Mercado de apostas esportivas mira faturamento bilionário no Brasil em 2023
Apesar da ausência de regulamentação, setor cresce no país e domina mercado de patrocínios esportivos
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Dominante no ramo de patrocínios no futebol brasileiro, o mercado de apostas esportivas cresce de maneira exponencial. De acordo com dados do BNL Data, o setor mira um faturamento de R$ 12 bilhões no Brasil em 2023 - um aumento de 71% em relação aos R$ 7 bilhões faturados em 2020.
- No ano passado, vimos o ramo de apostas com muito mais maturidade, alcance, competitividade, plataformas eficientes, interativas e com grande rapidez nas transações monetárias por conta da criação do pix, que resultou no ambiente ideal para uma evolução significativa desse mercado - comenta Darwin Filho, CEO do Esportes da Sorte.
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Apesar de não haver uma regulamentação definida no país, mais de 450 plataformas de apostas esportivas atuam no mercado brasileiro. Em busca de exposição entre os torcedores, as casas investem cada vez mais em patrocínio esportivo para se associar a clubes, competições e jogadores.
Nas últimas semanas, foi anunciada uma série de acordos deste tipo: o Corinthians fechou com a Pixbet; a Ponte Preta, com a EstrelaBet, o Grupo Globo, com a Betnacional; a Copinha, com a Esportes da Sorte, entre outros exemplos. Principal nome do futebol brasileiro, Neymar se tornou embaixador da Blaze.
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- O ramo de apostas esportivas se consolidou e tem alcançado um público cada vez mais abrangente. A população em casa devido a pandemia, a instauração do PIX e todo o marketing produzido pelas empresas deste mercado resultaram em níveis de notoriedade inéditos. Além disso, as diversas opções de jogo também contribuíram para o crescimento do negócio - explica Hans Schleier, diretor de marketing da Casa de Apostas.
O que diz a regulamentação atual no Brasil?
Em pleno crescimento, o mercado das apostas esportivas ainda carece de regulamentação no Brasil. Na prática, não há o estabelecimento de regras que definem como a atividade deve ser executada ou explorada comercialmente.
As plataformas atuam no mercado brasileiro respaldadas em uma brecha jurídica aberta em 2018, quando as chamadas "apostas de cota fixa" foram descriminalizadas. O texto estabelecia, no entanto, que o arcabouço de regras deveria ser criado no prazo de dois anos, prorrogáveis por outros dois pelo Ministério da Fazenda.
O prazo se encerrou em dezembro de 2022 ainda sem uma definição por parte do governo. Em função disso, as casas de apostas seguem sediadas no exterior e, no fim das contas, todo o dinheiro movimentado no mercado não gera retorno ao Brasil.
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