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As linhas de negócios da NBA no Brasil e o foco na experiência do fã

Com 46 milhões de fãs, liga de basquete amplia lista de patrocinadores e lojas físicas no país

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NBA tem 24 lojas físicas espalhadas pelo Brasil (Foto: Divulgação/NBA)

Lance! - 13/06/2023 - 10:05

Lance! - 13/06/2023 - 10:05

A NBA 2022/23 chegou ao fim nesta segunda-feira com o título do Denver Nuggets em cima do Miami Heat. Fora das quadras, a liga celebra o encerramento de mais uma temporada bem-sucedida do ponto de vista dos negócios, especialmente no Brasil.

Destaques:

- Head da NBA no país, Rodrigo Vicentini detalha ao Lance! as linhas de negócios da liga;

- Além dos direitos de transmissão, NBA se destaca pelo número de patrocinadores e lojas físicas no país;

- Todas as frentes da NBA no país têm uma característica comum: focar na experiência do fã.

- A gente tem três frentes de negócio. A primeira é a parte de direitos, ou seja, achar aqui no mercado brasileiro os parceiros ideais para distribuir o nosso conteúdo (nossos jogos ao vivo, os nossos highlights, séries específicas, etc). Apesar da gente ser uma liga de basquete, no fim do dia a gente é uma empresa de conteúdo e de mídia - explica Rodrigo Vicentini, antes de completar:

- A segunda frente seria a parte de patrocínio, onde a gente acha parceiros locais para nos ajudar a contar a história. E a gente tem uma terceira linha de negócios, que é a parte de licenciamento e varejo. Essa é uma área que cuida do nosso plano de expansão de lojas, dos parceiros licenciados que podem produzir a usar nossa marca para fazer sua linha de produto e a parte de collabs.

Rodrigo Vicentini, head da NBA no Brasil

Rodrigo Vicentini é o head da NBA no Brasil (Foto: Marcello Zambrano/Divulgação)

Estratégia multiplataforma com direitos de TV

A primeira linha de negócios da NBA no Brasil é a venda dos direitos de transmissão. Para esta temporada, a liga tinha três acordos válidos, incluindo um com a Budweiser, que repassou os direitos para diferentes plataformas de mídia. De forma geral, os jogos da liga puderam ser vistos na TV aberta, TV fechada e na internet, em streamings pagos ou gratuitos.

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- A gente investiu muito nos últimos anos em um conceito de multiplataforma. A gente decidiu inundar o mercado brasileiro com os nossos conteúdos, principalmente com os nossos jogos ao vivo, de forma que o povo brasileiro consiga escolher onde ele quer ver o jogo, quem está narrando, qual aparelho que ele usa e por aí vai. A parte interessante é que isso ajudou a trazer ainda mais pessoas para perto e a gente conseguiu aumentar o bolo, o que é bom para todo mundo porque acaba aumentando as audiências de todos os meios.  

Vicentini não confirmou, mas divisão dos direitos sofrerá mudanças para a próxima temporada. O parceria entre NBA e Budweiser chegou ao fim após dois anos, e os jogos da liga deixarão de ser transmitidos no TNT Sports e no Sportv, por exemplo. O pacote será assumido pela Amazon, que irá pagar mais para aumentar a oferta no Prime Video. Ainda há negociações para a Band seguir com direitos na TV aberta.

- O que eu posso te falar com extrema tranquilidade é que os fãs vão se deliciar com o que a gente está preparando para as próximas temporadas na questão de distribuição de jogos. Acho que a marca nunca teve um momento tão bom como a gente vê hoje. A gente pode garantir para os fãs que a gente vai realmente entregar o melhor basquete do mundo numa maneira ainda melhor do que dessa temporada - disse Rodrigo Vicentini, sobre as novidades nos direitos de transmissão.

Denver Nuggets salários jogadores

Denver Nuggets conquistou a NBA 2022/23 (Foto: JOE MURPHY/AFP)

Patrocinadores globais e nacionais 

Outra frente de negócios da NBA é a comercialização de patrocínio. Atualmente, a liga conta com 19 patrocinadores no país - uma lista que inclui marcas parcerias globais e nacionais. Os valores dos acordos são mantidos em sigilo, mas Vicentini destaca a possibilidade que as empresas têm ao se associar com uma liga que tem 46 milhões de fãs no Brasil.

- Como a gente enxerga o valor dessa base de fãs? Pela quantidade de parceiros que a gente tem no Brasil. Fora a questão da propriedade intelectual, falar que você pode se conectar com 46 milhões de fãs, que podem ser possíveis consumidores da sua marca, não tem preço. Isso é um reflexo da maturidade desse business aqui no Brasil e as marcas percebem isso. São extremamente estratégicos pra gente também porque eles ajudam a gente a contar a nossa história aqui no Brasil. 

Lojas em expansão desde 2016

Por fim, é preciso destacar a estratégia de licenciamento e varejo da NBA no Brasil. Nos últimos anos, a liga fechou uma série de collabs com marcas do mercado brasileiro - como Riachuelo, Reserva e Elka Brinquedos, por exemplo - e viu o número de lojas físicas disparar no país.

Menos de sete anos depois da inauguração da primeira loja, a NBA conta com 23 estabelecimentos em sete estados diferentes: Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Ceará. A 24ª loja será aberta em Brasília (DF) no segundo semestre deste ano. Em cada novo espaço, o foco é na experiência do fã.

- Existe um conceito muito disruptivo da nossa parte quando a gente pensa na nossa estratégia de varejo. A gente é uma liga muito conhecida por ter a questão da experiência no DNA. A gente realmente faz questão de tratar muito bem os nossos fãs e oferecer experiências que sejam memoráveis. A loja da NBA não é uma loja padrão, convencional. É um espaço que você entra num universo da liga e a gente pensa nos mínimos detalhes para conseguir abraçar o nosso possível consumidor/fã - disse Rodrigo Vicentini, antes de concluir:

- A gente enxerga esses lugares como ponto de contato com nossos fãs. É uma forma de estar presente e conseguir abraçar esses fãs. São investimentos que a gente faz aqui no Brasil para realmente ter essa presença no live marketing para realmente engajar com esse fã, que é extremamente conectado com o nosso universo. 

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