Estrela do Jiu-Jitsu vibra com luta ’em casa’ no UFC Rio: ‘Motivada’
Americana de nascença, mas também brasileira de coração, Mackenzie Dern comemorou bastante a oportunidade de lutar no UFC 224, no Rio, e quer finalização para os fãs
Por Diogo Santarém
Lutando profissionalmente no MMA desde 2016, Mackenzie Dern já emplacou seis vitórias e, em sua última apresentação, estreou pelo Ultimate derrotando Ashley Yoder por decisão dividida dos jurados, em duelo realizado no mês de março, pelo UFC 222. Agora, a multicampeã no Jiu-Jitsu terá mais um grande teste pela frente: o duelo contra Amanda Cooper no card principal do UFC 224, que está marcado para acontecer no próximo dia 12 de maio, no Rio de Janeiro, em evento que já conta com outras grandes estrelas do MMA.
Filha do brasileiro e lenda da arte suave Megaton Dias, Mackenzie fará sua primeira luta de MMA no Brasil, o que torna seu duelo ainda mais especial. Em entrevista exclusiva, a lutadora falou da alegria por lutar no Rio de Janeiro, para a torcida brasileira, fez uma análise de sua adversária, revelando que pretende finalizar a luta no primeiro round, e comentou sobre outros assuntos, entre eles o seu futuro dentro da arte suave.
Confira a entrevista completa com Mackenzie Dern:
- Felicidade por lutar no UFC 224, no Rio
Estou muito feliz e muito ansiosa para lutar no Rio. Vai ser um grande evento, só com lutador sinistro... Ronaldo Jacaré, Amanda Nunes, Vitor Belfort, Lyoto Machida, só lutador top e eu estou muito animada por estar nesse card. Sem contar que estou muito motivada para fazer uma grande luta e ter os meus fãs, minha família e, sem dúvida, poder representar bem o Brasil no octógono. Para mim vai ser uma grande oportunidade.
- Ansiedade extra por lutar diante da torcida
Eu não sinto essa ansiedade. Eu estou feliz e preparada, quero lutar. É claro que a torcida ajuda, eu acho que não atrapalha, pelo menos se for a favor. Se estiver ao meu favor, ajuda pra caramba (risos). Eu acredito que vai ser um grande evento... Não tem como representar o Brasil e não lutar no Brasil, ainda mais no Rio. Acredito que a energia da torcida brasileira vai ser determinante e vai ser muito importante para mim lá dentro.
- Análise da sua adversária, Amanda Cooper
Não conhecia a minha adversária antes do UFC definir. Sei pouca coisa, mas sei que ela é 'boxer' e tem umas derrotas por finalização, então eu estou muito confiante nisso. Acredito que ela nunca lutou com alguém que tem um nível de chão como o meu, então acho que isso vai ser muito bom para mim também. A minha ideia é de chegar na luta e finalizar ainda no primeiro round, é com esse objetivo que eu estou indo para o combate.
- Card repleto de estrelas no Rio de Janeiro
Eu vi o card do UFC Rio e acho que, assim como eu falei, vai ser um grande evento, um dos melhores já feitos no Brasil. To muito feliz e motivada por ter a honra de fazer parte.
- Última luta e confiança no jogo de chão
Na minha última luta (estreia pelo UFC), lógico, eu queria finalizar, mas eu tinha um pouco de noção de que iria ficar mais em pé, porque a menina era canhota, alta, comprida e faixa-marrom de Jiu-Jitsu, não tinha nenhuma derrota por finalização, eram todas por decisão, então sabia que não era uma menina fácil de bater. Mas para essa luta eu estou muito confiante no meu Jiu-Jitsu e acho que eu vou sair com uma finalização do cage.
- Armas a serem utilizadas contra a Amanda
Pelo o que eu vi da Amanda (Cooper), acho que ela tem uma defesa de queda boa, mas assim que chega no chão, eu sinto que ela é um peixe fora d'água. Eu não vi nenhuma luta dela completa ainda, só alguns momentos, mas só pelo fato de ela ter três derrotas por finalização já é muito bom para mim. Então, eu estou entrando nessa luta muito confiante... Lógico que não podemos menosprezar a adversária, mas estou muito confiante e treinando minhas quedas, meu Jiu-Jitsu, e claro, procurando evoluir na luta em pé.
- Conforto após estreia e projeção do futuro
Depois da minha estreia, estou me sentindo muito bem e mais confortável ainda. Senti que eu estava pronta mesmo para estar aqui (no UFC) e agora é ver o que essa nova jornada vai me apresentar... Quais oportunidades eu vou ter, quais lutas, quais adversários vão me oferecer, lugares do mundo que vou lutar, como vou crescer como atleta profissional e pessoa, eu penso muito nisso. Foi muito bom estrear no UFC e só espero melhorar mais.
- Futuro e competições dentro do Jiu-Jitsu
Por enquanto, quero lutar apenas o ADCC, no ano que vem, e talvez alguma superluta, se eu não tiver luta de MMA marcada. Mas meu foco agora, 100%, é o MMA. Quero me dedicar para ganhar o cinturão. Eu sempre falo que não quero ficar 10 anos levando soco na cara, então eu prefiro muito mais me dedicar e conquistar tudo o que eu quero conquistar dentro do MMA agora e saber que posso sempre voltar para o Jiu-Jitsu depois.
- Mackenzie Dern de quimono novamente
Eu até queria lutar o Mundial, mas eu e meus treinadores achamos melhor não competir, e daí apareceu o card do Rio, então não vai dar para lutar o Mundial. Mas eu vou estar lá ajudando a galera a treinar. De luta, não tenho nada em mente, mas no final de junho, estarei administrando um camp de Jiu-Jitsu para mulheres em Barcelona, muito legal.
CARD COMPLETO:
UFC 224
Jeunesse Arena, no Rio de Janeiro (RJ)
Sábado, 12 de maio de 2018
Card principal
Amanda Nunes x Raquel Pennington
Ronaldo Jacaré x Kelvin Gastelum
Mackenzie Dern x Amanda Cooper
John Lineker x Brian Kelleher
Vitor Belfort x Lyoto Machida
Card preliminar
Cézar Mutante x Karl Roberson
Alexey Oleynik x Júnior Albini
Davi Ramos x Nick Hein
Elizeu Capoeira x Sean Strickland
Warlley Alves x Sultan Aliev
Thales Leites x Jack Hermansson
Alberto Miná x Ramazan Emeev
Markus Maluko x James Bochnovic
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