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Cyborg ‘detona’ Amanda: ‘Usando meu nome para criar sua marca’

Atual campeã peso-pena do UFC, Cris Cyborg fez críticas à compatriota Amanda Nunes, que a desafiou para uma superluta, mas teve duelo marcado para o UFC 224

Cris Cyborg é a nova campeã peso pena feminino
imagem cameraCris Cyborg fez duras críticas à compatriota Amanda Nunes sobre possível superluta (FOTO: Divulgação/UFC)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 16/03/2018
12:24
Atualizado em 16/03/2018
13:15

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Atual campeã peso-pena do Ultimate, Cris Cyborg parece estar perdendo a paciência no que se refere à uma superluta contra Amanda Nunes, detentora do título peso-galo da organização. Tudo começou ainda no ano passado, quando a “Leoa” levantou a possibilidade de enfrentar a curitibana na divisão dos penas, em um duelo que, provavelmente, renderia ótimos números de PPV. Cris, inicialmente, não se mostrou disposta a enfrentar uma compatriota, no entanto, foi mudando de opinião conforme a baiana seguiu comentando a respeito do possível confronto.

As conversas a respeito da superluta foram evoluindo, até que no último dia 3 de março, pelo UFC 222, Cris Cyborg nocauteou Yana Kunitskaya ainda no primeiro round, defendeu seu cinturão pela segunda vez consecutiva e, ainda no octógono, em entrevista pós-luta, desafiou Amanda para concretizar a superluta. No evento em questão, Dana White, presidente da organização, reforçou o desejo de viabilizar o combate e declarou que a intenção era marcar a luta para o dia 12 de maio, no UFC 224, marcado para acontecer no Rio de Janeiro.

Todavia, poucos dias depois, foi confirmado que Amanda Nunes defenderia seu título nos galos contra Raquel Pennington justamente no evento em solo carioca, o que “revoltou” Cyborg, que definiu o mês de julho como data limite para a realização da superluta, ou então, não dedicará mais seu “tempo” em tentar viabilizar o duelo.

“Estou começando a pensar que a Amanda Nunes só começou a citar o meu nome para negociar um novo contrato com o UFC. Assim como muitas outras garotas, ela está usando o meu nome para criar sua marca. Se Amanda não está pronta para lutar no UFC 226 (em julho), em Las Vegas, tenho que dizer ao meu time que quero lutar contra quem esteja pronta. Expliquei ao meu empresário que, se Amanda vencer no Rio e se negar a lutar em julho, não vou investir mais meu tempo tentando realizar esse combate. Podemos retomar isso se Amanda decidir voltar ao peso-pena e se estabelecer como a desafiante número 1. O legal de Amanda enfrentar Pennington no Brasil é dar à minha equipe a oportunidade de ver a base de fãs que ela tem no país e quanto pay-per-view ela poderá vender nos Estados Unidos, nos dando uma noção melhor do lado dela na superluta”, disse Cris, em comunicado enviado ao site MMA Junkie na última quinta-feira (15).

Confira o comunicado na íntegra:

“Estou começando a pensar que a Amanda Nunes só começou a citar o meu nome para negociar um novo contrato com o UFC. Assim como muitas outras garotas, ela está usando o meu nome para criar sua marca. Ela fala que mandou uma mensagem de texto para o Dana White dizendo que queria voltar a lutar logo e que não queria ficar esperando por uma luta, mas quando você olha para o recorde da garota e vê o recorde dela mesma, que só lutou uma vez em 2017… O UFC 224 vai acontecer quase um ano depois da sua última luta contra a Valentina – uma luta contra uma peso-mosca, que muita gente acha que ela perdeu.

Antes de eu lutar contra a Holly Holm, o treinador da Amanda saiu dando entrevistas dizendo que ela queria me enfrentar. Imediatamente após a luta contra a Holly, eu dei à ela a data de julho, e ela ficou quieta. Você pode ver a minha conversa com a namorada dela no Twitter. Quando o UFC me ligou para aceitar a luta em cima da hora e salvar o UFC 222, eu pedi a Amanda Nunes, mas imediatamente ela disse que não estava pronta, e o UFC não conseguiu que ela aceitasse a luta.

Em uma entrevista, a Amanda diz para as pessoas que ela só queria voltar ao octógono para se manter ativa e que é por isso que ela queria lutar contra mim. Mas aí ela dá outra entrevista dizendo que precisa de tempo para ganhar peso antes de aceitar me enfrentar.

As pessoas precisam entender que o meu time de empresários já dedicou muito tempo tentando fazer essa luta acontecer. No dia 7 de julho será praticamente seis meses desde que derrotei a Holly e desde que a Amanda me desafiou, ou seja: tempo mais do que suficiente para que ela se ajustasse no peso-pena. A Amanda não é uma peso-galo pequena, ela só não teve sucesso nos penas para conquistar uma chance ao título contra mim. Quando a Amanda cancelou a luta contra a Valentina, eu não estava nem aí para o que ela disse, mas pessoas do time dela me disseram que ela teve um péssimo corte de peso e não aquela desculpa de “sinusite” que ela deu para fugir da luta.

Estou mirando uma data em julho. Amanda está se preparando para competir no UFC 224 em vez de aceitar a nossa luta e começarmos a promovê-la. A realidade é que minha equipe está tentando colocar acertar isso desde dezembro. Se Amanda está dizendo que precisa de mais tempo do que julho (seis meses) para ficar no peso e lutar, então mostra que ela não tem planos de voltar ao peso-galo depois da nossa luta.

Se Nunes planeja que essa superluta aconteça em janeiro, acredito que ela precisa ser honesta com os fãs e vagar o cinturão do peso-galo, porque há meninas, como Ketlen Vieira, que conquistaram o title shot e não merecem aguardar um ano para isso.

Se Amanda não está pronta para lutar no UFC 226, em Las Vegas, tenho que dizer ao meu time que quero lutar contra quem esteja pronta. Expliquei ao meu empresário que, se Amanda vencer no Rio e se negar a lutar em julho, não vou investir mais meu tempo tentando realizar esse combate. Podemos retomar isso se Amanda decidir voltar ao peso-pena e se estabelecer como a desafiante número 1. O legal de Amanda enfrentar Pennington no Brasil é dar à minha equipe a oportunidade de ver a base de fãs que ela tem no país e quanto pay-per-view ela poderá vender nos Estados Unidos, nos dando uma noção melhor do lado dela na superluta”.

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