Superclássico dos técnicos: enquanto Gallardo é lenda no River, Alfaro busca construir história no Boca
Rivais se enfrentam nesta terça-feira em busca de uma vaga na final da Libertadores da América. Alfaro busca primeiro título; Gallardo já ganhou duas vezes, todas pelo River.
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A semifinal da Libertadores da América colocará, frente a frente, dois técnicos com histórias antagônicas em River Plate e Boca Juniors. Nesta terça-feira, independentemente do resultado ao final da partida, na Bombonera, às 21h30, Marcelo Gallardo continuará com o status intacto no atual campeão da competição, graças ao currículo de ouro que tem, com títulos continentais e nacionais. Por sua vez, Gustavo Alfaro, que chegou ao Boca no início do ano, ainda busca criar um vínculo consistente com a torcida e o clube no geral.
Falar de Marcelo Gallardo no River Plate significa falar, necessariamente, de títulos. Não bastasse o período como jogador, quando ganhou uma Libertadores da América, uma Supercopa e seis Campeonato Argentino, como treinador o currículo é ainda mais recheado. Três Recopa, duas Libertadores, duas Copa da Argentina, uma Sul-Americana e uma Supercopa da Argentina. Definitivamente, o maior técnico da história do clube de Belgrado. A idolatria é tão grande que Gallardo vai virar estátua de sete metros nos arredores do estádio Monumental de Nuñez
Para Pep Guardiola, treinador do Manchester City, o trabalho de Muñeco, como é conhecido Gallardo, "é tão incrível, que não consigo entender como ele não disputa os troféus de melhor do mundo". O contexto fica ainda mais impressionante quando levamos em consideração que o profissional, de 43 anos, assumiu o time depois de sua pior fase. Foi em 2014 que ele assumiu, logo após a volta dos Millonários da segunda divisão. Em todos os títulos sul-americanos, o River de Gallardo eliminou o Boca Juniors: na Sul-Americana de 2014, na Libertadores de 2015 e na Libertadores de 2018.
Natural de Santa Fé, Gustavo Julio Alfaro fez sucesso no Arsenal de Sarandí, onde venceu a Sul-Americana de 2007, o Torneio Clausura do Campeonato Argentino de 2012 e a Supercopa Argentina de 2013. Em dez meses de Boca Juniors, vive seu principal momento. Líder da Superliga da Argentina e semifinalista da Libertadores, o principal desafio de Alfaro no atual trabalho é recuperar a "identidade xeneize".
E o que significa essa identidade? Primeira, a recuperação da mística copera do Boca, que não vence a Libertadores desde 2007. O estilo de jogo aproxima o atual time dos que foram campeões do torneio: força defensiva, velocidade nos contra-ataques e eficiência no ataque. Na derrota por 2 a 0 no Monumental, o os Xeneizes sofreram seus primeiros gols no mata-mata, depois de passar zerado contra Athletico-PR e LDU.
Gustavo Alfaro acredita que esse é "o jogo da carreira", como o próprio se referiu, em coletiva nessa segunda-feira. Para Gallardo, o clássico tem importância, "mas não tão grande quanto a final do ano passado". Respostas que ratificam a distinção existente entre ambos quando se trata dos dois clubes. Em jogo, também, uma espécie de "hegemonia" da Taça Libertadores da América. O Boca Juniors é o maior campeão do século, com três títulos. O River venceu duas.
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