Leandrinho elogia Didi no Jogo das Estrelas: ‘É hora dele ir embora’
Experiente ala enxerga que jovem jogador de Franca está melhor preparado que ele quando deixou o Brasil e deve tentar entrar na NBA, a liga norte-americana de basquete
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Apesar do título de NBA e uma carreira consolidada nas costas, esse será a primeira participação do Jogo das Estrelas para Leadrinho. O ala do Minas, que está no Brasil desde o ano passado, não pôde participar da última edição do fim de semana festivo do NBB por conta de uma lesão, mas agora terá que gosto de ver a festa. No Ginásio Pedrocão, palco da partida, ele comentou sobre a evolução do evento e do basquete brasileiro.
- É gratificante saber que nosso basquete vem melhorando, está bem melhor do que era antes. Quando eu saí daqui era CBB, era muito difícil as coisas acontecerem e hoje você vê o Jogo das Estrelas, o tamanho do evento, como vem sendo há tantos anos. Está melhorando demais, então a gente fica muito feliz, até mesmo com tantos estrangeiros fazendo parte da nossa liga. A visibilidade melhorou muito, é continuar com esse trabalho que vem sendo feito e que mais atletas de fora venham e que mais talentos nossos vão para fora, como o Didi - afirmou.
O jovem Didi é um dos protagonistas do Jogo das Estrelas. Aos 19 anos, o ala da equipe do Franca é um dos principais jogadores do NBB e um dos mais cotados para sair do Brasil em breve. Na opinião de Leandrinho, o jovem já está pronto para assumir um compromisso fora do país.
- O Didi está pronto, é a hora dele ir embora. Eu saí daqui com 18 anos e acredito que ele está bem melhor do que eu, tem mais corpo do que quando eu saí daqui. Para ele, vai ser fácil do que foi para mim, tive que ir um mês antes para ganhar peso, ficar mais forte, entender o jogo e, mesmo assim, demorou dois anos para entender que eu estava na NBA, que eu fui escolhido no Draft - comentou.
Leandrinho também destacou o complicado caminho a ser percorrido por um ala estrangeiro na principal liga de basquete do mundo, já que, em suas palavras, existem muitos jogadores dos Estados Unidos para essa posição. Porém, ele acredita que Didi pode superar isso e conseguir um time na NBA.
- A nossa posição é muito difícil de entrar na NBA, porque lateral e armador é o que mais tem por lá. É mais fácil para pivô, tanto que é temos vários pivôs que passaram pela liga do que lateral e armador. Não vai ser fácil, eu não sei como que a agência dele está proporcionando para ele ir para lá (EUA), se vai ser pelo Draft. Eu estou pensando na NBA, não é Europa não, eu não sei se ele está pensando nisso, mas, na minha visibilidade, ele tem que ir para os Estados Unidos - completou.
Leandrinho é um dos principais jogadores do Minas, mas seu futuro na equipe ainda é incerto. Ele afirma que as conversas com a diretoria do clube vão iniciar de uma forma devagar, mas que ele ficou encantado com a estrutura que a equipe apresentou, chegando a comparar as construções de lá com as da NBA.
- Minas é uma cidade maravilhosa, os caras me acolheram, me agarram. Não estão querendo que eu vá embora não, então não sei o que vai acontecer, a gente tem que ir devagarzinho, quero fazer uma boa campanha com o Minas hoje, fazer um bom trabalho para gente ir longe. É um lugar maravilhoso, eu nunca vi uma estrutura igual, as instalações de lá chegam perto muito perto da NBA. Estou feliz lá, tive um problema e eles me acolheram de uma certa forma que eu não tive contato aqui no Brasil. É bom saber que eu tenho um porto seguro lá, que estão sempre disponíveis para me ajudar - confessou.
Apesar da idade, Leandrinho não esconde o objetivo de estar nos próximos Jogos Olímpicos, que serão realizados em Tóquio, no Japão, em 2020. Ele, que vem sendo convocado de forma constante para a Seleção Brasileira, afirma que está treinando e que terá condições de participar da competição.
- Vou brigar para isso também. Acho que tenho plenas condições de estar lá sim, me cuido bem, treino para caramba e tenho certeza que vou chegar lá sim. O Brabo (Alex) disse que vai jogar por mais cinco anos, então vamos que vamos - bradou.
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Passagem pelo Golden State Warriors
- Quando eu cheguei lá (Golden State Warriors), achava que não ia ter minutos porque cheguei como um veterano, para dar exemplos para os outros jogadores e não ia ter tanto tempo de jogo. Realmente eu não tive, mas ele contou comigo para que eu ajudasse e eu tive a felicidade de encontrar o Curry, Klay (Thompson), Draymond (Green) e logo de primeira fomos campeões. No segundo ano, a gente perdeu em uma virada que até hoje não entra na minha cabeça, não sei o que aconteceu. Foi uma convivência muito boa, até hoje eu falo com eles.
Campeão da NBA
- Acho que vai dar Golden State de novo, não existe um time que possa empatar com eles. O único time que eu acho que pode preocupar, e o Steve Kerr (técnico da equipe) falou sobre isso, para mim é o Toronto (Raptors). Mas, tirando eles, não deve ter outro time.
Mudanças no basquete
- Não só no Brasil, mas no mundo, eu acho que o basquete num geral está mais rápido, a gente não tem mais o pivô tradicional, o pivô hoje também consegue chutar de três. Mudou o estilo do jogo, o jeito de jogar, acho que isso mudou na época do Phoenix Suns do Mike D'Antoni e com o Golden State isso se tornou uma tendência mundial.
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