Conheça a carreira de Maria Esther Bueno, lenda do tênis que Bia Haddad igualou em Roland Garros
Paulista trilha os caminhos de ícone da modalidade e vem se tornando referência no tênis
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Depois de quatro horas de embate, Bia Haddad venceu a espanhola Sara Sorribes e fez história no tênis brasileiro ao chegar às quartas de finais em Roland Garros. A atleta é a primeira do país alcançar esta etapa desde Guga em 2004. Além deste feito, ela se igualou à maior tenista do país, Maria Esther Bueno, que era a única até hoje a conseguir passar para as quartas de um Gram Slam.
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Apesar de ser a maior referência feminina no tênis brasileiro, a atleta, que morreu em 2018 aos 78 anos, não é tão conhecida pelo público mais jovem. O LANCE! apresenta a carreira da tenista que ficou conhecida como "A bailarina do tênis".
Eleita como a melhor tenista do século XX da América Latina, Maria Esther, assim como Bia, nasceu em São Paulo e, desde cedo, começou a jogar tênis com sua família, principalmente com o irmão Pedro. Ela iniciou aos seis anos no Clube de Regatas do Tietê e conquistou seus primeiros títulos internacionais, o juvenil Orange Bowl e o torneio de duplas de Wimbledon, entre meados dos anos 1950. No final desta década, a tenista conquistou a liderança no ranking mundial, aos 19 anos de idade, após vencer na grama sagrada de Wimbledon.
Com uma carreira repleta de títulos, a brasileira chegou a 120 finais de simples, com 65 títulos, e outras 137 decisões de duplas, com 90 vitórias, somados aos 15 troféus de duplas mistas, totalizando 170 conquistas. A passagem da tenista em Grand Slams também foi emblemática: são 35 finais e 19 títulos, incluindo o tricampeonato individual em Wimbledon e quatro vitórias nos Estados Unidos. Na época, devido à dificuldade de acesso à informação e à comunicação lenta de seus resultados aos jornais nacionais, ela não teve reconhecimento total no Brasil.
Maria Esther também tem ótimos números em Roland Garros. A brasileira conta com 33 vitórias e 10 derrotas. Em 1960, venceu o torneio de duplas com a americana Darlene Hard e duplas mistas com o australiano Bob Howe. No entanto, na modalidade solo, não conseguiu levantar o troféu tão desejado pelos tenistas, um feito que Bia Haddad pode conseguir passando pelas últimas fases e chegando até a final.
Bia Haddad encontrou Maria Esther no Rio Open e, após a sua morte, declarou que a tenista foi um ícone, sempre representou o país da melhor forma possível e acrescentou: "Teve resultados brilhantes na carreira, dentro e fora da quadra sempre mostrou muito luta, sempre foi uma pessoa muito boa, fez bem para o esporte. Vou tentar da melhor forma possível fazer o meu melhor dentro de quadra para seguir essa luta pelo nosso país. Guardarei todos os momentos que tive com ela, que foram poucos, mas tive a oportunidade de conversar com ela no Rio Open. Desejo tudo de bom para sua família, e vida que segue. Ela está lá nos assistindo agora"
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Podendo ultrapassar Maria Esther e mirando feito de Guga, que é tricampeão do Aberto da França, Bia volta às quadras para jogar as quartas de finais nesta quarta-feira, dia 7, às 7h (horário de Brasília), contra Ons Jabeur. A tunisiana, que chegou à final de Wimbledon e do Aberto dos Estados Unidos, tornou-se a primeira tenista africana e árabe a disputar uma decisão do campeonato na Era aberta.
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