Gabriel Medina é ‘lanterna’ do Mundial de surfe a uma etapa da final; entenda
Tricampeão perdeu boa parte do circuito da WSL para cuidar da saúde, sem pensar em competições
- Matéria
- Mais Notícias
Gabriel Medina é amplamente conhecido no mundo do surfe. Tricampeão mundial, o brasileiro é um nome forte sempre que compete. No entanto, em 2022, o surfista amarga a lanterna do circuito da World Surf League (WSL) e não vai disputar a final em Trestles. O motivo é simples: ele esteve fora de boa parte das etapas.
+ VÍDEO: Gabriel Medina mostra preparação para retorno ao Circuito Mundial
No fim da temporada de 2021, Medina já dava indícios que a temporada seguinte seria atípica. Com intuito de cuidar da saúde mental e sem se preocupar com o calendário enxuto das etapas da WSL, o surfista brasileiro abriu o jogo.
- Preciso parar um pouco de pensar só em competição, porque tudo que eu faço hoje, alimentação, rotina… É tudo focado em competição, para eu estar 100% em todos as disputas. Eu nunca perdi uma etapa. É difícil fazer isso por anos. Acho que chegou o momento em que eu preciso dar uma pausa - disse o atleta.
Após pensar bastante na decisão, o brasileiro publicou uma mensagem aos fãs, na qual explicava a situação. Além de comentar sobre os meses desgastantes e a pandemia, Medina também revelou que estava com uma lesão no quadril e que precisaria de tempo para se acertar.
A decisão recebeu apoio de fãs e dirigentes da WSL, como o CEO Erick Logan. Em comunicado oficial, o mandatário disse: "A saúde e a segurança de nossos atletas são de extrema importância e apoiamos totalmente a decisão de Gabriel de priorizar seu bem-estar".
Dessa forma, o surfista brasileiro ficou de fora das etapas de Pipeline, Sunset Beach, Portugal, Bells Beach e Margaret River. Depois da longa ausência, o retorno aconteceu com excelentes resultados. Medina conseguiu o terceiro lugar na Indonésia (G-Land) e em El Salvador.
Logo ao voltar pra casa, no entanto, mais um problema apareceu. No início da etapa da Saquarema, Medina sofreu uma lesão ligamentar no joelho, que o retirou do restante da temporada. Agora, o brasileiro se recupera da contusão e aguarda o momento certo para retornar a fazer aquilo que mais gosta.
COMPARAÇÃO COM TEMPORADAS ANTERIORES
Para ter uma ideia do tamanho da diferença com relação às outras temporadas, o LANCE! analisou o desempenho de Medina. Como ele mesmo frisou, a participação nas etapas é algo certo e o desempenho foi fenomenal.
Em 2021, na primeira temporada com a implementação da final em Trestles, Medina foi soberano. O brasileiro ficou em seis dos oito pódios disponíveis, com três vitórias, incluindo na grande decisão. Sem sustos, o surfista fechou o ano com 43 mil pontos, 13 mil a mais que o vice, Filipe Toledo.
Como a temporada 2020 foi cancelada por conta da pandemia, a análise passa para o ano anterior, no qual Medina teve nova boa participação. Com duas vitórias e mais dois pódios, o brasileiro chegou na última e decisiva etapa de Pipeline com chances reais de título. No entanto, o caneco ficou com o conterrâneo Ítalo Ferreira.
Já em 2018, ano do bicampeonato, Medina teve batalha épica com o australiano Julian Wilson. Contudo, os resultados das cinco últimas etapas pesaram para o brasileiro. Fora cinco pódios (três vitórias e dois 'bronzes'), que culminaram no título em Pipeline após vencer a final diante de seu maior rival na temporada.
Mais lidas
Newsletter do Lance!
O melhor do esporte na sua manhã!- Matéria
- Mais Notícias