‘A justiça tem que prevalecer’, diz Gustavo Borges sobre crise na CBDA
Maior medalhista olímpico da natação brasileira, ex-atleta se diz triste com denúncias de irregularidades na confederação, e defende investigação para apurar problemas
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Figura importante na história da natação brasileira, Gustavo Borges é a favor de uma investigação profunda na gestão da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). Apesar de se dizer triste ao ver as notícias de irregularidades na atual gestão, presidida desde 1988 por Coaracy Nunes, o maior medalhista olímpico do país nas piscinas deseja que haja uma punição aos envolvidos, caso as denúncias se confirmem.
O presidente Coaracy Nunes e outros três membros da CBDA (o diretor financeiro da entidade Sérgio Ribeiro Lins de Alvarenga, o coordenador técnico da natação Ricardo de Moura, e o coordenador do polo aquático Ricardo Cabral) são acusados pelo Ministério Público Federal (MPF) de São Paulo de fraudarem licitações para a aquisição de itens esportivos com verbas federais em 2014. Os danos aos cofres públicos passam de R$ 1,5 milhão.
– A justiça tem que prevalecer. É triste para o nosso esporte, não é legal você ligar a televisão e ver denúncias. Fico triste, porém é um passo importante. Se não houver algo ilícito, que provem. Se houver, é preciso punição – falou Gustavo ao LANCE! na última segunda-feira, durante encontro da organização Atletas pelo Brasil, da qual é membro.
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Atualmente, o caso está nas mãos do juiz Heraldo Garcia Vitta, titular da 21 Vara Cível Federal de São Paulo. O processo está sendo analisado, e uma decisão pode sair nos próximos dias. Caso o juiz acate os pedidos do MPF, Coaracy Nunes e os outros membros da CBDA poderão ser afastados de seus cargos na entidade.
Gustavo Borges vem acompanhando o caso à distância, por meio das notícias divulgadas pela imprensa. E até para que as informações sejam cada vez mais esclarecidas, o ex-nadador pede transparência na gestão das entidades esportivas. Esta é uma das principais bandeiras da Atletas pelo Brasil, presidida pela ex-jogadora de vôlei Ana Moser.
– Não podemos ter medo de deixar as coisas mais a olho do público, principalmente quando se trata de uma organização pública. Não falo somente da CBDA, falo em geral de todas as instituições, clubes e confederações. Esse é o caminho. Infelizmente a CBDA está nesse processo, uma confederação em que participei minha vida toda. Fico triste por tudo isso – disse Gustavo.
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