Viagem, praia, fogos, festas... Estes são alguns costumes de brasileiros no 31 de dezembro, dia de Réveillon. Mas esse não era o foco de Artur Sartori, estudante de 23 anos, que disputou a São Silvestre de 2021 após prometer participar da corrida caso passasse em medicina na faculdade que desejava.
- Eu corria por volta de 5 a 7 km. Um dia eu estava correndo, morto de cansado, não tinha chegado aos 5 km ainda, com a perna pesada, estressado por causa do cursinho... Fiquei tão estressado que falei: se eu passar em medicina na Fuvest, vou correr a São Silvestre no final do ano - conta o estudante.
Artur começou a correr devido à impossibilidade de jogar futebol, pois o cursinho pré-vestibular estava consumindo todo o seu tempo.
- Começou a me fazer mal não fazer nenhuma atividade física - revelou. Segundo o estudante, correr o ajudou nesse processo, pois é um "esporte democrático", em que ele pode moldar seus horários de acordo com suas necessidades.
Realizando o sonho, no final de 2019 Artur Sartori passou em medicina na primeira fase da Fuvest, vestibular da Universidade de São Paulo (USP), e no começo de 2020, foi aprovado na segunda fase. Entretanto, o futuro médico não conseguiu pagar a promessa logo, pois a última São Silvestre, que aconteceria no ano passado, foi cancelada devido à pandemia da covid-19.
Após a prova, Artur revelou que esperava algo diferente da São Silvestre. Ele "percebeu que era uma festa", então aproveitou, já que estava pagando uma promessa, e correu leve, se divertindo, sem se preocupar com tempo e finalizou a prova "tranquilo".
- A sensação é de dever cumprido. Já quero novos desafios - conta o estudante, que ainda não sabe se disputará a prova novamente em 2022. Para ele, apesar de ter gostado da São Silvestre, será difícil encontrar algo tão motivador como passar na faculdade.