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Brasil vê manutenção do surfe para os Jogos de 2024 encaminhada

Modalidade precisará mostrar sucesso na Olimpíada de Tóquio, quando fará sua estreia

Expectativa pela manutenção do surfe em 2024
imagem cameraDelegação brasileira posa durante a disputa do ISA World Surfing Games, na França (Foto: Gabriel Macedo)
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Lance!
Rio de Janeiro (RJ)
Dia 24/05/2017
17:14
Atualizado em 25/05/2017
08:00

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Apesar de o assunto ainda dividir opiniões no mundo do surfe, que fará sua estreia no programa olímpico nos Jogos de Tóquio, em 2020, a expectativa da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) é de que a modalidade tenha vida longa no megaevento.

A Liga Mundial de Surfe (WSL), que gerencia o Circuito Mundial (WCT), declarou apoio no ano passado ao Comitê Olímpico Internacional (COI). Mas muitos envolvidos argumentam que será impossível replicar nos Jogos ondas com a mesma qualidade das encontradas nos palcos onde a elite se apresenta, como Teahupo'o, no Taiti, e Pipeline (HAV). A capital japonesa, por exemplo, é criticada no quesito.

Em encontro geral da Associação Internacional de Surfe (ISA, em inglês) realizado esta semana em Biarritz (FRA), durante o ISA World Surfing Games, representantes das delegações de Los Angeles e Paris, candidatas a sediarem a Olimpíada de 2024, confirmaram suas intenções de manter o esporte como olímpico.

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– A CBSurf está trabalhando para o sucesso do surfe em 2020. Torcemos e acreditamos que estaremos também em 2024 e 2028 – disse o presidente da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf), Adalvo Argolo.

Dentre os argumentos para a entrada do surfe no programa, pesaram na decisão do COI a popularidade entre os jovens, o aumento da audiência e a possibilidade de atrair patrocinadores. Skate, escalada, caratê, beisebol e softbol também passarão a fazer parte do megaevento.

– Apoiamos, mas quem vai ganhar o ouro? O melhor maroleiro ou o melhor surfista? – afirmou Renato Hickel, comissário da WSL, ao ser questionado sobre o tema quando o surfe ainda não havia sido incluído.

No encontro da ISA, foram discutidos os caminhos que conduzirão o surfe até os Jogos de Tóquio. O presidente da entidade, Fernando Aguerre, comunicou às delegações presentes que a classificação para a Olimpíada de 2020 começará a contar a partir de julho de 2018 e será encerrada um mês antes da competição.

A ISA e o COI ainda estudam quais serão os critérios para definir os classificados. Em Tóquio, o torneio deve ser disputado em dois dias, em uma janela de duas semanas.

Dois brazucas avançam à terceira fase na França

O Brasil teve ontem dois surfistas classificados para a terceira fase do ISA World Surfing Games, em Biarritz, na França, primeira competição oficial do ciclo olímpico de Tóquio-2020. Elivelton Santos e Wesley Dantas foram os melhores em suas baterias e garantiram as vaga.

O primeiro somou 16.10 para derrotar o sueco Timothy Latte, o chileno Maximiliano Cross e o suíço Luca Carlisle. Dantas, por sua vez, precisou passar pela repescagem. Ele levou a melhor sobre Jackson Obando, da Nicarágua, Kian Martin, da Suécia, e JC Susan, da Nova Zelândia.

– Estou muito feliz de ter feito uma boa apresentação. Espero estar cada vez mais concentrado na competição. Tenho muito mais pra mostrar. Valeu, Brasil! – disse Elivelton, que detém quatro títulos da CBSurf.

– Passei na primeira bateria um pouco apertado, pois tinha poucas ondas. Na segunda, o mar também estava muito difícil. Mas consegui fazer o meu trabalho – falou Dantas.

Já classificados para o Round 2, Ian Gouveia e Raoni Monteiro não competiram ontem. O campeonato foi interrompido por horas devido à ausência de ondas e deve voltar hoje.

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