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Brasileira disputa final de salto de plataforma alta no Mundial

Jacqueline Valente, de 31 anos, é a única sul-americana viva na disputa da competição de Budapeste (HUN)

Mundial de Esportes Aquáticos: brasileira encara campeonato após pódio inédito na Itália
imagem cameraA brasileira é vice-campeã da terceira etapa do Red Bull Cliff Diving (Foto: Dean Treml/Red Bull Content Pool)
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Lance!
Budapeste (HUN)
Dia 28/07/2017
15:50
Atualizado em 28/07/2017
16:37

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Com diversos recordes mundiais sendo superados e feitos inéditos realizados, o Mundial de Esportes Aquáticos 2017 já se encaminha para os últimos dias. Além da classificação de Bruno Fratus e Cesar Cielo nos 50m livre, o Brasil tem mais uma atleta em finais: Jacqueline Valente. Nesta sexta-feira, ela a preliminar do salto de plataforma alta e com 57,20 pontos somados e a oitava colocação, a gaúcha encara, neste sábado, a partir das 7h15 (horário de Brasília), a final.

- Meu primeiro dia no Mundial foi super bom. Tivemos apenas um salto e ele foi bem executado e eu tirei 7,5. Estou na oitava posição, mas ainda tem mais três saltos amanhã. O resultado só virá ao final dos quatro saltos. Por isso, espero que tenha um bom resultado - afirmou Jaki.

Valente é a única brasileira e sul-americana a competir na modalidade. Presente também na edição de 2015, em Kazan (Rússia), ela chega na decisão com o vice-campeonato da terceira etapa do Red Bull Cliff Diving (Mundial de Salto em Penhasco), disputada em Polignano a Mare, na Itália. A brasileira afirma que está mais preparada e confiante para a disputa dos 20m.

- Me sinto mais preparada para este ano do que estava em 2015, em Kazan. Agora trabalho em um cruzeiro fazendo shows aquáticos e posso saltar de uma plataforma de 17 metros quase todos os dias. Isso me dá muita confiança. Eu melhorei muito a minha forma no ar e meu desempenho - afirma.

Para Jaki, de 31 anos, a grande vitória não está na medalha, mas sim na chance de representar o Brasil sem um patrocinador ou local fixo de treinamento. 

- Treinei bastante e quero fazer os meus quatro saltos da melhor maneira possível, sem olhar o resultado das meninas. Depois, com a somatória dos pontos, verei a classificação final. Mas, só de representar o país, sem ter patrocínio e um local fixo de treino, já me sinto uma vitoriosa - comenta.

Jaki Valente tem uma rotina peculiar. Ex-ginasta e integrante de circo, ela atualmente trabalha em um cruzeiro, realizando apresentações de saltos a 17 metros de altura. Faz nove shows por semana, vê cerca de seis mil caras novas a cada sete dias e tem uma alimentação balanceada.

No masculino (27m), Murilo Galves Marques somou 114,35 pontos e acabou na 21ª colocação. A semifinal e final ocorrem neste domingo. 

Do rio para a piscina


Diferentemente de 2015, quando os saltos foram realizados em um rio, a competição em Budapeste acontecerá em uma piscina com seis metros de profundidade. As participantes saltarão de uma espécie de plataforma produzida a 20.2 metros de altura. A temperatura também está mais adequada, com feixes de luz mais intensos e ventos menos gélidos.

- O salto realizado no rio tem outros fatores que interferem, como a correnteza. O impacto é da mesma altura por conta da plataforma, mas quando é na piscina, a água está parada. No rio pode ter ondas ou movimento da água de qualquer grau, e isso a torna ainda mais difícil - explica a brasileira.

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