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Goleiro Bruno: saiba tudo sobre o caso do assassinato de Eliza Samudio

Conheça toda a história envolvendo o ex-jogador do Flamengo

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Veja a história de assassinato de Eliza Samudio (Foto: VANDERLEI ALMEIDA / AFP)

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O caso do assassinato de Eliza Samudio, realizado por Bruno Fernandes de Souza, que ficou popularmente conhecido apenas como "Goleiro Bruno", na época jogador do Flamengo, foi um dos maiores escândalos que já aconteceram no futebol brasileiro. O caso que extrapolou o campo do esporte ainda traz desdobramentos, mesmo tendo acontecido há quase 15 anos. O Lance! te conta tudo sobre o caso do Goleiro Bruno.

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O relacionamento de Bruno com Eliza Samudio

Segundo o então goleiro do Flamengo, ele e Eliza se conheceram no ano de 2009, em um churrasco na casa de um companheiro de time. A partir daquela festa, ele e a modelo teriam começado a ter uma relação, passando a se encontrarem diversas vezes. Bruno teria inclusive prometido a Eliza que deixaria sua esposa para viver com ela. Neste meio tempo, Eliza Samudio ficou grávida do atleta, que então, com a notícia, terminou seu relacionamento com a mulher.

Eliza Samudio
A modelo, Eliza Samudio, foi assassinada no ano de 2010 (Foto: Divulgação)

O início das agressões

Em 13 de outubro de 2009, o caso começou a dar indícios do que poderia se tornar. Eliza Samudio prestou queixa à polícia naquele dia, alegando que havia sido mantida em situação de cárcere privado por Bruno e seus amigos, "Russo" e "Macarrão", sendo também obrigada a tomar substâncias abortivas, além de também alegar ter sido espancada.

Com a denúncia, a delegada Maria Aparecida Mallet, da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (DEAM) de Jacarepaguá, proibiu Bruno de chegar perto da mulher por menos de 300 metros. No entanto, o pedido de proteção foi negado pela Justiça, que afirmou que o então goleiro não tinha relação íntima com a modelo.

Assim, o bebê de Eliza e Bruno nasceu em fevereiro de 2010, em São Paulo, época que a modelo morou na cidade na casa de uma amiga. Porém, o atleta não quis reconhecer a paternidade, acusando a mulher inclusive de ter dado o "golpe da barriga". Neste período, Eliza Samudio pediu uma ação de reconhecimento de paternidade, além de cobrar pensões do goleiro e o denunciar por agressão, que complicou a sua carreira futebolística. Ele jurou vingança à modelo.

O caso de assassinato

Em junho de 2010, Eliza Samudio foi dada como desaparecida pela polícia. A modelo tinha ido viajar ao sítio do goleiro Bruno, em Esmeraldas, Minas Gerais, já que ainda tinha esperança de uma reconciliação. A atitude dela e do atleta também surpreendeu os advogados do processo de agressão, já que o homem realmente parecia buscar um acordo. Bruno relatou que Eliza foi embora do sítio por sua vontade, e que deixou o filho de ambos com um colega em comum. O menino foi achado na favela de Ribeirão das Neves.

Em 26 de junho, Bruno é visto pela polícia como suspeito no desaparecimento da modelo e em 6 de julho daquele ano, um adolescente de 17 anos foi preso em um apartamento de Bruno, que relatou que participou do sequestro de Eliza Samudio, além de ter dado diversas coronhadas na vítima. Além disso, também afirmou que ela teve seus braços amarrados e foi estrangulada por Marcos Aparecido dos Santos, um ex-policial, conhecido como Bola.

Em 7 de julho de 2010, a Justiça de Minas Gerais expediu um mandado de prisão para Bruno e mais sete pessoas. A Justiça do Rio de Janeiro também fez o mesmo para o ex-atleta e para Luiz Henrique Romão, conhecido como Macarrão, pelo sequestro e cárcere privado de Eliza em outubro de 2009, fazendo com que ambos se entregassem para a Polícia do estado do Rio de Janeiro.

O julgamento do caso do Goleiro Bruno

O julgamento dos presos estava marcado para ser realizado em novembro de 2012. Dos personagens importantes da história, apenas Macarrão foi julgado neste primeiro momento. O homem foi condenado 15 anos de prisão por homicídio qualificado.

Bruno foi preso em 2010 a mando das Justiças de Minas Gerais e Rio de Janeiro (Foto: Alex de Jesus)
Bruno foi preso em 2010 a mando das Justiças de Minas Gerais e Rio de Janeiro (Foto: Alex de Jesus)

Já Bruno foi ser julgado apenas em março de 2013, por pedido da defesa do ex-goleiro. Ele foi condenado a 17 anos e 6 meses em regime fechado por homicídio triplamente qualificado (por motivo torpe, asfixia e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima), a outros 3 anos e 3 meses em regime aberto por sequestro e cárcere privado e ainda a mais 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver. Outra peça importante da história, Marcos Aparecido dos Santos, o "Bola", foi condenado a 22 anos de prisão pelo crime, em abril do mesmo ano.

O que aconteceu com Bruno?

Depois da prisão, o goleiro Bruno foi solto anos mais tarde, em 2017, por decisão do ministro do STF, Marco Aurélio Mello, que constatou que o atleta poderia aguardar o julgamento do caso em segunda instância em liberdade. Em março daquele ano, Bruno foi contratado pelo Boa Esporte, clube de Minas Gerais.

No entanto, em 20 de abril de 2017, o STF voltou atrás em sua decisão, e decidiu novamente colocar Bruno na cadeia. Atualmente, ele está em liberdade condicional, trabalhando como um entregador de móveis no litoral do Rio de Janeiro, em Rio das Ostras.

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