Diretor diz que diretiva técnica em 2022 deu vantagem muito maior à Red Bull
Diretor-técnico da Red Bull disse que a mudança sobre a prancha do assoalho, deu uma vantagem muito maior para a equipe em relação à concorrência
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Diretor-técnico da Red Bull, Pierre Waché vê o GP da Bélgica de 2022 como um “ponto de virada” na concorrência da Fórmula 1 e no isolamento dos taurinos como melhor equipe do grid. Em tempos de forte porpoising (os quiques do carro no eixo vertical), a FIA introduziu naquele fim de semana uma diretiva técnica com uma nova métrica para as oscilações. Caso o balanço de determinado carro fosse considerado excessivo, a equipe teria de subir a altura do monoposto, o que gera perda de desempenho.
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Além disso, as bordas do assoalho foram elevadas para 25mm, com um levantamento da entrada do eixo do difusor, abaixo do assoalho. Segundo Waché, essas mudanças, que iniciaram rumores de que poderiam afetar o desempenho da Red Bull, mas na verdade, o efeito de afastar ainda mais a equipe da concorrência.
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“Nós alcançamos o potencial total do carro em Spa, quando a FIA apertou as regras sobre a prancha do assoalho. Isso, no fim das contas, nos deu uma vantagem muito maior sobre a concorrência. Já não estávamos sofrendo muito com o ‘porpoising’, mas, dali em diante, nossa vantagem sobre a Ferrari ficou ainda maior”, disse Waché ao portal RacingNews365.
“Nós ganhamos vantagem em relação aos competidores com a mudança das regras. Então, você pode tratar aquele fim de semana como um ponto de virada. De fato, a Ferrari tinha o carro mais rápido do grid no início de 2022”, comentou o diretor-técnico da Red Bull.
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Assim, o fim de semana da Bélgica foi completamente dominado por Max Verstappen em 2022. O neerlandês anotou a pole com facilidade, 0s6 à frente de Carlos Sainz, mas largou em 14º após ser punido por trocar o motor e a caixa de câmbio. Mesmo assim, o agora tricampeão assumiu a ponta ainda na 12ª volta e só a perdeu quando foi aos boxes, entre as voltas 16 e 17. No fim, venceu com 17s8 de vantagem para Sergio Pérez, segundo colocado.
“Max é muito rápido em Spa. Além disso, o RB18 se adaptou perfeitamente à pista. Esses dois aspectos fizeram a diferença. O fato de que os carros ainda estavam balançando muito também foi uma questão, porque é nesta situação que os problemas aparecem nessa atual geração”, analisou Waché.
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De lá para cá, Verstappen conquistou mais dois títulos mundiais e parte como o grande favorito para o quarto em 2024. Waché disse que a adaptação instantânea do neerlandês aos circuitos é uma “vantagem insana” em relação aos outros pilotos, que levam mais tempo para se aclimatar corretamente às pistas.
“Ele ama correr, tem um talento insano e sente perfeitamente o limite do carro”, avaliou Waché. “Antes de começar a trabalhar com ele, nunca conheci um piloto que se colocasse no limite logo na primeira volta. Isso realmente dá a ele uma vantagem absurda, especialmente com tão poucos testes hoje em dia”, pontuou.
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“Para nós, também é uma vantagem ter um piloto que consegue guiar um carro imediatamente até o limite”, afirmou. “E como nós [engenheiros], ele está sempre procurando por oportunidades de evoluir o carro. A vitória não é o suficiente, ele sempre quer mais, assim como o resto da equipe. Ele não descansa”, finalizou.
A próxima etapa da Fórmula 1 acontece neste fim de semana, entre os dias 5 e 7 de abril, com o GP do Japão, quarta rodada da temporada 2024. O GRANDE PRÊMIO faz a cobertura completa do evento.
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