Primeiro-ministro admite pela primeira vez adiamento dos Jogos
Autoridades japonesas adotam discurso diferente de semanas anteriores e visam priorizar saúde dos atletas. Ainda não há datas definidas e decisão pode sair nas próximas semanas
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Os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 podem ser adiados, mas não há risco de cancelamento, segundo as autoridades responsáveis pelo evento. A discussão ganhou força no momento que o coronavírus se espalha pelo mundo, principalmente na Europa, e que o aumento no número de infectados preocupa os atletas, muitos impossibilitados de treinar. O discurso do primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, o discurso mudou em relação às semanas anteriores.
- É muito difícil seguir em frente com a organização dos Jogos Olímpicos conforme o planejado, pois temos que dar prioridade ao bem estar. Seria inevitável abordar abordar a decisão de adiar o evento. Não há nenhuma possibilidade de cancelar os Jogos Olímpicos - declarou o japonês.
Dessa forma, como foi discutido no último domingo, o Comitê Olímpico Internacional (COI) terá quatro semanas para decidir manter as datas iniciais ou prorrogar as Olimpíadas. Em entrevista coletiva, Yoshiro Mori, Presidente do Comitê Organizador, e Toshiro Muto, CEO da entidade, reafirmaram a possibilidade de um adiamento, rechaçaram o cancelamento, e disseram entender o atual momento que diversos países passam.
- Os Estados Unidos, Europa e novas áreas estão em situações extremas agora. Entendemos isso, ouvimos muitas opiniões, de muitos países, sobre realizar os jogos conforme o planejado. Não somos tolos.
Antes disso, alguns países como Canadá e Austrália já tinham se manifestados contrários a manutenção das Olimpíadas nas datas previstas. Embora o Japão seja um dos países mais atingidos, o surto de COVID-19 já atingiu mais de 335 mil pessoas em todo o mundo e o número de mortos já passa dos 15 mil.
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