Brasileira Camila Bossi representará Brasil no qualifying de Roland Garros
Tenista de 15 anos venceu seletiva brasileira do Junior Wild Card Series e assegurou a vaga para o qualifying do Grand Slam francês, contra as vencedoras da China e Índia
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Um sonho que parecia distante de se tornar real irá se concretizar para a pinheirense Camila Bossi. A tenista de 15 anos conquistou o título do Roland Garros Junior Wild Card Series e assegurou a vaga para o qualifying do Grand Slam francês. A campeã da seletiva brasileira vai disputar a classificação neste sábado, em Paris, contra as vencedoras do mesmo torneio realizado na China e Índia. Apenas uma das três atletas seguirá à chave principal, que reunirá 64 jogadoras de 2 a 8 de junho.
– É incrível. Eu nunca imaginei que estaria tão próxima de um sonho que alimento desde criança. Fico imaginando encontrar com Serena Williams, Djokovic, Nadal, Federer no complexo de Roland Garros. Será inesquecível –exalta Camila, que já vivenciou outras experiências internacionais de dimensões mais modestas.
Com a classificação assegurada para Roland Garros, Camila teve o privilégio de participar da Opening Party há 15 dias na casa do cônsul francês em São Paulo, ao lado de Gustavo Kuerten, Marcelo Mello e outros tenistas que já passaram pelo saibro francês. A referência no esporte para a tenista paulistana é a russa Maria Sharapova.
As experiências internacionais da jovem tenista incluem importantes torneios como Le Petit As, em Torbes, na França, Orange Bowl, em Miami, e um vice-campeonato no Banana Bowl em Criciúma (SC). Representando o Brasil, jogou o Mundial de Budapeste, Gira Europeia a convite da Cosat (Confederação Sul-Americana) e conquistou duas medalhas de bronze em Sul-Americanos, de 14 e 16 anos.
Respirando Roland Garros
Desde o título do Junior Wil Card Series, em abril, Camila planejou sua rotina em função do torneio francês.
– Em todos os dias eu acordava e meu primeiro pensamento era: hoje tenho mais um dia de treino para Roland Garros. Investi no aprimoramento do saque, movimentação de pernas e ‘forehand’ – conta.
Além da intensa dedicação ao tênis, a pinheirense está concluindo o ensino médio em uma escola norte-americana à distância, por computador.
– O atual sistema educacional do País, não permite que um tenista de alto rendimento frequente uma tradicional escola paulistana porque não é possível conciliar as aulas com treinos e jogos – critica o treinador Eduardo Eche.
O apoio da família é considerado a base para que a tenista possa seguir alimentando o sonho de se profissionalizar.
– Camila sempre foi muito focada no tênis, desde pequena. A família percebeu e abraçou o projeto. Essa contribuição é fundamental – afirmou o técnico Eche.
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