CPB define porta-bandeiras do Brasil na abertura dos Jogos Paralímpicos de Inverno
Cerimônia será realizada na manhã (horário de Brasília) desta sexta-feira, no Estádio Ninho do Pássaro, na capital chinesa<br>
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O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, anunciou no início da manhã desta quarta-feira os nomes dos porta-bandeiras do país na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Inverno Pequim 2022.
A paranaense Aline Rocha e o rondoniense Cristian Ribera, ambos do esqui cross-country, terão o privilégio de ostentar o pavilhão brasileiro no famoso Estádio Ninho do Pássaro, o mesmo que recebeu os Jogos Paralímpicos de verão, em 2008, na capital chinesa.
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"Tenho a mais absoluta certeza que eles e os demais integrantes da nossa delegação nos encherão de orgulho na neve chinesa”, escreveu Mizael em seu perfil no Twitter.
Seis atletas representarão o Brasil na edição de inverno dos Jogos. Esta é a maior delegação do país na competição, cuja cerimônia de abertura será realizada na manhã (horário de Brasília) desta sexta-feira.
A participação do Brasil em Jogos de Inverno não é exatamente uma novidade, dado que o país já se fez presente nas duas edições anteriores: em Sochi 2014, com dois atletas, e em PyeongChang 2018, com três.
- Uma honra imensa representar o meu país nos Jogos e ainda por cima ser porta-bandeira junto com o Cristian, uma emoção muito grande - comentou Aline Rocha, 31, paranaense de Pinhão, que vai para sua terceira participação em Jogos Paralímpicos e, em duas oportunidades, foi escolhida a porta-bandeira do Brasil.
Ela disputou as provas de atletismo no Rio 2016, dois anos mais tarde, na cidade coreana de PyeongChang, foi a primeira mulher da América Latina a disputar os Jogos de Inverno, quando também foi a portadora do pavilhão nacional.
- Foi uma homenagem em PyeongChang ao Dia Internacional da Mulher, já que a cerimônia ocorreu em 8 de março. Eu chorei muito, um misto de emoção, não sei explicar direito, surpresa, alegria. Quando a gente está ali na área do cerimonial passa aquele filme na cabeça e a gente percebe que aqueles quatro anos do ciclo de treinamentos e dedicação valeram a pena e a recompensa chegou - explicou a atleta que ficou paraplégica após sofrer um acidente automobilístico aos 15 anos.
A função de porta-bandeira tampouco é uma novidade para Cristian Ribera. Ele foi o responsável por carregá-la no encerramento dos Jogos de PyeongChang.
- Lá na Coreia do Sul foi muito especial. Eu não fui porta-bandeira na abertura, mas só de entrar no estádio já foi uma emoção inesquecível. Poder ser o porta-bandeira junto com a Aline vai ser super especial, vamos curtir o máximo, e, na medida do possível, fazer nossa festa - concluiu o atleta de Cerejeiras, Rondônia, que nasceu com artrogripose, doença congênita das articulações das extremidades, e desde os três meses de vida mora em Jundiaí, São Paulo.
Tanto Cristian como Aline estreiam nos Jogos Paralímpicos de Inverno na noite (no Brasil) do domingo, dia 5, no esqui cross-country nas provas longas 15km para as mulheres e 18km para os homens. Além da dupla, o chefe da delegação brasileira na China, Anders Pettersson, e a médica da delegação em Pequim, Cassiana Pisanelli, também vão desfilar no Ninho do Pássaro na noite (na China) de sexta-feira.
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