Clube de handebol atrai parcerias para virar destaque na modalidade
Na contramão do cenário de escassez de investimentos no esporte amador após as Olimpíadas do Rio, CGH monta estrutura profissional com ajuda de parceiros<br>
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No próximo dia 22 de abril, o Campo Grande Handebol (CGH), clube da zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, entrará pela segunda vez na disputa pelo campeonato estadual de handebol feminino adulto. Após estrear em 2017 com um quinto lugar, a intenção este ano é brigar pelo título da competição e avançar no objetivo inicial de se tornar o principal nome da categoria no estado.
- Hoje, temos uma estrutura que nos permite sonhar alto, inclusive, em disputar competições nacionais - orgulha-se o diretor do clube João Ricardo Mello.
Essa estrutura foi conquistada nos últimos meses com a ajuda de diversos parceiros. Entre eles, está o Instituto FairPlay, instituição sem fins lucrativos que atua promovendo o desenvolvimento humano por meio de projetos esportivos, educacionais, culturais e sociais, e que, inclusive, tem como presidente de honra o capitão da Seleção Brasileira de futebol campeã da Copa do Mundo de 70, Carlos Alberto Torres. O saudoso “Capita”, falecido em 2016 e que é sinônimo de conquistas no mundo dos esportes, foi um dos incentivadores do instituto.
Maior investidor do clube, o Instituto FairPlay disponibiliza para treinamentos e jogos o Ginásio Algodão, utilizado nos Jogos Pan-Americanos de 2007, que fica no Centro Esportivo Miécimo da Silva, administrado pela instituição. Além disso, é dado suporte material, financeiro e de transporte.
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- O FairPlay não entra em projeto algum só para constar. A gente entra para ser referência. Queremos que o Campo Grande Handebol dispute o campeonato com chances de título - ressaltou o diretor-presidente do instituto, Tony Torres.
O Campo Grande Handebol conta também com o apoio de empresas e profissionais da região, garantindo aos atletas alimentação, orientação nutricional, itens para primeiros socorros, fisioterapia, entre outros. A ajuda vem até mesmo por meio da confecção de souvenirs do clube para serem vendidos para torcedores e familiares, com o objetivo de gerar renda extra para melhorar cada vez mais a estrutura disponível.
Acostumada com a realidade do handebol brasileiro, a atleta Leila dos Santos se transferiu do atual campeão estadual para o Campo Grande Handebol e destacou as condições encontradas na nova casa.
- Venho nessa vida de atleta de esporte amador há quase 20 anos e nunca tive a chance de trabalhar em uma estrutura tão profissional. Estamos acostumadas a tirar dinheiro do do próprio bolso para jogar e isso não acontece aqui - exemplificou.
CGH investe também em recursos humanos
Leila é um dos exemplos dos talentos que o clube vem reunindo para melhorar a sua performance dentro e fora das quadras. O CGH tem em sua comissão técnica o ex-atleta do Vasco da Gama Marcos Vinícius de Souza e Herbert Marinho, ex-Guarulhos-SP. A preparação física está nas mãos de Edgard Borges, coordenador-geral da maior academia de Campo Grande, e a preparação de goleiros é feita por Elisson Souza, ex-goleiro das seleções de base.
O departamento federativo conta com Raphael Raposo, que é ex-árbitro da modalidade, e o marketing e a comunicação são conduzidos por João Ricardo Mello.
- Nosso objetivo é transformar o bairro de Campo Grande em um local de referência para o handebol na cidade do Rio de Janeiro. E o próximo passo para difundir o esporte é criar escolinhas da modalidade, a primeira delas será iniciada no mês de maio no Oiticica, sub-bairro de Campo Grande - contou o diretor.
Os resultados da nova estrutura poderão ser conferidos já a partir do próximo dia 22 de abril, quando a equipe estreia no estadual contra a equipe de Queimados, em local a ser definido pela federação.
- Contamos com o apoio da população de Campo Grande para que a gente possa começar essa nova fase já com vitória - convocou João Ricardo.
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