Entenda como possível saída de Vasco, Botafogo e Cruzeiro pode impactar planos da Libra
Trio de SAFs estuda romper com Libra e pode ficar livre para negociar com Forte Futebol
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A Liga do Futebol Brasileiro (Libra) pode sofrer um golpe importante nos próximos dias. Insatisfeitos com certos pontos do estatuto, Vasco, Cruzeiro e Botafogo não têm permanência garantida no bloco.
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Destaques:
- Trio de SAFs ainda não assinou o MOU ("memorando de entendimento, na sigla em inglês) com o Mubadala Capital, fundo dos Emirados Árabes.
- Apenas 14 dos 18 clubes da Libra assinaram o documento. O Guarani é o outro que pode optar pelo rompimento com o bloco.
- Caso confirmada, saída dos quatro clubes impactaria planos do grupo e do fundo árabe
Contexto:
O possível rompimento de Vasco, Botafogo e Cruzeiro marca um novo capítulo da novela sobre a criação da liga de clubes do futebol brasileiro. O trio de SAFs ainda não assinou o MOU ("memorando de entendimento, na sigla em inglês) da Libra com o Mubadala Capital e considera a possibilidade de romper com o grupo.
A movimentação nos bastidores acontece após a última oferta do fundo árabe, que se comprometeu em pagar R$ 4 bilhões em um cenário intermediário da Libra, com a assinatura de 18 a 33 clubes.
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Como a Libra é composta atualmente por 18 membros, a quantidade mínima de assinaturas para concretizar o negócio parcial ainda não foi atingida - o que ameaça o desenvolvimento das negociações com as bases atuais.
Próximos passos:
Do lado da Libra, o negócio será concretizado se: (1) os quatro integrantes atuais tomem a decisão de assinar o MOU e (2) quatro clubes do Forte Futebol trocarem de lado.
Do lado dos clubes indecisos, o rompimento representaria a possibilidade de negociar com o Forte Futebol, bloco composto por outros 26 clubes, entre eles nove da Série A, como Fluminense, Internacional, Atlético MG, Athletico, por exemplo.
E o que representaria a troca para a LFF? O grupo ganharia força com a entrada de clubes tradicionais, chegaria a 30 membros, mas ainda não teria a quantidade de assinaturas suficiente para garantir o valor total da proposta do fundo Serengeti.
Opinião dos especialistas:
- Por essência, a Liga é um projeto de longo prazo e os clubes não deveriam pensar somente no signing fee e na utilização dos recursos apenas para reforçar o time, com olhos na próxima competição. Mas nós sabemos que o imediatismo ainda é muito forte e o que será pago na assinatura pode ser o ponto crucial. E como em qualquer negócio, tudo pode acontecer enquanto os contratos não são assinados - afirma Armênio Neto, especialista em negócios do esporte e sócio-fundador da Let!sGoal, empresa que conecta marcas, atletas e clubes.
- Essas negociações são bastante complexas e cada clube defende o que entende ser o melhor para a instituição. Por isso, acredito sim que possam acontecer movimentações de última hora. No entanto, creio que a boa notícia diante de tudo isso é a movimentação dos clubes na busca por melhorias e também por assumirem uma responsabilidade de tentar melhorar o produto futebol cada vez mais, por mais que a CBF esteja se esforçando para tornar as competições mais atrativas e os números têm comprovado isso. Fica a torcida para que os clubes cheguem a um consenso e que prevaleçam as ideias que sejam benéficas em prol do coletivo - diz Renê Salviano, CEO da Heatmap, empresa especializada em marketing e patrocínio esportivo.
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