O Atlético-MG foi punido pela Fifa, nas últimas semanas, com o “transfer ban”. O motivo é uma dívida de 2,5 milhões de dólares (cerca de R$ 13 milhões) do clube mineiro com o River Plate (ARG) referente à compra do meia Nacho Fernández. Mas, afinal, quais são as consequências da punição?
O "transfer ban" é uma punição administrativa que a Fifa aplica aos clubes pelo não pagamento em transferências internacionais. Caso seja punido, o clube não pode registrar nenhum atleta nas competições, sejam transferências nacionais ou internacionais.
Para realizar a denúncia, o atleta ou clube credor deve entrar com um pedido na Fifa comprovando que o acordo não foi cumprido. A entidade notifica a equipe devedora e dá um prazo de 45 dias para que a dívida seja quitada.
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Caso o valor não seja pago a tempo, o clube é punido com o "transfer ban". A punição não tem duração determinada e só termina quando as partes chegam em acordo.
O caso do Atlético-MG não é inédito no futebol brasileiro. Nos últimos anos, outros clubes sofreram a mesma punição da Fifa e ficaram impedidos de registrar jogadores por certo período de tempo. Foi o caso de Cruzeiro, Coritiba, Vasco e Santos, por exemplo.
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Perda de ponto e rebaixamento: os riscos do "transfer ban"
Em um primeiro momento, o clube só fica impedido de registrar novos atletas. Entretanto, se o pagamento seguir em aberto, pode haver outras punições. Entre elas, a perda de pontos no Brasileiro e, posteriormente, o rebaixamento.
Ao contrário do que se pode pensar, o transfer ban não impede que os clubes negociem com jogadores, apenas impede que os atletas sejam registrados. Dessa forma, mesmo punido, o Atlético-MG pode
comprar e vender jogadores, mas terá que pagar a dívida se quiser tê-los em campo em 2023.
O clube tem cerca de três meses para solucionar a situação até a abertura da janela de transferências do futebol brasileiro, que está marcada para 11 de janeiro.