COB vê bases avançadas em relação a países a 500 dias de Tóquio-2020
Marco La Porta, vice-presidente da entidade, diz que Brasil recebeu elogios do Comitê Olímpico do Japão por estrutura de treinamento para os atletas próxima à Vila Olímpica
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A avaliação do Comitê Olímpico do Brasil (COB) a 500 dias da cerimônia de abertura dos Jogos de Tóquio-2020 é de que a preparação para o megaevento vai muito bem. Embora o momento do esporte não seja dos melhores, com o fim de patrocínios de estatais e poucos recursos privados, a entidade garante que a estrutura que receberá a delegação já causa inveja em outros países.
– Tive a oportunidade de ir a Tóquio em janeiro e a observação que recebi do próprio Comitê Olímpico do Japão é de que o Brasil está à frente de qualquer Comitê Olímpico Nacional que já tenha passado por lá – afirmou o vice-presidente do COB, Marco La Porta, durante evento de celebração do marco de 500 dias para os Jogos.
A Marina da Glória foi o palco nesta terça-feira da inauguração de uma escultura com a marca do Time Brasil, que rodará por pontos icônicos do Rio. A festa teve as presenças de Torben Grael (vela), Jackie Silva (vôlei de praia), Giovane Gávio (vôlei), Ágatha (vôlei de praia), Robson Caetano (atletismo), Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Marcelinho Machado (basquete), Guilherme Costa (natação) e Gabriela Nicolino (vela).
O grande trunfo do COB foi ter conseguido, além das seis bases de apoio, uma escola próxima à Vila dos Atletas para oferecer tudo o que a enxuta estrutura dos japonese, que está em construção, não terá.
– Os atletas vão andar no máximo um quilômetro e terão à disposição todas as instalações para esportes como atletismo e natação, tudo do COB. Com comida brasileira! Nenhum outro Comitê vai ter isso. Eles vão sair de patinete da Vila, percorrer mil metros e ter tudo à disposição, para treinar, descansar, sem precisar voltar – disse o dirigente.
O espaço fica localizado na área conhecida como Tokyo Bay Zone, que reúne as novas construções do megaevento. Há outra chamada de Heritage Zone, ou Zona da Herança, que remete ao legado dos Jogos de 1964, na cidade.
– Os japoneses fizeram algo bem pequeno na Vila dos Atletas. Tem prédios, refeitório, parte de saúde e mais nada. Não há instalação de treinamento. Não vai dar para andar de bicicleta. É uma vila bem enxuta. Isso vai gerar uma dificuldade grande para os países treinarem – projetou La Porta.
A perspectiva da entidade é de levar uma delegação de 200 a 250 atletas para Tóquio-2020. Até agora, somente o futebol feminino, que conquistou a Copa América de 2018, e três classes da vela (Laser masculina, 49erFX e Nacra17), por meio do Mundial do ano passado, estão garantidos nos Jogos Olímpicos.
Os brasileiros contarão ainda com seis bases de apoio para adaptação a clima, fuso horário e alimentação antes dos Jogos: Ota, Hamamatsu, Sagamihara, Saitama, Enoshima e Chiba. Até o momento, equipes do país de taekwondo, judô, handebol, natação, vela e vôlei já testaram os locais. Até o final de 2019, outras 11 modalidades farão suas visitas.
Três vezes campeã mundial e tetracampeã do Circuito Mundial de maratona aquática, Ana Marcela confirmou que a estrutura montada está bem brasileira.
– Tive a oportunidade de estar no Japão, em Sagamihara, e deu pra ver como vai ser nossa preparação. O Time Brasil está realmente preocupado em dar o maior conforto pros atletas, em fazer nos sentirmos em casa, com a nossa comida, com a melhor estrutura possível – afirmou a nadadora.
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