Lauter no Lance!: A economia mundial ferve, o mundo dos esportes entra na rota de ‘LA 28’
Podemos traçar alguns paralelos com o mundo dos negócios e investimentos

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Enquanto Trump se diverte, tarifando as taxas de importação do mundo (inclusive de um arquipélago paradisíaco, ocupado apenas por focas e pinguins, que já avisaram que vão retaliar) e faz beicinho enquanto murmura 50% para um, 100% para outro, as bolsas do mundo, inclusive as americanas, mostram quedas absurdas, confirmando que o Bufão cor de doritos, tem jeito para o negócio.
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Se voltarmos para o momento atual dos esportes, podemos traçar alguns paralelos com o mundo dos negócios e investimentos. Mas não, não iremos falar sobre SAFs e times atolados em dívidas.
Estamos, neste momento, entrando na primeira, de quatro temporadas, até os Jogos de Los Angeles, em 2028, que acontecerão ainda sob a batuta do adorável Trump. Enquanto escrevo esta última linha, corre um arrepio frio em minha coluna (a vertebral, não a que ora escrevo) e caio em depressão precoce, pensando alto: será que haverá LA 28? Sim, haverá. Já passamos (passamos?) por coisas piores e sobrevivemos!
Ao mesmo tempo que fintechs, bancos de investimentos, casas de apostas e comércios menos respeitáveis, profissionais dão o máximo de seus conhecimentos, tais quais atletas e treinadores em busca do sonho olímpico.
Assim também, comitês olímpicos de todo o mundo, já começam a fazer projeções, estudos de casos, planejamento e logística para que seus atletas deem o seu melhor no verão de 28 na costa oeste americana.

Melhora no quadro de medalhas das Olimpíadas
Os Comitês Olímpicos criam estratégias a curto, médio e longo prazos, em busca de medalhas, que se transformam em números e em um quadro de medalhas, verdadeiro Santo Graal olímpico, e o alto deste quadro é o desejo da maioria dos 200 e poucos países que disputam os Jogos.
Recentemente, as melhores estratégias para melhora de posição no Quadro de medalhas olímpicas, foram as aplicadas por Austrália à partir de Los Angeles 84 até Sidnei 2000, onde alcançou a 4ª posição, e, principalmente, a Grã Bretanha, à partir de Atlanta 1996, e em Pequim 2008 se estabiliza no top 3 do quadro de medalhas, não saindo mais!
Tanto Austrália quanto Grã-Bretanha usaram estratégias parecidas, desenvolvidas pelo AIS (Instituto Australiano de Esportes) e pelo recém-nascido UK Sports (que gerencia e distribui o investimento público aos esportes olímpicos, escolares e geradores de saúde). Tanto um quanto o outro, realizou uma revolução no esporte de competição nos dois países. Tornando irrelevantes alguns esportes que não conseguiam ser competitivos, apesar de terem gastos semelhantes aos de esportes tradicionais ganhadores de medalhas. Aumentaram os recursos a esportes que geram grande número de medalhas e que tenham relevância histórica na região (atletismo, ciclismo, remo, vela...), e descartaram auxílio pesado a esportes coletivos ou caros e com poucas medalhas em jogo (basquete, voleibol...). Mas, o que realmente funcionou (e funciona) à longo prazo, é ter uma instituição sem vínculos com o comitê olímpico de seus países e que pensam e estudam os esportes de alta performance, trabalham na captação de novos parceiros, para diminuir o aporte de dinheiro público em seus projetos.
Comparando com o mundo do mercado
E agora, vamos às semelhanças entre o mundo do mercado de capitais, bancos de investimentos e afins, com o mundo mágico do esporte competitivo:
BLUE CHIPS: no economês, são as ações do mercado com grande liquidez e sem muito risco. O termo vem dos cassinos, onde, no pôquer, as fichas azuis são as mais valiosas.
No esporte, seriam atletas já consagrados mas ainda com belo caminho até LA28, e que com alguma segurança, devem estar no pódio em suas provas. Como exemplo, podemos citar:
No atletismo: Caio Bonfim, na Marcha atlética já com larga experiência e 2 medalhas de bronze em Mundiais e uma prata nos Jogos Olímpicos de Paris, estará provavelmente, em sua última Olimpíada, e Alison dos Santos, ainda muito jovem, já carregando dois bronzes olímpicos e um ouro em Mundial, nossos blue chips do atletismo, iniciaram muito bem a temporada de 2025, confirmando o status de possíveis novas medalhas em LA28.
➡️ Lauter no Lance!: As performances olímpicas entram em campo
Na natação: Uma novíssima geração vem muito forte, mas como nossos exemplos devem ser de baixo risco, optemos por gente já escaldada, afinal como diria o grande John Belushi, quando o jogo se torna duro, é hora dos duros entrarem em campo. Portanto lá vai: Fernando Scheffer, nos 200 metros vem com o bronze de Toquio 2020 e o ouro do Mundial de 2018, quando tinha 20 anos apenas e Mafê Costa, a musa dos 400 livres, querem mais do que ir à final em LA, e merecem o carimbo Blue Chip
Mas, além de atletas Blue Chip, existem os esportes Blue Chip, aqueles que criaram uma doce rotina de, a cada olimpíada, trazer, ao menos, uma medalha!
Judô e Vela têm essa mania há algum tempo, e agora contam as boas companhias da Ginástica artística, Surf e Skate. Que venham mais modalidades para o lado Blue Chip da vida!
ÍNDICE DOW JONES: é o mais tradicional índice do mercado americano de ações. Embora não seja o mais antigo, sua história se confunde com a das bolsas dos Estados Unidos, as mesmas que hoje quase viraram sorvete de creme ao sol. É tido como um indicativo mais conservador, pois utiliza o desempenho das ações de 30 empresas de grande porte dos EUA de quase todos os setores, gerando resultados menos voláteis.
E as modalidades esportivas Dow Jones, são aquelas que tradicionalmente, se saem bem e ajudam as suas delegações no quadro de medalhas olímpico.
Temos como exemplo as modalidades citadas no parágrafo acima (Judô, Vela, Voleibol (sem derrapagens, por favor) e as novatas radicais (Surf, Skate) , muito bem-vindas à família olímpica, somadas ao Atletismo e a Natação, ainda tímidos em medalhas constantes. Estas são as modalidades Dow Jones, aquelas que ajudarão, pela constância, quem sabe em LA 28, ao esporte brasileiro alcançar o Top 10 do quadro de medalhas.
Mas, são apenas especulações. Como num jogo de perde e ganha, em cassinos, bolsas de valores pelo mundo ou BETs esportivas e enfadonhas. Como também são as bravatas (e as gravatas) políticas que vem lá do Norte, como lufadas de insanidade. Que o esporte navegue firme longe destas costas, que ele viva dos sonhos de paz. Como foi desde as Olimpíadas em seus primórdios, que de tão importante, paralisava guerras e unia povos.
Lembremos que os Jogos de LA 28 acontecerão (sim, ACONTECERÃO) na casa da maior economia do mundo, da que já foi a maior democracia do mundo, no país que irá sobreviver aos dias atuais, quem sabe com a ajuda dos Deuses do Olimpo!
Que venha LA 2028, nos vemos por lá!
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