Rebeca Andrade e Caio Bonfim vencem o Troféu Rei Pelé de atletas do ano
Rebeca vence o prêmio pela quarta vez, enquanto Caio garante o primeiro troféu
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Na noite desta quarta-feira (11), o Comitê Olímpico do Brasil (COB) realizou a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico 2024. A multicampeã da ginástica artística Rebeca Andrade e o atleta da marcha atlética Caio Bonfim venceram o Troféu Rei Pelé, oferecido ao Atleta do Ano das categorias masculina e feminina.
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Os concorrentes ao Troféu Rei Pelé foram: Ana Sátila (canoagem slalom), Beatriz Souza (judô) e Rebeca Andrade (ginástica artística), no feminino; Caio Bonfim (atletismo - marcha atlética), Edival Pontes (taekwondo) e Isaquias Queiroz (canoagem de velocidade), no masculino.
Rebeca Andrade
Nascida em Guarulhos, em São Paulo, Rebeca, de 25 anos, é a maior medalhista olímpica da história do Brasil. Em Paris, a ginasta conquistou quatro medalhas: ouro no solo, duas pratas, no salto e no individual geral, e um bronze por equipes. Na carreira olímpica, ela ainda tem o ouro no salto e a prata no individual geral em Tóquio 2020 em 2021, somando seis pódios nas duas edições dos Jogos.
Nascida de família humilde, a filha de Rose Santos cresceu com mais sete irmãos e começou a treinar a ginástica artística aos quatro anos, em um projeto social voltado para o esporte, organizado pela prefeitura de Guarulhos (SP). Após se destacar e receber o apelido de "Daianinha dos Santos de Guarulhos", Rebeca chegou ao Flamengo em 2011. No ano seguinte, surpreendeu, ao conquistar o Troféu Brasil de Ginástica Artística.
Em meio a títulos e glórias, Rebeca passou por dificuldades e provações. Com duas lesões de joelho, devido a rompimentos dos ligamentos, a ginasta viveu momentos de terror de 2015 e 2017. No entanto, a grande campeã do Brasil se reergueu e continuou a caminhada para, hoje, ser considerada lenda do esporte olímpico brasileiro e mundial.
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Caio Bonfim
Natural de Sobradinho, no Distrito Federal, o marchador de 33 anos foi o responsável por ganhar a primeira medalha olímpica da marcha atlética para o Brasil. Em Paris, Caio conquistou a de prata na marcha atlética de 20 km. Participou também das Olimpíadas de Londres 2012, Rio 2016 e Tóquio 2021. Antes de subir ao pódio em Paris, Caio bateu na trave, no Brasil, onde ficou com a quarta colocação na Olimpíada de 2016.
O esporte sempre esteve no sangue de Caio. A mãe dele, Gianette Bonfim, foi oito vezes campeã brasileira da modalidade. O treinador dela, João Sena, é o pai de Caio. Os treinos acontecem nas ruas da cidade-satélite do Distrito Federal e no Estádio Augustinho Lima, onde o projeto Centro de Atletismo de Sobradinho, organizado pela família Bonfim, também é realizado.
O início da carreira foi muito conturbado para Caio. O marchador teve meningite, com apenas sete meses, e teve duas pneumonias graves. Na primeira infância, não ingeriu derivados de leite devido a uma intolerância à lactose, e os ossos se fragilizaram. Sem a suplementação adequada de cálcio, as pernas ficaram arqueadas.
Caio passou por cirurgia quando tinha três anos e, com gesso, teve as pernas realinhadas. Os médicos já achavam que ele teria dificuldade para caminhar, o que dirá marchar. Porém, Caio venceu os desafios e fincou o nome dele na história do esporte olímpico brasileiro.
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A premiação homenageou os grandes destaques do Time Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, escolhidos por um colégio eleitoral formado por especialistas. Outras categorias foram escolhidas por voto popular, que apontou o Atleta da Torcida, Atleta Revelação e o Prêmio Inspire.
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