Após assumir cargo administrativo, Falcão afirma: ‘posso ajudar muito mais fora das quadras’
Acostumado com dribles e chapéus,o camisa 12 da Seleção Brasileira prolonga laço com a CBFS ao se tornar embaixador de relações institucionais da entidade <br>
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Conhecido e respeitado por toda a sua história no futsal brasileiro e mundial, Falcão encara, aos 40 anos,um novo desafio. Retornando à Seleção Brasileira após anunciar sua aposentadoria, o camisa 12 assumiu, no último mês, o cargo de embaixador de relações institucionais da Confederação Brasileira de Futsal (CBFS).
Conhecido por fazer mágica com a bola, Falcão busca o mesmo desempenho na nova função. Sendo o elo entre a entidade e os jogadores, ele acredita que será mais útil fora das quadras. Apesar do novo cargo, o jogador seguirá vestindo a amarelinha. Alessandro Rosa Vieira já foi até convocado para dois amistosos contra o Uruguai, marcados para o final de setembro.
Com o fim da parceria entre o Grupo Águia, avalizado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a CBFS, a gestão da Seleção voltou ao comando da entidade. Tentando colocar a casa em ordem, o craque foi convidado a reatar o casamento com a camisa canarinha.
- A minha exigência para voltar foi que eu pudesse participar ativamente, opinando na escolha do treinador, buscar patrocinadores, de tudo que é discutido administrativamente. Isso foi aceito. Eles entenderam que o meu prazo como jogador não é longo, mas que, fora das quadra, eu poderia ajudar muito mais. Eu participei de todas as decisões. Por mais que eu volte como jogador, será por um ano e meio, dois anos no máximo. Fora das quadras eu acho que posso ajudar muito mais. Alguns patrocinadores eu levei diretamente e acabou dando certo. Acredito que eu já consegui trazer alguns frutos - conta Falcão.
Como segue atuando como jogador, tanto em seu clube, o Sorocaba Futsal, quanto na Seleção, o camisa 12 consegue mostrar aos jogadores o que significa representar o país e, simultaneamente, levar para a CBFS os desejos dos atletas.
- No dia a dia, como jogador,consigo mostrar para eles como é vestir a camisa da Seleção. Não são apenas aqueles amistosos que ganha de cinco ou seis, dá chapéu, caneta. Hoje tem uma competição muito grande. Como jogador dentro da Confederação, posso mostrar o que o jogador quer, como quer ser tratado. Serei um meio termo, mas sem confundir com treinador, comissão técnica e gestão.
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Mesmo sendo um cartola da entidade do futsal nacional, Falcão deixa claro que não quer uma 'cadeira cativa' nas convocações do novo treinador Marquinhos, que substitui PC Oliveira.
- Isso não é cadeira cativa, deixei isso bem claro. Eu não tenho que estar nas convocações, é uma escolha deles. Acredito que até o final do ano que vem, neste período de teste, é importante ter esta mescla entre experiência e juventude para falar o que é jogar uma Copa do Mundo, um Grand Prix. E, neste meio tempo, ir desvinculando. Acredito que o Marquinhos entendeu assim, eu também entendo assim. Eu quero ser importante tanto dentro quanto fora de quadra.
Como já frisou Marquinhos em sua primeira coletiva como treinador, todo jogador que quiser estar nas convocações deve mostrar serviço e Falcão está pronto para mostrar que o título de "quarentão" não pesou em seus pés mágicos.
- Fico feliz de mostrar que, mesmo com 40 anos, eu estou me preparando para provar que eu estou na Seleção não pelo meu nome, mas por números e provar que eu ainda posso estar ali - cravou.
BATE BOLA
LANCE!: Como foi a repercussão do seu retorno à Seleção?
Falcão: Deu uma repercussão muito positiva quanto eu coloquei nas minhas redes sociais. É muito legal encontrar as pessoas na rua e ouvir que não imagina acordar de manhã para ver a Seleção de Futsal e o Falcão não estar. Acho que isso é uma conquista e me motiva bastante para voltar, dar chapéu, caneta. bicicleta e fazer jogadas bonitas.
L!: O que acha da escolha do Marquinhos para o comando da Seleção Brasileira?
F: Se você perguntar para 50 pessoas do futsal, todas dirão o nome do Marquinhos. Ele foi escolhido a dedo por seus números, resultados, sua cabeça jovem, sua nova forma de pensar. A escolha dele com o Ferretti não poderia ter sido melhor. As duas filosofias se completam e acredito que esta parceria tem tudo para dar bons frutos.
L!: Quais são as suas próximas metas?
F: Eu sempre vivo do momento. Sempre quero ganhar o próximo campeonato, fazer o próximo gol, ser o artilheiro da próxima competição. Isso sempre foi um direcionamento da minha carreira e com sucesso. Eu cheguei aos 40 anos com essas metas e elas foram acontecendo. O que eu ganhei, eu ganhei. Quero ser campeão do próximo Grand Prix, da próxima Liga Futsal. Acho que eu vivo de motivação.
L!: Quem será o próximo Falcão?
F: Difícil colocar nomes. Nos últimos 10 anos, já tentaram colocar 10, 15 nomes e não deu. Tem uma nova geração com Leandro Lino, Marcel, Arthur, Rocha que são jogadores que vão criar sua própria identidade e vão dar frutos para a Seleção.
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