Brasil encerra mal o Mundial de judô e amarga pior campanha desde 2009

Equipe verde e amarela somou apenas uma medalha em Baku, de bronze, conquistada por Érika Miranda, e terminou a competição por equipes mistas, nesta quinta, em sétimo lugar

Equipes mistas - Judô
O Time Brasil ficou apenas na sétima posição na disputa por equipes mistas (Rodolfo Vilela)

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A Seleção Brasileira de judô voltou a decepcionar no Campeonato Mundial, em Baku, no Azerbaijão. No último dia de competições, nesta quinta-feira, o país entrou no tatame para a disputa por equipes mistas e acabou na sétima colocação. Foi o pior desempenho do time verde e amarelo no torneio desde 2009, em Roterdã, quando saiu sem nenhuma medalha.

A equipe brasileira, que no ano passado foi prata em Budapeste (HUN), estreou com vitória sobre Cuba por 4 a 3, com destaque para a vitória de Beatriz Souza (+70kg) sobre a multimedalhista olímpica e mundial Idalys Orti, por ippon na luta extra, que garantiu o quarto ponto da Seleção.

O duelo com Cuba começou pelo peso-médio, com vitória de Maylin Del Toro Carvajal sobre Maria Portela. Rafael Macedo comandou a reação do Brasil e venceu o vice-campeão mundial Ivan Felipe Silva Morales por ippon no golden score. Idalys fez o segundo ponto cubano ao vencer Bia nas punições (3 a 2), mas Rafael Silva derrotou Andy Granda e deixou tudo igual.

A campeã olímpica Rafaela Silva entrou determinada a vencer sua primeira luta no Mundial e não deu chances a Anailys Dorvigny, liquidando o combate com um waza-ari. 3 a 2 para o Brasil. Marcelo Contini entrou para a última luta e acabou projetado duas vezes por Magdiel Estrada, que venceu por ippon (dois waza-ari). A decisão ficou para a luta extra, com o peso pesado feminino sorteado para definir o vencedor.

Ortiz e Bia se encontraram novamente e, desta vez, a brasileira dominou a campeã olímpica de Londres, forçando duas punições à cubana e finalizando a disputa com o ippon.

Nas quartas-de-final, a França abriu vantagem de dois pontos, com vitórias em sequência de Axel Clerget sobre Rafael Macedo e de Anne M'Bairo sobre Beatriz Souza. David Moura descontou para o Brasil, vencendo Cyrille Maret por ippon, mas Helène Receveaux aplicou uma chave de braço em Rafaela Silva para garantir o terceiro ponto francês.

Estreante em Mundiais adultos, David Lima (73kg) não se intimidou diante de Guillaume Chaine e projetou o francês por ippon para manter o Brasil vivo na disputa. Com o três a dois no placar, a decisão ficou, então, para o último combate e a tricampeã mundial do meio-médio (63kg), Clarisse Agbegnenou, venceu Maria Portela nas punições para colocar a França nas semifinais.

Na repescagem contra a Alemanha, os pesados Maria Suelen Altheman e Rafael Silva abriram dois pontos de vantagem, vencendo Carolin Weiss e Karl Richard Frey, respectivamente, por ippon.

Mas os alemães conseguiram virar e vencer o combate por 4 a 2, com vitórias de Anthony Zingg sobre David Lima, de Theresa Stoll sobre Rafaela Silva, de Laura Vargas Koch sobre Maria Portela e, por fim, de Eduard Trippel, que superou Eduardo Yudy Santos para colocar a Alemanha na disputa pelo bronze.

'Nos preparamos bem', lamenta dirigente da CBJ

O Brasil só não igualou a campanha de nove anos atrás porque Érika Miranda conquistou uma medalha de bronze na categoria até 52kg. No ano passado, em Budapeste, o país chegou ao pódio cinco vezes. Maria Portela, Mayra Aguiar, David Moura, Rafaela Pereira, que chegaram em Baku rodeados de expectativas, caíram precocemente.

– Nos preparamos bem. Esperávamos um resultado diferente. Mas, se tem um momento que a gente poderia falhar é esse. Ainda temos mais um Mundial pela frente e o grande objetivo são os Jogos Olímpicos. Claro que, em todo Mundial, a gente vem para fazer um bom resultado. Para o potencial que a equipe tem não foi o melhor. Poderia ter sido uma história diferente – disse o gestor de alto rendimento da CBJ (Confederação Brasileira de Judô), Ney Wilson.

O próximo desafio dos brasileiros é o Grand Prix de Cancún, no México, nos dias 12, 13 a 14 de outubro.

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