Inspirado em Mica Galvão, faixa-azul Davi Liborio celebra quinto título brasileiro de Jiu-Jitsu
Jovem de 17 anos vem impressionando, bateu na trave em tentativa para ir ao Mundial de Jiu-Jitsu, mas não abaixa a cabeça
Atualmente aos 17 anos e pentacampeão brasileiro de Jiu-Jitsu, o faixa-azul Davi Liborio é mais um jovem de Manaus, no Amazonas, que desponta para o cenário nacional do esporte. Apoiado pelo pai, Leandro, o manauara começou na arte suave ainda pequeno e hoje vai colhendo os frutos da sua dedicação.
- Meu primeiro contato com o Jiu-Jitsu foi aos 6 anos, através de um projeto social do Guilherme Morais, amigo do meu pai. Meu pai já havia treinado, parou na faixa-roxa após sofrer um acidente de moto e ficar paraplégico, mas não deixou de me incentivar. Acompanhando a minha evolução, um ano depois ele me levou para a academia Kratos Fight, onde iniciei nas competições e recebi a faixa amarela, e em 2013 cheguei na Academia Nabil, que na época era Omar Salum e tinha nomes como Diego Pato, os irmãos Alex e Diego Sodré, todos ainda adolescentes - relembrou Davi Liborio, que continuou:
- Essa mudança ajudou muito no meu desenvolvimento, e mesmo com algumas dificuldades, entre 2014 e 2016 eu venci diversos campeonatos no Amazonas e em São Paulo, até que em 2021, já na azul, me tornei 4x campeão brasileiro e fui vice no absoluto por causa de um erro de arbitragem.
Recentemente, o faixa-azul juvenil participou do Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu como meio-pesado, onde conquistou seu quinto título e impressionou nomes como o casca-grossa Caio Terra. O faixa-preta, então, ajudou Davi Liborio a custear sua ida para disputar o Mundial 2022, na Califórnia (EUA), mas infelizmente o manauara teve o visto negado.
- Foi muito especial ser observado e valorizado internacionalmente por um multicampeão como o Caio Terra. Sem dúvidas é um Incentivo muito grande para seguir trabalhando e manter essa parceria em busca de mais resultados. Vou continuar treinando, dando o meu melhor sempre. O visto não saiu desta vez, mas seguirei atrás de espaço. Com diz o meu pai: 'o sonho nunca acaba'.
Terminando o 3º ano do Ensino Médio, Davi Liborio sonha em se tornar campeão mundial na faixa-preta e, quem sabe, migrar para o MMA futuramente. Para isso, se inspira nos faixas-preta Mica Galvão e Diego Pato, dois jovens também do Amazonas e que vêm brilhando no cenário internacional do Jiu-Jitsu.
- Além do meu pai, minha maior inspiração, sigo muito o Mica e o Diego Pato. Cresci com eles, vi de onde saíram, se eles conseguiram eu também vou conseguir - disse o atleta, projetando ainda seu primeiro ano como adulto:
- Planejo seguir como faixa-azul e ir atrás do Grand Slam da IBJJF (Brasileiro, Europeu, Pan e Mundial) no peso e absoluto - encerrou.