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Campeão dos leves do Bellator, Patricky Pitbull revela que pensou em se aposentar antes de conquistar o cinturão: “ainda bem que eu não desisti”

Peso-leve conquistou o título na última sexta-feira (5) no Bellator 270 ao nocautear o irlandês Peter Queally <br>

Patricky Pitbull celebra com sua família e sua equipe a conquista do cinturão
Patricky Pitbull celebra com sua família e sua equipe a conquista do cinturão (Foto: divulgação Bellator)

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Dez anos e 23 lutas após fazer a sua estreia no Bellator, Patricky Pitbull finalmente realizou o seu sonho de se tornar campeão mundial peso-leve da organização americana. A jornada do potiguar até o cinturão foi longa, mas teve um final feliz na última sexta-feira (5), quando ele derrotou o irlandês Peter Queally por nocaute no segundo assalto pelo Bellator 270, que foi realizado em Dublin, na Irlanda, na casa de seu oponente. Passados dois dias da grande vitória, o brasileiro disse que ainda não consegue acreditar que é o dono do cinturão dos leves do Bellator.

“A caminhada foi longa, mas eu consegui. Ainda não caiu a ficha. Estou muito feliz com a vitória. Foi tudo perfeito pra mim. Fui no país do meu adversário, com a torcida toda a favor dele, e consegui vencer. Estou em êxtase, ainda não consigo acreditar que sou campeão. Estou aproveitando cada momento. Aproveitei cada momento durante a luta, com a torcida gritando a favor do meu adversário, peguei toda essa energia e usei a meu favor. O mais engraçado foi quando eu estava caminhando para o cage, a música parou de tocar, as luzes se acenderam e eu olhei para o meu irmão, comecei a rir e falei: “é hoje que serei campeão mundial. Eu vou nocauteá-lo! Chegou o meu dia”. E foi exatamente como eu imaginei. Meu sonho foi realizado”, revelou.

Mas por muito pouco Patricky não realizou o seu sonho. Isso porque o potiguar revelou que não acreditava mais que seria campeão e passou quase dois anos flertando com a aposentadoria. Ele contou que se não fosse a sua esposa insistindo que ele continuasse, ele teria pendurado as luvas.

“Passaram muitas coisas pela minha cabeça antes de conquistar esse título. Eu pensei em me aposentar, durante quase dois anos eu só pensava nisso. Depois da luta no Japão, e também com a pandemia, eu fiquei muito desanimado. Briguei com a minha esposa várias vezes dizendo que ia me aposentar e ela falando que eu não ia parar. Eu falava que não dava mais, que não aguentava mais lutar e ela dizendo que eu era um guerreiro, que eu estava apenas desanimado. O pensamento de aposentadoria e de achar que não seria campeão mundial foram muito fortes na minha cabeça. Foram pensamentos que vieram constantemente, mas com o apoio da minha esposa, que insistiu muito, que dizia que eu ainda seria campeão, que eu, graças a Deus, não desisti”, revelou.

Outro fator que ajudou a motivá-lo a seguir em frente nos últimos meses foi a revanche contra Queally. Na primeira luta, realizada em maio, Patricky estava vencendo até sofrer um corte e ver o médico interromper a luta.

“Peguei também essa motivação de ser uma revanche e treinei como não treinava há muito tempo, exatamente por conta desses pensamentos. Essa revanche me motivou bastante, e com o cinturão em jogo, fiquei ainda mais motivado. Eu estava tão bem que eu sabia que seria campeão”, contou.

Agora, com o cinturão conquistado, ele não pensa mais em aposentadoria. Seu objetivo a partir de agora é defender o título o maior número de vezes possível.

“Realizei meu sonho. Eu sempre almejei ser campeão mundial, ter um cinturão, e eu consegui isso. Pra mim é como se fosse uma fase de um videogame. Você faz todo um percurso e tem o desafio final. E o desafio final foi a disputa de cinturão e eu consegui vencer, consegui zerar o jogo (risos). Agora é continuar trabalhando duro, treinando bastante, para defender esse cinturão. Agora a responsabilidade aumentou. É como se eu tivesse sido pai pela primeira vez. Sei o quanto tenho que me dedicar, pois tenho uma responsabilidade muito grande, que é defender o cinturão”, concluiu.

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