Filipe Toledo dispara na liderança do ranking, ‘freia’ gringos e se impõe como candidato ao título mundial
Brasileiro garantiu com autoridade o título da quarta etapa da temporada do Circuito Mundial, em Bells Beach, e agora tem sequência que o favorece para se manter no topo
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Em uma temporada que começou sem Gabriel Medina e com os surfistas gringos embolando a contagem do ranking do Circuito Mundial da WSL, a disputa começa a ganhar forma, passados quatro eventos. Com um surfe de alto nível, o brasileiro Filipe Toledo mostrou em Bells Beach, na Austrália, que está na briga, e tem boas perspectivas para o restante do campeonato.
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Filipe garantiu a primeira conquista do Brasil em 2022 ao derrotar o australiano Callum Robson, novato na elite, na grande decisão deste domingo, um dia depois de o paulista completar 27 anos. O resultado fez Toledo disparar no topo da lista. Ele soma 24.440 pontos, à frente do japonês Kanoa Igarashi, segundo colocado (18.620) e do havaiano John John Florence, terceiro (16.905).
Bicampeão do Circuito Mundial (2016 e 2017), Florence caiu nas quartas de final contra o próprio Toledo em uma espécie de "final" antecipada, mas somou pontos importantes e subiu cinco posições. John John tem a regularidade como trunfo, após um terceiro e dois quintos lugares.
- Todo mundo estava esperando essa bateria, mas eu me preparei mentalmente para vir com tudo pra vencer. Eu estava muito confiante em surfar o meu melhor em cada onda. Na verdade, eu orei bastante antes da bateria, pedindo a Deus para me mandar a primeira onda e minhas preces foram atendidas. Veio aquela onda incrível (9,63) e eu ganhei mais confiança para o restante da bateria - afirmou Toledo após a conquista, ao relembrar o duelo em que ele se vingou de Florence pela derrota no local em 2019.
Aos 50 anos, o americano Kelly Slater, onze vezes campeão mundial, abriu a temporada em grande estilo, com a conquista da etapa de Pipeline. Em seguida, o havaiano Barron Mamiya surpreendeu em Sunset Beach. Os Estados Unidos voltaram a celebrar em Peniche (POR), onde Griffin Colapinto alcançou o topo do pódio, ao bater Filipe na final.
O brasileiro começou o campeonato com dois nonos lugares, antes de brilhar nas duas etapas seguintes. Além do talento para impressionar os juízes, ele soube usar bem da velocidade, uma de suas virtudes, para se sair vitorioso mesmo em condições adversas, com poucas ondas.
Ele, que costuma se sair bem nas direitas de El Salvador e Jeffreys Bay, além de ter histórico memorável em Saquarema (RJ), tem boas perspectivas de se manter nas cabeças. O surfista faturou a etapa carioca nas edições de 2018 e 2019.
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