John John Florence fica com o título em Pipeline e Gabriel Medina é vice
Duelo de bicampeões mundiais no Havaí marcou decisão da primeira etapa da temporada de 2021 do Circuito Mundial, com triunfo apertado do havaiano por 11,77 a 11,10 pontos<br>
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O havaiano John John Florence e a australiana Tyler Wright conquistaram nesta segunda-feira o título do Billabong Pipe Masters, etapa de abertura da temporada de 2021 do Circuito Mundial de surfe. O brasileiro Gabriel Medina ficou com o vice.
O paulista até vingou a derrota na decisão do título mundial de 2019 para o compatriota Italo Ferreira, mas John John impediu a terceira vitória brasileira consecutiva em Pipeline, por uma pequena vantagem de 11,77 a 11,10 pontos.
- Nem consigo acreditar. Estou na Lua agora, porque eu queria muito vencer esse evento. Esse é o meu primeiro Pipe Master e estou muito feliz pela vitória. Foi uma bateria difícil, mas eu acreditava que ia conseguir umas ondas no Backdoor que poderiam fazer a diferença. Estou feliz por ter ganhado do Gabriel (Medina). Sempre quando a gente compete, sai fogo, é selvagem. Vencer aqui é meu sonho desde criança. Já tinha perdido algumas finais e estou muito feliz agora, sem palavras para descrever o que sinto - disse John John.
A próxima etapa para os homens e as mulheres, é novamente no Havaí, de 19 a 28 de janeiro em Sunset Beach.
- Estou feliz em ter feito a final. Eu caí na melhor onda, que foi o meu erro, mas estou feliz pela minha performance. É muito bom estar competindo. Fico orgulhoso por ter surfado altas ondas nesse campeonato e estou animado para os próximos eventos. Foi muito bom começar bem o ano e que Deus me abençoe no restante da temporada. Mas, é bateria por bateria, campeonato por campeonato e espero fazer o meu melhor, sempre - disse Medina.
Os dois finalistas se classificaram vingando derrotas em decisões do Billabong Pipe Masters. John John fez a melhor apresentação do evento na semifinal contra Kelly Slater. Ele igualou a nota 9,23 de Jack Robinson e somou com 8,93 para aumentar o placar do australiano, de 17,73 para 18,16 pontos.
Já Gabriel passou por Italo Ferreira, que conquistou seu primeiro título mundial em 2019, no Havaí. O potiguar não estava nas melhores condições físicas, pois tinha batido a cabeça e o quadril na bancada de Pipeline, em uma queda na quarta de final contra o francês Jeremy Flores. Ele competiu mesmo assim e chegou a fazer o melhor tubo da bateria, que ganhou 7,37. Mas, foi a única boa que surfou e, por 12,60 a 8,57 pontos, Medina chegou na incrível quinta final em dez participações no Pipe Masters.
Italo Ferreira começa a temporada 2021 dividindo o terceiro lugar no ranking com Kelly Slater. Os outros brasileiros que competiram no domingo não passaram das oitavas de final que abriram o último dia. Miguel Pupo perdeu para Jeremy Flores e Jadson André para o japonês Kanoa Igarashi. Os dois ficaram empatados em nono lugar com Caio Ibelli e Peterson Crisanto, que também foram barrados nas oitavas de final do Billabong Pipe Masters, nos confrontos que fecharam a quinta-feira.
Mais cinco brasileiros também foram eliminados no mesmo dia. Filipe Toledo, Deivid Silva e Yago Dora, pararam na terceira fase e terminaram em 17.o lugar. Já o campeão mundial Adriano de Souza e Alex Ribeiro, não conseguiram passar nenhuma bateria e ficaram em 33.o, como o peruano Miguel Tudela, que fraturou quatro costelas treinando em Pipeline no domingo passado e nem disputou a repescagem, que abriu a quinta-feira no Havaí.
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No Maui Pro, que foi iniciado em Honolua Bay, na ilha de Maui, mas foi encerrado no domingo em Pipeline, na ilha de Oahu, a gaúcha Tatiana Weston-Webb fez história no maior palco do esporte. Ela foi a primeira mulher a vencer uma bateria do World Surf League Championship Tour em Pipeline, contra a norte-americana Sage Erickson, pelas quartas de final.
- Eu queria ter surfado uns tubos para vencer minha primeira bateria aqui em Pipeline, mas acho que estar sozinha no line-up, sem o crowd, só com mais uma menina, foi muito bom - disse Tatiana Weston-Webb.
Mas a havaiana Carissa Moore não deu qualquer chance à brasileira. Ela já começou pegando um tubo que recebeu nota 7,00. Depois, pegou outro melhor ainda que quase arrancou a nota máxima dos juízes, com a média ficando em 9,60. Com essa nota, registrou a maior pontuação entre as meninas que competiram em Pipeline, 16,60 pontos. Na primeira semifinal, Tyler Wright ganhou o duelo australiano com Sally Fitzgibbons por 10,50 a 2,87.
Na final, Tyler Wright usou as manobras nas direitas do Backdoor, para derrotar Carissa por 8,34 a 7,23.
- É uma honra vencer aqui. Eu não tinha nenhuma expectativa em competir aqui, então certamente essa vitória aumentou muito a minha confiança para o restante do ano. Eu não conheço muito essa onda, porque a gente nunca treina aqui. Mas, contei com o apoio do Kekoa Bacalso, que conhece muito bem esse lugar e me posicionou no lugar certo no mar. Foi realmente desafiador, é uma onda muito perigosa, mas estou muito feliz por tudo o que a WSL fez, em nos trazer para competir aqui - afirmou Tyler.
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