COB mandará 200 atletas para treinos na Europa a partir de julho
Entidade pretende acelerar volta com segurança durante o combate à pandemia no Brasil<br>
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De olho nos Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados para, 2021 o Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou nesta segunda-feira que enviará uma delegação de cerca de 200 atletas, divididos em grupos de julho a dezembro, para treinamentos na Europa.
A medida faz parte do Programa Emergencial de Apoio ao Sistema Olímpico, cujas primeiras ações foram apresentadas no dia 18 de maio, marco de dois meses do isolamento social provocado pelo combate à pandemia do novo coronavírus.
Portugal é o primeiro país já confirmado, e foi escolhido por estar em um estágio avançado no enfrentamento à COVID-19 e pelo relacionamento existente com o Comitê Olímpico daquele país, que já havia sido escolhido como base principal de aclimatação do Time Brasil para os Jogos Olímpicos de Paris 2024.
- O COB entende o momento peculiar que todo o mundo está passando, com impacto direto em todos os segmentos da sociedade, inclusive o esporte. Nesse sentido, cumprimos nosso papel de manter o Sistema Olímpico saudável e oferecer a nossos atletas as melhores condições de treinamento e performance, com a máxima segurança - afirma o presidente da entidade, Paulo Wanderley Teixeira.
A missão, que deverá incluir atletas e oficiais de diversas modalidades, está em fase final de planejamento. O COB arcará com passagem, hospedagem e alimentação da delegação ao longo de seis meses. O investimento será coberto por parte dos R$ 15 milhões previstos no orçamento da entidade de 2020 dentro do Programa de Preparação Olímpica oriundos da Lei das Loterias. A escolha por Portugal, primeiro país já confirmado para receber o Time Brasil, respeitou as condições de segurança de saúde, o protocolo de treinamento e as medidas de isolamento impostas pelas autoridades locais.
- Temos uma relação estreita com o Comitê Olímpico Português e já tínhamos iniciado as negociações para a Missão Paris 2024. Com a pandemia, acreditamos que usar as instalações esportivas portuguesas nos permitirá oferecer aos atletas locais seguros e de alto nível para que retomem suas atividades - explica o diretor geral do COB e campeão Olímpico de Judô, Rogério Sampaio.
- Para o COB é preocupante ver nossos atletas sem condição de treinamento em virtude da necessidade real de mantermos o isolamento para controle da pandemia no país. Sabemos o quão importante é vencermos a batalha contra o coronavírus, ao mesmo tempo que trabalhamos para que o Time Brasil esteja em pé de igualdade com seus principais adversários - afirma o chefe de missão nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 e vice-presidente do COB, Marco Antônio La Porta Jr.
Paralelamente à Missão Portugal, o COB está finalizando seu protocolo de retomada aos treinos. Um documento de cerca de 200 páginas, construído nas últimas semanas em parceria com especialistas e médicos das Confederações Olímpicas. Esse manual ditará as normas de utilização e abertura gradual do Centro de Treinamento do Time Brasil, no Rio de Janeiro, em consonância com as diretrizes dos órgãos de saúde governamentais.
- Buscamos referências de diversos comitês olímpicos do mundo, que já se encontram em estágios avançados em relação ao Brasil no combate à pandemia. Nosso objetivo é ter um guia completo para referência de atletas e instituições", diz o diretor de esportes do COB, Jorge Bichara. "Em resumo a ideia é que o atleta fique o mínimo possível na instalação e com o mínimo contato possível com outras pessoas - completa.
A Missão Portugal dá continuidade ao pacote das primeiras 15 medidas desenvolvidas pelo COB desde março, e apresentadas no dia 18 de maio, para apoio ao Sistema Olímpico em tempos de pandemia. Está prevista também um aporte de recurso de R$ 7 milhões, a ser utilizado em ações de combate à pandemia (compra de testes e equipamentos de EPI, por exemplo), projetos esportivos e administrativos (como pagamento de fornecedores, tributos, aluguéis, etc), em virtude do impacto financeiro na receita das entidades no momento. A distribuição será igualitária entre todas as Confederações olímpicas.
Também no Programa Emergencial de Apoio ao Sistema Olímpico foi confirmada a destinação de R$ 10 milhões para projetos ligados à área de desenvolvimento esportivo junto às Confederações.
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