Entenda como a Fifa prevê faturar quase R$ 60 milhões até a Copa do Mundo 2026
Federação internacional de futebol espera bater recorde de faturamento no ciclo da primeira Copa do Mundo com 48 participantes
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Após arrecadar quase R$ 40 bilhões entre 2019 e 2022, a Fifa prevê um faturamento ainda maior até a Copa do Mundo de 2026. De acordo com Relatório Anual da entidade, aprovado nesta semana, o orçamento do próximo ciclo de Copa do Mundo é de US$ 11 bilhões (R$ 57,6 bilhões). O número representa um variação positiva de 47% entre os dois ciclos.
Abaixo, o LANCE! detalha o orçamento divulgado pela Fifa e explica como a entidade prevê alcançar o faturamento recorde entre 2023 e 2026.
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O aumento na receita da Fifa é impulsionado principalmente pela expansão dos dois principais torneios. A Copa do Mundo Feminina de 2023 será a primeira disputada por 32 países, enquanto a edição masculina terá 48 participantes em 2026.
A principal fonte de receita (39%) será a mesma do último ciclo: a venda de direitos de transmissão. A Fifa prevê arrecadar US$ 4,264 bilhões neste quesito - um aumento de 24% em relação ao ciclo anterior. De acordo com a entidade, quase metade deste valor já está assegurado com contratos em vigor.
+ Direitos de transmissão são a principal fonte de receita da Fifa entre 2019 e 2022; veja raio-X
- Com os fusos horários da América do Norte oferecendo cobertura favorável em todo o mundo para a Copa do Mundo 2026, além de uma programação de jogos ampliada, existe uma plataforma sólida para a comercialização de direitos, com 43% já contratados para o ciclo - escreveu a Fifa no relatório.
'Boom' de ingressos e pacotes de hospitality
O principal destaque do orçamento, no entanto, é a venda de ingressos e pacotes de hospitality. A Fifa prevê arrecadar US$ 3,097 bilhões neste quesito durante o ciclo, um valor seis vezes superior ao período entre 2019-2022.
O combo de ingressos e hospitality se tornará a segunda principal fonte de receita da entidade, respondendo por 28% do orçamento total. De acordo com a Fifa, o aumento é explicado pelo número maior de jogos e pela presença de "arenas de última geração" nas sedes da próxima Copa do Mundo.
- A Copa do Mundo 2026 será co-organizada pelo Canadá, México e EUA em 16 cidades-sede e em estádios de última geração. As vendas de hospitalidade são em grande parte impulsionadas pelo modelo estratégico em operação, que se afastou do modelo de cobrança de direitos, no qual os serviços de hospitalidade da FIFA eram terceirizados. Com os atraentes recursos de hospitalidade já embutidos nos estádios modernos, torcedores de todo o mundo poderão experimentar os vários pacotes disponíveis - explicou a Fifa.
O orçamento total para vendas de direitos de marketing é de US$ 2,693 bilhões, dos quais 21% já foram contratados em 31 de dezembro de 2022. Os contratos de patrocínio foram a segunda principal fonte de receita no último ciclo, mas serão ultrapassados pela arrecadação com ingressos/hospitality (compare os números no gráfico acima).
+ Copa do Mundo de 2026: cidades-sede poderão vender os próprios patrocínios
A Fifa também espera arrecadar US$ 669 milhões com a venda de direitos de licenciamento. Por fim, o orçamento inclui "outras receitas" no valor de US$ 277 milhões. Este último quesito será gerado a partir do Programa de Qualidade da FIFA, dos Torneios Olímpicos de Futebol, da venda de direitos de vídeo, do Museu da FIFA, de pênaltis e apelações, além de receitas de aluguel e outras fontes de receita.
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