Dia do Atleta Paralímpico: destaques brasileiros falam sobre desafios e inspirações
Alex Pires, Petrúcio Ferreira e Thiago Paulino celebram a data compartilhando experiências que viveram ao longo de suas carreiras
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Celebrado nesta sexta-feira (22), o Dia Nacional do Atleta Paralímpico foi criado em 8 de maio de 2012, mas começou a ser festejado somente em 2014, na sequência das comemorações ao Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência (21 de setembro). A data tem como objetivo conscientizar sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão de pessoas com deficiência na sociedade e, a menos de um ano dos Jogos Paralímpicos de Paris, ganha uma importância ainda mais especial para os atletas.
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Ídolos do esporte paralímpico no Brasil, integrantes do Time Ajinomoto aproveitaram a ocasião para lembrar os grandes desafios que envolvem o desporto paralímpico e como eles conseguem inspirar as pessoas com seus exemplos.
Para Petrúcio Ferreira, bicampeão paralímpico (Rio 2016 e Tóquio 2020) e tricampeão mundial dos 100m classe T47 (deficiência nos membros superiores), a falta de incentivo, infelizmente, é algo recorrente para atletas paralímpicos.
- Mesmo aqueles que passam por grandes eventos ou competições sofrem com isso. Ainda existe uma barreira de preconceito em não querer patrocinar pessoas com deficiência - disse.
A estrutura esportiva em boa parte das cidades brasileiras é citada por Thiago Paulino, medalhista de bronze em Tóquio-2020 e bicampeão mundial no arremesso de peso classe F57, como um dos grandes obstáculos.
- O início é sempre muito difícil. Não se encontra nos municípios estrutura para a prática de iniciantes, tudo é voltado para o alto rendimento e apenas nos grandes centros. Eu tive apoio da prefeitura da minha cidade e da iniciativa privada, mas isso não é regra - afirmou.
Medalhista de prata na maratona classe T46 (deficiência nos membros superiores) nos Jogos de Tóquio, Alex Pires aponta a falta de divulgação do esporte paralímpico como um dos principais obstáculos a serem superados.
- Há pouca informação em relação ao movimento paralímpico, principalmente longe dos grandes centros. Comunicar mais sobre o tema, ajudaria para que outras pessoas com deficiência pudessem ver o paradesporto como uma oportunidade de ter uma carreira profissional - opinou.
Os três atletas entendem que conseguem usar o esporte como uma importante ferramenta para ajudar a inspirar as pessoas.
- A minha intenção é sempre inspirar pessoas no dia a dia, mostrando que não existem limitações. São três pilares: querer, acreditar e lutar para que aconteça. Todos têm capacidade de correr atrás de seus sonhos, só não pode cruzar os braços e esperar. Tem que fazer acontecer - afirmou Thiago Paulino.
- O esporte, por si só, já é uma motivação para qualquer um e eu sinto que consigo trazer essa inspiração para outras pessoas, pelo contato que alguns jovens têm comigo, seja pessoalmente ou pelas redes sociais - contou Petrúcio Ferreira.
- Fui atleta amador, trabalhava oito horas por dia, sempre dando o meu melhor, e mesmo assim ao final do dia treinava forte. Acho que a melhor forma de inspiração para as pessoas é que elas tentem seguir o meu exemplo - disse Alex Pires.
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