Mubadala Capital e Serengeti: conheça os fundos que negociam investimento bilionário no futebol brasileiro
Fundos têm acordos encaminhados com Libra e Forte Futebol, respectivamente, por 20% dos direitos de transmissão dos blocos
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Mubadala Capital e Serengeti são os dois principais fundos interessados em investir na eventual liga do futebol brasileiro. O LANCE! apresenta abaixo mais detalhes sobre ambas as empresas.
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Destaques:
- Mubadala Capital e Serengeti têm acordos, respectivamente, com Liga do Futebol Brasileiro (Libra) e Liga Forte Futebol (LFF).
- Ambas as empresas são fundos de investimentos e gestoras de ativos, com foco em private equity (capital privado).
- Somadas, as ofertas globais pela liga se aproximam a R$ 10 bilhões.
O interesse dos fundos estrangeiros no futebol brasileiro têm explicação. O intuito das empresas, ao se tornarem sócios da liga, é recuperar o investimento e lucrar no longo prazo, na medida em que receberão 20% das futuras receitas do Campeonato Brasileiro pelo período de 50 anos.
+ Libra e Forte Futebol acentuam ‘cabo de guerra’ e iniciam mês decisivo por liga única
Mubadala Capital:
Fundado em 2011, o Mubadala Capital é a subsidiária de gestão de ativos do Mubadala Investment Company, fundo soberano de Abu Dhabi (EAU). Apesar da relação com a matriz, a empresa tem uma administração separada e cresceu no mercado brasileiro após o colapso do império de Eike Batista.
Ao todo, o Mubadala Capital tem US$ 17 bilhões sob gestão, sendo cerca de US$ 5 bilhões no Brasil. Além do acordo encaminhado com a Libra, a empresa é acionista majoritária de uma refinaria na Bahia, três linhas de metrô no Rio de Janeiro e do torneio de tênis Rio Open, por exemplo.
O americano Oscar Fahlgren, presidente do Mubadala Capital no Brasil, e o brasileiro Sérgio Carneio, diretor executivo da empresa, são nomes fortes nas negociações com os clubes da Libra.
Serengeti Asset Management:
Do outro lado do tabuleiro, com um acordo fechado com a Liga Forte Futebol (LFF), está o Seregenti, gestora de ativos oriunda dos Estados Unidos. Fundada em 2007 por Joseph LaNasa, a empresa promete aportar R$ 2,3 bilhões para se tornar sócia dos clubes da LFF, caso se mantenha o cenário atual com menos de 36 clubes.
Em comparação com o Mubadala Capital, o Serengeti tem menos dinheiro sob gestão: são cerca de US$ 1,3 bilhão. Por isso, a empresa terá dois parceiros no negócio: a Life Capital Partners, gestora de Curitiba (PR), e outro fundo norte-americano, ainda mantido em sigilo.
Apesar de ser menos conhecido no Brasil, o fundo já opera no mercado esportivo, tendo participado de negócios relativos à mídia na Argentina e Chile. O Serengeti também diz ter feito aquisições na Fórmula 1, além das ligas de futebol na Europa, como a espanhola, francesa e holandesa, por exemplo.
Próximos passos:
Como os clubes ainda não chegaram a um consenso pela liga única, os fundos investidores têm pressa para assinar os contratos definitivos e garantir os direitos de transmissão dos respectivos blocos.
Segundo apurou o L!, há dois motivos por trás da "ansiedade" dos investidores: (1) enquanto não houver contrato assinado, os clubes podem trocar de lado e, (2) como os direitos são para o Brasileirão 2025 em diante, a ideia é começar as negociações com o mercado a partir do segundo semestre deste ano.
Com a aprovação interna de 24 dos 26 membros do Forte Futebol, o Serengeti quer concretizar o negócio nas próximas semanas. Inter e ABC são os únicos integrantes do grupo que ainda não levaram o assunto aos seus conselhos deliberativos. O Mubadala Capital, por outro lado, quer assinar o contrato definitivo com os clubes no fim de junho e dará um mês de prazo para eles aprovarem os termos internamente.
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