumidores finais que inevitavelmente deixam rastros digitais de acesso a sites e aplicativos ilegais. Mas a batalha mais difícil é contra as IPTVs. Somente na Itália, o impacto econômico deste decreto pode ser de € 150 milhões adicionais por temporada em taxas de direitos - disse De Siervo ao SportBusiness.

Câmera de TV - transmissão de TV - combate pirataria nos esportes

Empresas de mídia se unem para combater a pirataria (Foto: Fifa/AFP)

A Itália não é exceção. Os governos estão cada vez mais sensíveis ao problema da pirataria, uma vez que esses bilhões perdidos pelas empresas de mídia também representam impostos não pagos e empregos bem remunerados que deixam de ser criados.

Consumo de pirataria no Brasil

Uma pesquisa realizada pela Ipsos em 2021 para a DirecTV relevou números sobre o consumo de pirataria na América Latina. Os resultados indicam, por exemplo, que 53% da população brasileira com acesso à internet assistem à conteúdo pirata, enquanto o número é de 58% no continente como um todo. Ao lado de filmes e séries, os esportes aparecem como o principal motivo para o público consumir conteúdo pirata.

O tema é tratado com atenção pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Nos últimos meses, o órgão ampliou suas operações contra IPTVs piratas e aparelhos TV Box irregulares, incluindo o bloqueio de sinais. Há também uma parceria com a Ancine (Agência Nacional do Cinema) para combater a pirataria digital.

É importante frisar que pirataria é crime no Brasil. De acordo com o artigo 184 do Código Penal, a pena para quem fere direitos autorais com a intenção de lucro pode chegar até a quatro anos de prisão. As punições contra os piratas, no entanto, costumam ser brandas em comparação à Europa e Estados Unidos.

Compartilhetwitter logofacebook logowhatsapp logo
share logo

Relacionados

Mais Notícias

Ver Mais
email icon

Sucesso!

Em breve, você receberá as últimas atualizações com notícias sobre o mundo dos esportes, no seu e-mail.

News do Lance!

Receba boletins diários no seu e-mail para ficar por dentro do que rola no mundo dos esportes e no seu time do coração!