A notícia de que o atleta Lucas Paquetá está sendo investigado em relação a um cartão amarelo que foi aplicado nele em um jogo da Premier League foi amplamente divulgada na mídia mundial e pegou a todos de surpresa.
Porém, pouco ou nada foi falado sobre como a gestão de um clube deve agir em situações como essa. Eu, particularmente, concordo com a atitude do clube inglês, afinal, investigação não é sentença.
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Afinal, o que fazer internamente em relação ao atleta? Já tive experiências parecidas e vou dividir algumas regras de ouro para a gestão de situações como essa:
✔️Buscar, ao máximo, informações sobre a investigação e os elementos probatórios levantados;
✔️ Colocar o departamento jurídico do clube à disposição do atleta, ao mesmo tempo em que se faça um estudo profundo das cláusulas do contrato;
✔️ Colocar um profissional de psicologia do clube à disposição do atleta;
✔️ Criar imediatamente um comitê de crise junto ao departamento de Comunicação do clube e envolver o núcleo familiar do atleta junto a ele;
✔️ Ter uma conversa privativa com o atleta e seu representante para alinhamento de expectativas;
✔️ Expor o caso ao grupo de atletas e funcionários do clube, de uma forma clara e objetiva;
✔️Comunicar a Federação de origem (no caso a CBF), caso o atleta seja presença constante em listas de convocação para seleção nacional;
✔️ Fazer um pronunciamento oficial do clube através dos seus canais de mídia, preparado com ajuda de especialistas em gestão de crise.
Paquetá em ação pelo West Ham (Foto: GLYN KIRK / AFP)
Não vou julgar e muito menos suspeitar do atleta Lucas Paquetá, mas posso dizer que o tema de envolvimento de atletas com sites de apostas é uma realidade e deve ser encarado de frente, com a seriedade necessária.
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E já adianto: punições exemplares e linchamentos públicos tem efeito curto e não contribuem nada para a mudança de cultura.
Quem me conhece, conhece minha luta e a minha crença de que a única solução existente para diminuir o impacto deste mal no futebol é a educação.
* Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Lance!