menu hamburguer
imagem topo menu
logo Lance!X
Logo Lance!
logo lance!

Acesse sua conta para ter acesso a conteúdos exclusivos e personalizados!

Por que o Brasileirão deveria ter menos times rebaixados?

Com uma abordagem mais estratégica e seleta, elevamos a qualidade técnica do torneio e aumentamos a atratividade para investidores

gazeta-press-foto-1965317-aspect-ratio-512-320
imagem cameraSantos e Goiás estão entre os rebaixados à Série B de 2024 (Foto: Victor Borges/Pera Photo Press/Gazeta Press)
Avatar
Joe Hirakuri
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 07/12/2023
15:45

  • Matéria
  • Mais Notícias

Você, meu parceiro torcedor, analise comigo tanto no nível de ambos os elencos quanto na sobrepujança econômica e alcance mercadológico: o duelo abaixo é atrativo para se assistir num domingo à tarde ou na sua quarta à noite depois de uma árdua correria no trabalho e ávido por uma cerveja gelada com a rapaziada?

Um embate entre esses dois êmulos é justo e de proporções iguais a ponto de te oferecer um jogo de futebol digno de um espetáculo que valha cerca de 96 minutos da sua total atenção?

➡️ Acompanhe os negócios no esporte em nosso novo canal. Siga o Lance! Biz no WhatsApp

Um grande viva às cada vez mais raras zebras – vide a hegemonia de Flamengo, Palmeiras e Galo no competitivo e indecifrável Brasileirão ou até mesmo no império de conquistas brasileiras nas últimas trocentas Libertadores – e que elas perdurem a pastem por aqui cada vez mais, mas os números não mentem:

Seguindo os dados e cifras da Pluri Consultoria, parceira do Lance! Biz, notamos aqui alguns módicos milhões de discrepância e que imperiosamente refletem no resultado final da qualidade e competitividade do jogo e também do posicionamento do campeonato como uma plataforma de exposição para grandes marcas. Se ligou?

Vale a pena sacrificar o seu valioso tempo para curtir um duelo díspar como esse? A não ser que você se esconda atrás da corriqueira muleta: “Vamos no Palmeiras x Criciúma, porque vai ser tranquilo, vazio e sem briga pra levarmos o vovô ou a filhinha” a resposta é claramente negativa.

Reitero: meu total respeito e torcida à longevidade e maior aparição das zebras e zicas, mas a lógica, a razão e o histórico recente não mentem e a resposta é NÃO!

➡️ Finanças em alerta: Santos terá queda generalizada de receitas em 2024; veja valores

Nunca, em nenhum veículo, em mídia alguma eu já li ou escutei sobre o assunto: por que a CBF não diminui o número de rebaixados ao final do Campeonato Brasileiro?

Sempre tiro a maior onda daquele time grande que cai, meu time já frequentou a Série B e me divirto com os infindáveis memes e resenhas, mas diante do cerne de negócio, dinheiro, cifra e equilíbrio/nível do espetáculo competitivo: vale a pena ter um clube infinitamente inferior em dinheiro e qualidade técnica jogando a Série A para vê-lo cair com 10 rodadas de antecedência já em meados de outubro?

Sou daqueles dos mais assíduos leitores de colunas, tuítes opinativos e notícias sobre futebol. Desde os tempos de Lance! até o finado e excelente Jornal da Tarde, eu simplesmente devorava qualquer tipo de notícia e opinião esportiva. Cresci lendo Cosme Rímoli e Jamil Chade e hoje migrei demasiadamente para o audiovisual, redes sociais, portais de notícia online e seletos debates de mesa redonda na TV fechada.

Vejo que, como sempre, muito se critica, pensa, corneta ou opina sobre resultados, táticas e erros homéricos da arbitragem, mas por que a ótica nunca pende para a valorização do campeonato como um melhor produto para as marcas, como uma vitrine para os possíveis patrocinadores ou até como um espetáculo de maior nível competitivo para nós os loucos e viciados que não perdemos um lance sequer?

Já não estamos todos circundados pela sombra da “Máfia das Apostas” que paira sobre cada gol contra suspeito ou erro grotesco e inexplicável? Por que não fazer algo para elevar o nível competitivo e técnico do nosso campeonato doméstico? Por que não diminuir a discrepância financeira entre clubes e surfar de uma melhor maneira o recente advento das SAFS e Ligas em estruturação?

➡️Disputa acirrada: confira a linha do tempo da briga contra o rebaixamento na última rodada do Brasileirão

Tudo no mundo dos negócios deve ser baseado em dados. Considerando o Brasileirão na última década e meia, é notória a tendência de times que, promovidos em um ano, acabam retornando à segunda divisão logo na temporada seguinte ou não duram três temporadas seguidas na elite, também conhecido como o famoso efeito “sobe-desce”, sendo América-MG, Goiás, Atlético-GO, Coritiba e Juventude os exemplos mais precisos.

Essa rotatividade não só compromete a qualidade técnica do torneio, mas também a continuidade do desenvolvimento dos clubes, do bom futebol jogado e também como um negócio envolvendo marcas, empresas e investimentos. Os mais afetados de um cenário assim são os anunciantes, patrocinadores, canais de transmissão e, principalmente, torcedores.

Diante da inovação e de mudanças que tiram do comodismo, é comum que o mimimi “Ah, mas de onde você tirou isso!?” seja frequente e grite alto. A título de comparação com as quatro ligas mais hypadas e célebres em termos de espetáculo, audiência e grana envolvida, segue o maior exemplo de validação que eu posso destacar a você colega torcedor:

Ao trazer para o Brasil essa abordagem mais estratégica e seleta, não apenas elevamos a qualidade técnica do torneio, mas também aumentamos a atratividade para investidores e patrocinadores.

A visão de um Campeonato Brasileiro mais concorrido e imprevisível não só cativa os torcedores, mas também abre as portas para uma gama mais ampla de oportunidades comerciais, fazendo do futebol nacional um ativo mais valioso no cenário global e também local.

Meu maior e mais forte efusivo respeito às cidade de Criciúma, Caxias, Belo Horizonte, Curitiba, Goiânia e às numerosas tantas cidades que praticamente carregam e sustentam seus respectivos clubes em todas as divisões espelhadas pelo Brasilzão adentro, às múltiplas comunidades e profissões engajadas em cada um dos times de segundo, terceiro ou quarto escalão – até mesmo os incríveis e surpreendentes campeonatos varzeanos – do futebol brasileiro.

O debate sequer é esse, mas o ponto de reflexão é que os regulamentos são injustos e mal formatados. Ponto final. Não que um jogador, um profissional, um clube ou uma história sejam mais ou menos ínfimos do que os outros, pelo contrário: o debate é válido, pois a equidade deveria imperar diante de outras decisões tão cegas e inúteis por parte dos regulamentos, federações, CBF e inclusive vindouras Ligas.

* Este texto é de inteira responsabilidade do autor e não reflete, necessariamente, a opinião do Lance!

Coluna do Joe Hirakuri
Joe Hirakuri é colunista do Lance! Biz (Arte Lance!)



Mais lidas

Newsletter do Lance!

Fique por dentro dos esportes e do seu time do coração com apenas 1 minuto de leitura!

O melhor do esporte na sua manhã!
  • Matéria
  • Mais Notícias