Fabrizio Gallas: ‘Bia Haddad – Lesão nas costas, bloqueio mental ou os dois ?’
Coluna aborda os últimos dias e torneios de Bia Haddad
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Comentava há nove dias da importante vitória de Beatriz Haddad sobre Ons Jabeur, com contundência, nas quartas em Abu Dhabi. Pois bem, de um dia para o outro tudo mudou. Três horas de jogo contra Daria Kasatkina, derrota na semi em um jogão. Queda nos detalhes . Nenhum problema nisso.
Mas pouco depois veio a desistência da semi de duplas com Luisa Stefani, alegando problema nas costas. Sim, no final contra Kasatkina a brasileira colocou as mãos nas costas, foi visível na televisão. Ela não se comunicou com seu público sobre o fato.
Dois dias depois. Estreia em Doha, contra Xinyu Wang, contra a qual já havia vencido todos os jogos anteriores. Derrota por 6/1 6/3, com pouquíssima resistência e um momento parando o jogo para atendimento nas costas. E reclamou em dado momento da velocidade do saque. Novamente não se comunicou com seu público. Rolou um story no instagram com umas pegadas de animal e uma ampulheta quando chegou em Dubai.
Quase uma semana inteira depois, em Dubai, neste domingo, a brasileira parecia recuperada. Mostrando um belo tênis por um set e meio, dominando, errando muito pouco. Eis que perde uma vantagem de 6/4 4/2 com dois break-points e seu jogo desmorona por completo. Foi ao vestiário no intervalo para o terceiro set. Aparentemente não mostrou nenhuma dor. Mas levou seis games seguidos, se frustrou e até bateu raquete. Uma queda de nível até surpreendente pro que joga e para o que vinha fazendo.
Bia vinha relatando antes e no começo dessa série no Oriente Médio a questão mental , sua luta em buscar o equilíbrio nas partidas. Sim há uma pressão, ela é a melhor do país está na mídia e carrega um peso por não ter muitas outras meninas com tanto holofote em cima.
Será que as últimas derrotas têm sido mais mentais do que por problema físico ? Se as costas estavam doendo, não seria melhor fazer uma pausa e recuperar ? Esses WTAs 1000 não eram mandatórios, os próximos em Indian Wells e Miami, ambos em março, serão .
Agora o fato é que ela não se comunica com seu público há mais de uma semana, então não sabemos de nada. Normal que um atleta não queira falar e dê chá de sumiço em determinadas situações, mas ela carrega um público
Que a Bia se abra pelo menos um pouco e fale o que rolou nos últimos dias se não vai dar margem para qualquer tipo de interpretação. O fato é que o Sinal de Alerta está ligado, seja na parte física e/ou mental.
Um dos objetivos da brasileira para 2024 seria pontuar mais nos WTAs 1000. Nos dois primeiros duas derrotas. Começo não é nada bom.
O lado bom do tênis é que o ano é longo e na semana seguinte tudo pode mudar, é um novo sol que nasce, um novo torneio, uma nova partida onde o clique positivo pode vir.
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