Copinha 2025: entenda o impacto financeiro para clubes, empresas e cidades
Competição começa no dia 2 de janeiro e conta com 128 clubes
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A Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2025 começa nesta quinta-feira (2) e vai até 25 de janeiro. Principal competição de futebol de base do país, a Copinha é a oportunidade quase inigualável para jovens jogadores, clubes e empresas.
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Meninos que sonham ser astros do futebol veem a chance de mostrar o talento, uma vez que a competição serve de palco não só para jogadores dos grandes clubes do Brasil, mas também para aqueles que atuam em pequenas equipes do interior.
A Copinha vai além da tentativa de colocar mais um troféu nas galerias. É a chance de revelar jogadores que poderão chegar à equipe profissional e, quem sabe, na melhor das hipóteses, ajudar o time a ganhar títulos e depois encher os cofres da instituição.
Já as empresas, veem na Copinha a oportunidade de aliar marcas ao esporte mais querido pelos brasileiros e ganhar exposição que pode gerar retorno financeiro e prestígio.
Como os clubes lucram com a Copinha?
Diferentemente das competições do futebol profissional, a Copinha não distribuiu prêmios em dinheiro ao clube campeão ou a quem tenha se destacado no torneio. Ainda assim, gera lucro aos times que a disputam. Além de revelar talentos, também faz com que essas equipes vendam esses jovens por valores milionários. O movimento de mercado acaba se tornando espécie de investimento fundamental para a sobrevivência de diferentes clubes.
Ao longo dos anos, a competição produziu diversos exemplos bem-sucedidos que poderiam ser citados, mas vamos buscar alguns que aconteceram nos últimos 5 anos.
O elenco do São Paulo, campeão da edição 2019, revelou astros, entre eles, o atacante Antony. O jovem foi vendido ao Ajax, em 2020, por cerca de 16 milhões de euros. Os lucros do Tricolor não pararam ali. O clube também recebeu porcentagem do dinheiro que o time holandês embolsou quando vendeu Antony para o Manchester United, da Inglaterra. Foram cerca de 17 milhões de euros a mais para os cofres do São Paulo.
Outros dois bons exemplos aconteceram do lado alviverde da capital paulista. O Palmeiras foi campeão da Copinha em 2022 e 2023. As duas campanhas jogaram luz sobre astros hoje conhecidos por qualquer fã de futebol: Endrick e Estêvão. Além de brilhar no profissional, após a conquista do título com o sub-20, os dois jogadores renderam um rio de dinheiro ao Verdão.
Endrick foi vendido ao Real Madrid, ainda em 2022, em contrato de cerca de 70 milhões de euros. Do valor, o Alviverde ficou com cerca de 35 milhões de euros e outros 25 milhões pagos de maneira variável, em bônus por desempenho do atacante.
Estêvão foi vendido ao Chelsea, da Inglaterra, no meio de 2024. O contrato foi de cerca de 61,5 milhões de euros, sendo 45 milhões de euros fixos, e 16,5 milhões de euros em metas. O Verdão ficou com 70% da quantia, enquanto o atacante e a família dele ficaram com os outros 30%.
Vale pontuar que não são apenas os campeões ou os clubes grandes que conseguem fazer bons negócios com destaques da competição. Há também a movimentação entre os clubes brasileiros, que observam jogadores em times de menor expressão para serem incorporados, levando vantagem para os dois times e para os atletas.
Investimento na base
De acordo com o Relatório Convocados 2024, feito pelo economista Cesar Grafietti, Flamengo, Palmeiras e São Paulo são os times que, nos últimos 5 anos, mais investiram nas categorias de base. Consequentemente, também foram os que conseguiram maior receita com a venda de jogadores. A exceção é o Grêmio, que investiu bastante, mas não conseguiu transformar produção em venda.
Em 2023, o time que mais fez investimentos na base foi o São Paulo. Segundo o estudo, foram R$ 34 milhões colocados em Cotia. O Palmeiras aparece em segundo lugar, com investimento de R$ 31 milhões na base.
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Esses investimentos refletem as boas atuações desses clubes na Copinha, assim como na revelação de atletas e em lucro com transferências.
Impacto nas sedes
Há ainda o impacto econômico nas cidades que recebem os jogos. A presença da Copinha gera empregos temporários, movimenta o turismo e incentiva a prática do esporte.
Neste ano, as cidades que receberão a competição são: Votuporanga, Santa Fé do Sul, Tanabi, Bálsamo, Franca, Brodowski, Araraquara, Cravinhos, Tupã, Lins, Jaú, Tietê, São Carlos, Itapira, Porto Feliz, Capivari, Osasco, Votorantim, Barueri, Embu das Artes, Guaratinguetá, Taubaté, Mogi das Cruzes, Suzano, Santana do Parnaíba, Salto, Santo André, Itaquaquecetuba, Guarulhos e São Paulo.
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