De conglomerado a estádio: por que dono do PSG deseja vender parte das ações do clube
Nasser Al Khelaifi já tornou público o desejo de vender participação minoritária no PSG
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O presidente do Paris Saint-Germain, Nasser Al Khelaifi, planeja vender parte do clube. O desejo tornou-se público no fim de 2022 e, desde então, diversos grupos já mostraram interesse em adquirir uma participação minoritária no negócio. Um deles é o Arctos Sports Partners, grupo de investidores de private equity com sede nos Estados Unidos. A informação foi publicada inicialmente pela CBS Sports.
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As conversas ainda estão em estágio inicial, mas sabe-se que as empresas interessadas buscam algo entre 5% e 15% de participação no PSG. Como o clube está avaliado acima de € 4 bilhões (cerca de R$ 21 bilhões) no mercado, a operação pode envolver até € 630 milhões caso seja concluída. Mas, afinal, por que o fundo de investimentos QSI, que pertence a família real do Qatar e controla o PSG desde 2011, pretende abrir mão de parte das ações?
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A explicação é simples: a chegada de um acionista minoritário disponibilizaria novos recursos para o desenvolvimento do PSG. Após aporte maciço de capital nos últimos 12 anos, Nasser Al Khelaifi busca um parceiro para manter o nível de investimento no clube francês, à medida que possa investir em outras duas frentes: a ampliação do conglomerado de clubes e a resolução do tema "estádio".
Ampliação do conglomerado
Sócia majoritária do PSG, a QSI pretende ampliar seus braços dentro do mercado do futebol e formar um conglomerado de clubes - como o Grupo City, por exemplo. No último ano, o grupo adquiriu uma participação minoritária do Braga, de Portugal.
- A Qatar Sports Investments se orgulha de investir em empresas e marcas desportivas líderes em todo o mundo, permitindo-lhes atingir todo o seu potencial. Portugal é um país fundado no futebol, com alguns dos fãs mais apaixonados e um dos melhores sistemas de formação do mundo. O SC Braga é uma instituição portuguesa exemplar, com uma história impecável, uma enorme ambição e uma reputação de excelência dentro e fora do gramado - disse Nasser Al Khelaifi na época.
Desde então, o grupo também esteve envolvido em negociações pela compra de ações de clubes da Inglaterra e da América do Sul. Caso confirme a venda de parte das ações do PSG, Nasser Al Khelaifi teria recursos para manter o investimento no time francês ao mesmo tempo em que amplia o conglomerado de clubes.
Estádio em xeque
Outro ponto levado em consideração é o possível investimento do PSG em estádio nos próximos anos. O clube atualmente manda seus jogos no Parque dos Príncipes, mas o estádio pertence à prefeitura de Paris, que não pretende vendê-lo. Com o objetivo de ampliar as receitas de MatchDay, a QSI busca uma solução e estuda o investimento na aquisição do Stade de France, maior palco esportivo do país.
O estádio pertence governo francês e é gerido por um consórcio composto pelas empresas Vinci e Bouygues. A concessão termina no dia 30 de junho de 2025, mas o estado já se movimenta para decidir o futuro do local. Ministra do Esporte da França, Amelie Oudea-Castera não descarta vender o estádio, o que empolga o PSG. O clube, no entanto, mas não é o único interessado: a Fifa também estuda a possibilidade de investir na aquisição do Stade de France para ter um estádio próprio.
O Stade de France tem capacidade para 80 mil pessoas e é avaliado entre US$ 426,9 milhões e US$ 640,4 milhões, de acordo com o jornal Le Figaro. A imprensa francesa ainda aponta que o local requer outros US$ 427 milhões em reformas. O dinheiro da possível venda de 15% das ações do PSG podem ser cruciais para o avanço deste projeto.
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