Entenda o impacto financeiro nos clubes que avançam na Copa do Brasil
Competição teve aumento na premiação e paga altos valores desde a 1ª fase
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Atlético Mineiro e Vasco estreiam nesta terça-feira (18) na Copa Do Brasil e inauguram a edição 2025 do campeonato mata-mata. A dupla alvinegra joga fora de casa diante de Tocantinópolis-TO e União Rondonópolis-MT, respectivamente. Apesar da importância para os representantes da Série A, a partida tem um caráter muito mais decisivo para os adversários, que têm na competição a principal chance de faturar altas cifras e impulsionar o financeiro dos clubes.
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A Copa Do Brasil 2025 recebeu um acréscimo de 5%, em média, no valor das premiações a cada fase eliminatória disputada, o que aumenta também o peso da competição no calendário das equipes participantes.
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Usando como exemplo a primeira fase, Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vai pagar R$ 830 mil para clubes que fazem parte do Grupo III, composto por equipes das Séries C, D e sem divisão. A título de comparação, o prêmio é 16 vezes maior que o valor pago ao Cuiabá, campeão do Mato-Grossense 2024, que recebeu R$ 50 mil da federação.
Em contrapartida, os clubes mais modestos têm a difícil missão de enfrentar grandes equipes da elite nacional, muitas vezes não conseguindo avançar de fase. Em outros, o sorteio coloca no caminho outro adversário à altura, o que dá margem para sonhar com a classificação e estender a permanência na competição.
Nas fases seguintes, os times do Grupo III, que são os que menos recebem nas duas primeiras fases, faturam R$ 1 milhão na segunda rodada da copa e R$ 2,3 milhões pela terceira fase. A partir daqui, os prêmios são idênticos para clubes de qualquer um dos potes. A premiação final ultrapassa os R$ 100 milhões.
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Comparado aos estaduais, que se alongam por pouco mais de três meses, a Copa do Brasil pode dar à equipe um ganho financeiro representativo e que contribui não só para o pagamento de folhas salariais e contratações, mas investimentos na estrutura do clube nos centros de treinamento e de modernização das gestões de trabalho.
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Na história da Copa do Brasil, alguns jogos reascendem a esperança de equipes com menos orçamento de sonhar com a classificação, como a queda do Cruzeiro para o Sousa-PB, em 2024, Botafogo contra o ABC, em 2021, e o Bahia diante do River-PI, em 2020. Há também os exemplos de título, como Santo André e Paulista, nas temporadas 2004 e 2005.
Para os clubes maiores, as cifras distribuídas nas primeiras fases podem não representar muito, mas a medida que a competição avança se torna mais atrativa, tanto pelos adversários mais exigentes quanto pelo valor pago a cada etapa. Confira aqui os valores da premiação por fase na Copa do Brasil 2025.
Evolução do impacto financeiro
Há alguns anos, a Copa do Brasil já está consolidada como a competição mais rica do Brasil. Mas, a cada ano, a CBF vem investindo no aumento das cifras e o campeonato registra aumentos consecutivos da premiação final a cada edição disputada.
Em 2024, foram R$ 93 milhões para o Flamengo, cerca de R$ 8 milhões a menos que o valor de 2025. Por outro lado, em comparação ao valor recebido pelo rubro-negro no título de 2022, a campanha do ano passado aumentou mais de R$ 17 milhões. O time carioca faturou R$ 76,8 milhões ao derrotar o Corinthians nas penalidades.
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Em 2023, o título inédito do São Paulo rendeu R$ 88,7 milhões ao Tricolor. O Atlético Mineiro recebeu R$ 71,15 milhões pela campanha de 2021, enquanto o Palmeiras ficou com R$ 66,9 milhões.
A grande virada de chave da competição veio em 2017, quando registrou um aumento de 500% e saiu de quase R$ 13 milhões, conquistados pelo Cruzeiro naquela edição, para mais de R$ 60 milhões. O próprio time mineiro sofreu o impacto positivo porque levou o bicampeonato em 2018.
- 2024 (Flamengo): R$ 93,1 milhões
- 2023 (São Paulo): R$ 88,7 milhões
- 2022 (Flamengo): R$ 76,8 milhões
- 2021 (Atlético-MG): R$ 71,15 milhões
- 2020 (Palmeiras): R$ 66,9 milhões
- 2019 (Athletico-PR): R$ 64,35 milhões
- 2018 (Cruzeiro): R$ 61,9 milhões
- 2017 (Cruzeiro): R$ 12,8 milhões
- 2016 (Grêmio): R$ 10,74 milhões
- 2015 (Flamengo): R$ 7,95 milhões
- 2014 (Atlético-MG): R$ 6,19 milhões
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