Bia Haddad diz ter se cobrado demais e ter se perdido emocionalmente
Brasileira diz estar tranquila e jogando bem. Ela abre o confronto diante da Alemanha em São Paulo
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Nesta quinta-feira foi sorteada a ordem de confrontos da disputa do qualificatório da Billie Jean King Cup entre Brasil e Alemanha, que será sediado em São Paulo, no saibro coberto do Ginásio do Ibirapuera. A paulistana Bia Haddad Maia, número 1 do Brasil em simples e 13 do mundo, abre o confronto diante de Laura Siegmund, e evitou comentar muito sobre a fase que está em sua carreira individual.
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No circuito mundial, Bia tem encarado uma sequência de seis torneios em que não passou ao máximo da segunda rodada, tendo vencido apenas três dos seus últimos nove jogos e tem recebido críticas até dos torcedores.
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Ao ser questionada sobre seu momento, Bia Haddad comentou que preferia falar do tema a partir da segunda-feira, pois seu foco está no confronto com a Alemanha, mas não fugiu das perguntas.
Fãs estiveram no Ibirapuera na última quarta-feira para tentar ver as atletas e Bia desconversou que fosse a única a chamar público.
- Os torcedores vieram não apenas por causa de mim, mas por todas aqui, O tênis feminino vem construindo um momento muito especial. Então, quem veio ontem acompanha e sabe o valor de cada uma delas (Laura Pigossi, Luisa Stefani, Ingrid Martins e Carolina Meligeni Alves). Pois cada uma representa em quadra e fora dela seus valores e dedicação - completou.
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Bia Haddad ressalta que se sente honrada de fazer parte deste momento histórico do tênis feminino brasileiro e destacou ainda que este não é um trabalho individual das equipes de cada uma das atletas e suas equipes, mas de todo o ambiente do tênis no Brasil.
Primeira top 10 da história do Brasil, Bia Haddad falou em legado para as novas gerações: "Espero que a gente aproveite essa semana para fazer diferença no esporte feminino, não pensar somente em carreira individual, mas sim pensar num contexto geral para melhorar e pensar em construir um legado para o tênis feminino", completou.
- Eu tive um início de temporada que não foi ruim, mas não foi como a gente gostaria. Acho que essa expectativa que eu criei e consequentemente as pessoas também criaram foi porque eu me sentia bem. Eu estava muito bem preparada, porque fiz uma pré-temporada muito boa - iniciou a brasileira ao ser questionada sobre o momento com resultados abaixo do esperado.
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- Acho que acabei me cobrando demais nos momentos dos jogos, em alguns não saíram como eu gostaria e eu acabei ficando ansiosa, me perdi emocionalmente... Mas algo que me tranquiliza é o meu dia a dia, que é de muito trabalho e de qualidade. Eu estou jogando em alto nível, então, isso em traz tranquilidade. Um exemplo disso é a Danielle Collins, que teve uma final de Grand Slam (Australian Open 2022), depois ela teve dois anos, que talvez os resultados não foram como ela gostaria e agora ela ganhou um WTA 1000, um WTA 500, está 15 do mundo e eu continuo na frente dela - exemplificou.
- A gente tem que lembrar que eu já estou há dois anos dentro do top 15. Então, as vezes, a gente coloca uma expectativa que de um lugar que a gente poderia estar e acaba se frustrando. Mas se eu olhar para trás, ano passado, mais ou menos nessa parte do ano eu estava em um lugar parecido e o que muda é como a gente tá enxergando o copo meio cheio ou meio vazio. Estou feliz, motiva, mas quero mudar um pouco dessa chavinha aqui - disse ela destacando que o confronto em sua cidade natal, que vale vaga histórica no Grupo Mundial da Billie Jean King Cup e expectativa de público de 8 mil pessoas é um momento mais que especial.
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