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Berço do esporte, quase metade dos skatistas do STU Super Finals é de São Paulo

23 dos 47 nomes correrão em casa no fim de semana

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imagem cameraFernanda Galdino é uma das representantes de São Paulo na etapa final do STU (Foto: Julio Detefon / STU)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 21/11/2024
07:25
Atualizado há 5 horas

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As pistas de Street e Park do Parque Estadual Cândido Portinari serão invadidas por skatistas da casa neste fim de semana, pela última etapa do STU National 2024, o Super Finals. Praticamente metade dos nomes nasceram no estado de São Paulo, nada menos do que 23 dos 47 finalistas, que continuam escrevendo uma linda e longa história que começou a ser contada no início dos anos 70.

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➡️ STU Super Finals, em São Paulo, encerra temporada com o melhor do skate

Há mais de 50 anos, portanto, uma turma que praticava o freestyle (estilo livre) nas ladeiras do Sumaré e do Morumbi e, principalmente, no Parque do Ibirapuera dava vida ao skate em São Paulo. As primeiras pistas só foram surgir por volta de 1976, sendo extintas, porém, no início da década de 80. Restariam apenas algumas fora da capital, em Jundiaí, São Bernardo do Campo e Guaratinguetá, cidade esta que sediou Campeonatos Brasileiros por um bom tempo.

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“O Ibirapuera recebia a meca do skate de São Paulo dos anos 70. Ainda não existiam pistas no Brasil. Então, o primeiro local onde o pessoal começou a andar foi lá, porque era uma área coberta, a famosa marquise desenhada pelo Oscar Niemeyer. E o piso era liso e o espaço, muito grande. Até surgirem as primeiras pistas de concreto, como a Wave Park, em 77, que virou a sensação da época por ter um enorme bowl de quatro metros de altura. A galera do freestyle migrou para lá”, disse Fábio Bolota, 57 anos, skatista desta geração.

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Bolota fez parte dos “Ibiraboys”, justamente aqueles que nasceram com o skate no Ibirapuera. Inclusive, foi um dos primeiros a praticar a modalidade que viria a mudar a história do skate no mundo, o street-skate, que levou os shapes de volta às ruas dos centros urbanos, em 84. Aqui, uma curiosidade: foi Fabio quem deu o apelido de Chorão àquele que, anos mais tarde, se tornaria vocalista do Charlie Brown Jr., por este, aos 13 anos, ficar num canto do parque com cara de choro querendo andar com os mais velhos.

Chorão (Foto: Ivan Storti/Lancepress)
Chorão era torcedor do Santos (Foto: Ivan Storti/Lancepress)

Também um “Ibiraboy”, e praticamente um historiador do skate de São Paulo, Daniel Kim lembra que, em 1985, surgiram as primeiras mídias especializadas feitas pelos próprios skatistas, como as revistas Yeah e Overall. Com isso, muitas marcas e lojas do ramo começaram a nascer também. E ele relata que, no ano seguinte, apareceram as primeiras entidades voltadas à profissionalização e ao calendário de campeonatos, como a União Brasileira de Skate (UBS).

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“Até que, em 88, o então prefeito de São Paulo, Jânio Quadros, proibiu a prática do skate na cidade. Pouco depois, em 90, com o Plano Collor, houve uma queda de popularidade, com diminuição dos praticantes e fechamento das principais marcas do segmento. Criou-se, assim, um hiato no início da década de 90, um período muito triste para nós, skatistas”, disse Kim, mais feliz, na sequência, ao recordar o feito do paulistano Digo Menezes, que, em 1995, consagrou-se como o primeiro brasileiro campeão mundial de skate.

Por questão de lesões, Park feminino só terá 11 finalistas

Já neste século XXI, muito por conta dessa primeira geração que lutou pelo skate e sofreu com tudo o que ele passou, o esporte ganhou corpo, mais respeito, um número inacreditável de praticantes e até virou olímpico. E muitos dos que representaram o país em Tóquio-2020 e em Paris-2024 estarão no Parque Cândido Portinari. No novo formato criado pelo STU neste ano, apenas os 12 melhores do ranking do Street e do Park, no masculino e no feminino, chegam ao Super Finals para a disputa do título da temporada.

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Etapa do STU em São Paulo (Foto: Julio Detefon / STU)

Por conta de muitas skatistas lesionadas (entre elas, a líder Sofia Godoy), porém, o Park feminino contará com apenas 11 finalistas. E justamente na modalidade com mais nomes naturais de São Paulo. Nada menos do que sete: Fernanda Tonissi, Fernanda Galdino, Marina Praxedes e Helena Laurino, todas da capital, além de Lua Vicente, de Santos, Manuela Tomitake, de Indaiatuba, e Letícia Gonçalves, de Mogi das Cruzes.

Já o Park masculino será praticamente um tira-teimas entre skatistas de São Paulo (5) e de Santa Catarina (6), com Augusto Akio, de Curitiba (PR), entre eles. Em casa estarão os paulistanos Murilo Peres, Victor Ikeda e Weslley Alves, o Mosquito, além de Luiz Francisco, natural de Lorena, e Dan Sabino, que é de São Bernardo do Campo. Quem lidera com sobras este ranking é Kalani Konig, catarinense de Florianópolis.

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Isabelly Ávila é de Itapetinga, São Paulo (Foto: Julio Detefon / STU)

Por fim, o Street. Entre os rapazes, seis dos 12 finalistas são de São Paulo: o líder Ivan Monteiro, Gabryel Aguilar e Wallace Gabriel, da capital, Julio Zanotti, de Campo Lindo, Vitor Hugo Genghini, de Socorro, e Ismael Henrique, de Itaquaquecetuba. Já entre as meninas, um total de cinco paulistas, sendo uma de cada cidade: a líder Isabelly Ávila, de Itapetininga, Rafaela Murbach, de Bernardino de Campos, Viviane Orlando, de Botucatu, Giovana Dias, de Santo André, e Átali Mendes, da capital.

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