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Professor na China conta reinício ‘normal’ do Jiu-Jitsu após a pandemia

Rafael Bahia contou que em Jinan, onde fica localizada a sua academia, o isolamento social foi decretado no dia 20 de janeiro e que teve um rigor grande por parte das autoridades

Rafael Bahia, faixa-preta da Alliance, comentou sobre retomada do Jiu-Jitsu na China (Foto: Reprodução)
imagem cameraRafael Bahia, faixa-preta da Alliance, comentou sobre retomada do Jiu-Jitsu na China (Foto: Reprodução)
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Jinan (CHI)
Dia 30/04/2020
17:12
Atualizado em 01/05/2020
01:56

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Por Yago Rédua

Se no Brasil a pandemia do novo coronavírus apresenta uma evolução maior a cada dia e obriga autoridades a manterem uma política de isolamento social, restringindo, por exemplo, as academias de artes marciais, uma boa notícia vem do outro lado do mundo. Foco inicial da Covid-19, a China controlou o contágio e, aos poucos, vai retornando a normalidade. Em Jinan, capital da província de Shandong, que fica a mais de 800km de Wuhan – epicentro chinês do vírus -, as academias de Jiu-Jitsu já reabriram e estão tendo aulas normais.

Professor da Alliance, Rafael Bahia, de 32 anos, iniciou sua jornada na China em novembro de 2019, cerca de um mês antes de surgirem os primeiros casos de Covid-19 em Wuhan – na província de Hubei. À TATAME, o faixa-preta contou que em Jinan, onde fica localizada a sua academia, o isolamento social foi decretado no dia 20 de janeiro e que teve um rigor grande por parte das autoridades locais.

- Em dezembro, quando teve os primeiros casos, aqui ainda estava tranquilo. Tudo foi fechado em janeiro. Como é um país rigoroso, foi bastante forte o controle e não podíamos sair de casa. Foi bem tenso. A academia fechou dia 20 de janeiro. Só podia sair uma vez por semana para ir ao mercado. Tinha um controle de registro, bairros e ruas fechados. Foi uma situação, podemos dizer, que de guerra - relatou.

A província de Shandong registra até o momento 780 casos oficiais, 775 pessoas recuperadas e apenas sete óbitos. Já a China teve mais de 84 mil pessoas infectadas e um total de 4.643 mortes pelo novo coronavírus.

O período de isolamento acabou no dia primeiro de abril. Rafael contou que ficou 71 dias com a academia fechada e não tinha como dar aula online, porque o Jiu-Jitsu ainda é novo para o povo chinês. Um mês após o retorno às atividades, o professor disse que a situação voltou ao normal.

PROTOCOLO USADO EM JINAN (CHINA) PARA REABERTURA DAS ACADEMIAS:

– Aplicativo para registrar o aluno
– Álcool em gel
– Máscara (o que não é mais obrigatório)
– Não restrição quanto ao número de pessoas
– Aulas coletivas para crianças estão proibidas


- Foi bem difícil, porque minha academia só tinha 20 dias de inaugurada, era nova ainda. Não tive ajuda do governo, não. Aqui, o pagamento é feito anual, então, quem pagou não podia ser devolvido o dinheiro. Só que não teve entrada de dinheiro (quando ficou fechada). Ao todo, foram 71 dias com a academia fechada e não tivemos aulas pela internet pelo fato de o Jiu-Jitsu aqui ainda ser muito novo. Esse mercado eles ainda não compram - disse Rafael, que comentou sobre os protocolos para o recomeço das aulas.

- No começo, eu tinha que registrar a entrada do aluno na academia neste aplicativo. Eu usava álcool em gel, máscara e essas coisas mais básicas. Sem aula coletiva de crianças, que ainda não foi liberado. Mas, as aulas particulares infantis eu estou dando. Isso foi na primeira semana. Agora está tudo bem tranquilo, adulto não precisa usar máscara. Não tiveram muitos protocolos de restrição. Podia fazer a aula normal, sem nenhum problema. Mas, isso se deve ao controle bem rigoroso que teve no começo - concluiu.

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