Brasil vê manutenção do surfe para os Jogos de 2024 encaminhada
Modalidade precisará mostrar sucesso na Olimpíada de Tóquio, quando fará sua estreia
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Apesar de o assunto ainda dividir opiniões no mundo do surfe, que fará sua estreia no programa olímpico nos Jogos de Tóquio, em 2020, a expectativa da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf) é de que a modalidade tenha vida longa no megaevento.
A Liga Mundial de Surfe (WSL), que gerencia o Circuito Mundial (WCT), declarou apoio no ano passado ao Comitê Olímpico Internacional (COI). Mas muitos envolvidos argumentam que será impossível replicar nos Jogos ondas com a mesma qualidade das encontradas nos palcos onde a elite se apresenta, como Teahupo'o, no Taiti, e Pipeline (HAV). A capital japonesa, por exemplo, é criticada no quesito.
Em encontro geral da Associação Internacional de Surfe (ISA, em inglês) realizado esta semana em Biarritz (FRA), durante o ISA World Surfing Games, representantes das delegações de Los Angeles e Paris, candidatas a sediarem a Olimpíada de 2024, confirmaram suas intenções de manter o esporte como olímpico.
– A CBSurf está trabalhando para o sucesso do surfe em 2020. Torcemos e acreditamos que estaremos também em 2024 e 2028 – disse o presidente da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf), Adalvo Argolo.
Dentre os argumentos para a entrada do surfe no programa, pesaram na decisão do COI a popularidade entre os jovens, o aumento da audiência e a possibilidade de atrair patrocinadores. Skate, escalada, caratê, beisebol e softbol também passarão a fazer parte do megaevento.
– Apoiamos, mas quem vai ganhar o ouro? O melhor maroleiro ou o melhor surfista? – afirmou Renato Hickel, comissário da WSL, ao ser questionado sobre o tema quando o surfe ainda não havia sido incluído.
No encontro da ISA, foram discutidos os caminhos que conduzirão o surfe até os Jogos de Tóquio. O presidente da entidade, Fernando Aguerre, comunicou às delegações presentes que a classificação para a Olimpíada de 2020 começará a contar a partir de julho de 2018 e será encerrada um mês antes da competição.
A ISA e o COI ainda estudam quais serão os critérios para definir os classificados. Em Tóquio, o torneio deve ser disputado em dois dias, em uma janela de duas semanas.
Dois brazucas avançam à terceira fase na França
O Brasil teve ontem dois surfistas classificados para a terceira fase do ISA World Surfing Games, em Biarritz, na França, primeira competição oficial do ciclo olímpico de Tóquio-2020. Elivelton Santos e Wesley Dantas foram os melhores em suas baterias e garantiram as vaga.
O primeiro somou 16.10 para derrotar o sueco Timothy Latte, o chileno Maximiliano Cross e o suíço Luca Carlisle. Dantas, por sua vez, precisou passar pela repescagem. Ele levou a melhor sobre Jackson Obando, da Nicarágua, Kian Martin, da Suécia, e JC Susan, da Nova Zelândia.
– Estou muito feliz de ter feito uma boa apresentação. Espero estar cada vez mais concentrado na competição. Tenho muito mais pra mostrar. Valeu, Brasil! – disse Elivelton, que detém quatro títulos da CBSurf.
– Passei na primeira bateria um pouco apertado, pois tinha poucas ondas. Na segunda, o mar também estava muito difícil. Mas consegui fazer o meu trabalho – falou Dantas.
Já classificados para o Round 2, Ian Gouveia e Raoni Monteiro não competiram ontem. O campeonato foi interrompido por horas devido à ausência de ondas e deve voltar hoje.
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