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Lei que reconhece atletas refugiados como brasileiros ajuda lutadores, e advogada Luciana Lopes celebra

No MMA, dois lutadores possuem história parecida com os haitianos e chegaram ao Brasil em busca de melhores oportunidades: Lamo Mohamed e Carlston Harris

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imagem cameraLuciana Lopes tem alguns marcos importantes ao longo dos últimos anos no Direito Desportivo (Foto: Divulgação)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 19/10/2022
16:51
Atualizado em 20/10/2022
03:55

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O Direito Desportivo é uma área que tem crescido rapidamente nos últimos anos e é uma possibilidade interessante para quem quer seguir carreira jurídica. Além disso, para os amantes de esportes, é um segmento que traz muita satisfação, movimentando diversos trabalhos com atletas, clubes de Futebol, outras modalidades, eventos, entre mais oportunidades.

Foi por causa desse interesse e paixão por esportes que a advogada Luciana Lopes da Costa Scherpel iniciou sua carreira no Direito Desportivo, tendo alguns marcos importantes ao longo dos últimos anos. Focada em demonstrar os benefícios que o Direito Desportivo pode trazer tanto para os atletas, quanto para a sociedade brasileira, a advogada vem atuando ainda mais no cenário esportivo para trazer mudanças positivas.

- Minha formação e contato com o mundo esportivo fortaleceram essa visão sobre a relação entre os direitos dos atletas e a importância de todas as modalidades de esportes dentro da sociedade brasileira. Além disso, vi como o meu trabalho através do esporte pode ser fundamental para mudar vidas, ajudar o próximo, como no caso dos refugiados - contou a advogada.

Essa preocupação com os atletas serviu de exemplo e foi de grande importância em 2016, para um time de haitianos refugiados que, graças ao trabalho da doutora Luciana Lopes, tornou-se a primeira equipe profissional de Futebol de refugiados no Brasil.

Seus esforços para ajudar esses atletas fez com que uma lei fosse criada onde atletas refugiados não são considerados estrangeiros e, dessa forma, não são contabilizados nas vagas de estrangeiros. Isso permite que os refugiados possam trabalhar como se fossem brasileiros.

No MMA, dois lutadores possuem história parecida com os haitianos e chegaram ao Brasil em busca de melhores oportunidades: Lamo Mohamed e Carlston Harris. Eles a encontram na luta, se estabeleceram por aqui e hoje são membros da sociedade brasileira.

Aos 35 anos, Carlston é natural da Guiana e atua no UFC - maior organização de MMA do mundo. Já Lamo Mohamed, de 30 anos, deixou Guiné sonhando em ser jogador de Futebol, mas acabou descobrindo uma nova paixão e virou lutador: até agora, são cinco vitórias e uma derrota.

A responsabilidade de Luciana Lopes neste trabalho de instrumentalização da medida foi crucial para que estrangeiros refugiados pudessem garantir mais acesso na inclusão, integração e naturalização dentro do território nacional. A lei foi incluída no Regulamento Geral de Competições (RGC) em 2017 e daí em diante, todos os atletas que estiverem portando vistos de refúgio ou visto humanitário podem ser registrados como atletas nacionais e usufruir de todos os direitos que o povo brasileiro possui.

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