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Vale mais? Veja a comparação do investimento na SAF da Portuguesa com o de outros times

Clube da capital paulista está prestes a se tornar Sociedade Anônima do Futebol

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Camisa da Portuguesa (Foto: Divulgação/Portuguesa)

Mariane Ribeiro - 15/11/2024 - 16:06

Mariane Ribeiro - 15/11/2024 - 16:06

A Portuguesa deu mais um passo para virar SAF na quinta-feira (15) ao ter a proposta feita por XP Investimentos, Tauá Futebol e Reeve aprovada por seu Conselho Deliberativo. Agora, basta que a Assembleia Geral de Sócios concorde para que o negócio seja fechado.

A proposta dos investidores é de R$ 1 bilhão por 80% das ações do clube. A cifra se destaca entre as negociações feitas no futebol brasileiro até o momento, mesmo a Portuguesa tendo como compromisso para 2025 apenas a participações no Paulistão, na Série D do Brasileirão e uma chance de disputar da Copa do Brasil.

O Lance! Biz mostra para você a diferença entre os valores envolvidos na compra da futura SAF da Lusa e os montantes aportados em casos de gigantes do futebol brasileiro como Atlético-MG, Botafogo, Vasco, Cruzeiro e Bahia.

Estádio do Canindé, casa da Portuguesa de Desportos (SP) – 2024

Estádio do Canindé (Foto: Divulgação / Portuguesa)

Proposta pela SAF da Portuguesa

O valor de pouco mais de 1 bilhão será investido em três áreas diferentes. Cerca de R$ 450 milhões será utilizado para pagar a dívida do clube, em processo de recuperação judicial. A remodelação do complexo do Canindé, incluindo estádio e a construção de um novo clube social, receberá um investimento de R$ 500 milhões. Além disso, R$ 263 milhões irão diretamente para o futebol do clube até 2029, sendo R$ 30 milhões já em 2025.

Esse valor destinado ao futebol também já tem uma subdivisão estabelecida: R$ 44 milhões vai para investimentos no futebol de base, R$ 50 milhões para a compra de jogadores, R$ 114 milhões para a folha salarial dos cinco anos, R$ 18 milhões serão utilizados para investimento no CT e R$ 7 milhões para o futebol feminino.

Administrativamente, a XP Investimentos ficará responsável pelos investimentos financeiros dentro do clube, a Tauá cuidará da gestão de futebol e a Revee tomará conta da administração do novo espaço do Canindé, incluindo a arena multiuso.

Outras SAFs

Atlético-MG

No Atlético-MG, foi feita uma divisão em que a associação ficou com 25%, incluindo a sede administrativa e clubes sociais; e os outros 75% (futebol, Arena MRV e Cidade do Galo) passaram a pertencer à Galo Holding. O valor do investimento inicial feito pelos compradores foi de R$ 916 milhões, sendo R$ 505 milhões de aporte ao caixa do clube, R$ 316 milhões para amortização de 100% da dívida do Alvinegro com a família Menin e mais R$ 95 milhões que seriam captados pela FIGA nos anos seguintes. Além disso, a Galo Holding também assumiu a dívida de R$ 1,8 bilhão da associação.

Botafogo

No caso da SAF do Glorioso, o empresário norte-americano John Textor adquiriu 90%, deixando 10% sob a posse do clube social. Dono de outros clubes como Lyon, da França, e o Crystal Palace, da Inglaterra, Textor assumiu a responsabilidade de aportar R$ 400 milhões nos três primeiros anos do projeto, iniciado em 2022.

John Textor - Botafogo

John Textor (Foto: Thiago Ribeiro/AGIF)

Vasco

O Vasco virou SAF em 2022 quando vendeu 70% das ações à 777 Partners. O acordo inicial previa que a empresa investiria R$ 700 milhões, em quatro parcelas, na Vasco da Gama SAF por cinco anos e assumiria até R$ 700 milhões em dívidas do clube. Eles também arcariam com R$ 28 milhões em custos de estruturação da empresa e da transação.

Cruzeiro

Em dezembro de 2021, Ronaldo Fenômeno comprou 90% da SAF da Raposa com um acordo que determinava que ele aportaria inicialmente R$ 50 milhões no clube e outros R$ 350 milhões viriam por investimento direto ou por incremento de receitas com base na média do resultado da associação entre 2017 e 2021.

Bahia

No fim de 2022, os sócios do Bahia aprovaram a venda de 90% da SAF ao Grupo City. O acordo, assim como o oferecido à Portuguesa, garantia ao clube um investimento de R$ 1 bilhão, no entanto, num prazo bem mais longo, 15 anos. O dinheiro investido pelo Grupo City seria dividido em ao menos R$ 500 milhões para a compra de jogadores, R$ 300 milhões para o pagamento de dívidas e R$ 200 milhões para infraestrutura, categorias de base, capital de giro, entre outros pontos.

Bahia - Grupo City

Bahia vendeu sua SAF ao Grupo City (Foto: Divulgação)

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