Título do SFT aos 19, invencibilidade no MMA e sonho de chegar ao UFC: conheça o promissor Jean Matsumoto
Campeão peso-mosca do SFT, jovem Jean Matsumoto fala sobre sua trajetória invicta no MMA, revela inspiração em Georges St-Pierre e sonho de chegar ao UFC; confira
Ser campeão de uma das maiores organizações de MMA do Brasil com apenas 19 anos é um feito para poucos, mas foi o que Jean Matsumoto conseguiu atingir em novembro do ano passado, ao derrotar André Azevedo por decisão unânime dos jurados após cinco rounds de luta, tornando-se detentor do cinturão linear peso-mosca do SFT.
Invicto no MMA, com oito vitórias, o lutador de Bragança Paulista (SP) iniciou sua carreira como amador em 2017 e, no ano seguinte, já estreou no profissional, nocauteando seu oponente em pouco mais de um minuto de combate. Desde então, foram outras duas vitórias por nocaute, três por finalização e outras duas por decisão. Oriundo do Muay Thai, Jean chegou a buscar outras modalidades anteriormente, no entanto, se encontrou nas artes marciais e sonha alto quando projeta seu futuro no esporte.
“O que todo lutador quer é estar no UFC, num evento grande. Sempre foi meu sonho lutar lá, e é o que estou buscando. Se Deus quiser, num futuro próximo, eu vou conseguir chegar nesse objetivo”, projetou o casca-grossa, atualmente com 20 anos de idade.
Confira a entrevista completa com Jean Matsumoto:
– Início nas artes marciais e primeiros passos no MMA
Quando eu tinha seis anos, meu pai buscava algum esporte para eu praticar, porque eu era meio gordinho (risos). A gente tentou a Capoeira, fiz um pouquinho, mas não deu certo, não era o que eu gostava. Fui para o Futebol, mas eu era uma negação (risos). Depois disso, o meu pai, que já tinha treinado Muay Thai há muito tempo, me levou para uma academia da modalidade, ainda com seis anos, eu entrei e, desde então, não parei mais. Gostei, me esforcei bastante no início, fui ganhando algumas lutas… Depois, naquela época que o Anderson Silva estava no auge, outros brasileiros em alta também, eu entrei em uma academia de Jiu-Jitsu. Meu pai falou para eu tentar, ver se eu gostava. Eu comecei, mas foi mais pela questão do MMA mesmo, porque sabia que o Jiu-Jitsu era importante e necessário. Em 2017, fiz minha estreia no MMA, depois de lutar muito Muay Thai e alguns torneios de Jiu-Jitsu. Desde então, venho fazendo uma luta atrás da outra e está dando tudo certo, graças a Deus.
– Estreia no MMA, momento marcante e lição em relação às dificuldades
Teve aquele receio no início da luvinha (risos), estava acostumado a lutar com a luva grande, mas foi uma estreia tranquila. Foi um nocaute técnico, no primeiro round, coloquei para baixo e fazendo o ground and pound até vencer. O momento mais marcante foi a luta contra o Guilherme Faria, no evento Batalha. Um cara bem duro e foi um lutão, de alto nível mesmo, isso me marcou bastante. Em relação às dificuldades, eu acho que quando você ama uma coisa, isso fica meio que em segundo plano. É o que eu gosto de fazer, então tudo o que vier de dificuldade, vai fazer parte.
– Trajetória no SFT e elogios ao staff da organização
Fiz três lutas pelo SFT e tem sido uma boa trajetória, com um nocaute técnico e duas lutas na decisão, e graças a Deus o cinturão peso-mosca, que me marcou bastante também, fiquei muito feliz de ter conquistado esse título em um evento tão grande. Acredito que o diferencial deles é o tratamento, o carinho com os atletas, a atenção que nos dão. Eles estão sempre trabalhando no marketing do evento, dos atletas, então acho que é um evento que tem tudo para crescer ainda mais e é uma honra fazer parte do plantel.
– Treinos durante a pandemia e planos para defesa de cinturão
Em relação aos treinos na pandemia, graças a Deus, eu tenho o meu pai, que é um dos meus treinadores, então eu tenho um treinador em casa, essa é minha vantagem (risos). Não parei meus treinos, mantive o ritmo. É uma coisa que ninguém esperava (pandemia), eu queria fazer muitas lutas em 2020, mas infelizmente tivemos nossos planos frustrados. Ainda não tem nada previsto para minha defesa de cinturão, mas assim que for possível o evento retomar as atividades, quero defender meu título. Não vejo a hora de lutar, estou com saudades, até porque já faz seis/sete meses que não luto. Sobre adversários, só tem cara duro agora no peso-mosca, o SFT contratou vários lutadores. Tenho que estar preparado para qualquer um. Ser dono do cinturão é bom, mas tem a cobrança. Estou me preparando forte para enfrentar qualquer um.
– Invencibilidade no MMA e título do SFT aos 20 anos de idade
Agora estou com 20 anos, oito lutas, oito vitórias, campeão do SFT, um dos maiores eventos da América Latina… Acho que eu não poderia ter um início melhor de carreira. Me dedico muito nos treinos, eu vivo pra lutar. Tenho todo o apoio dos meus pais e o mérito não é só meu, e sim de todos os meus treinadores, eu só tenho sinistro ao meu lado e eles me deixam sempre na melhor forma possível, usando a estratégia certa para vencer os combates. É o que eu quero para minha vida. Quero ser o melhor, me esforço ao máximo nos treinos para seguir vencendo.
– Sonhos na carreira e inspiração em St-Pierre
O que todo lutador quer é estar no UFC, num evento grande. Sempre foi meu sonho lutar lá, e é o que estou buscando. Se Deus quiser, num futuro próximo, eu vou conseguir chegar nesse objetivo. Sobre inspirações, a galera que treina comigo me inspira muito, a galera que está ao meu lado diariamente. Mas, com certeza, um cara que me inspiro muito é o Georges St-Pierre. Sou muito fã dele, é um lutador muito inteligente.