Líderes do COB e CPB avaliam importância dos valores olímpicos no desenvolvimento social
Em seminário realizado no Rio de Janeiro neste sábado, Paulo Wanderley e Mizael Conrado explicaram o termo "Olimpismo" e sua influência na formação social de atletas
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Com o objetivo de debater a essência do esporte como ferramenta de crescimento, bem-estar e desenvolvimento social, a Fundação Getúlio Vargas promoveu, neste sábado, o VIII Seminário de Gestão Esportiva FGV/FIFA/CIES. O evento contou com a participação de ex-atletas renomados no cenário nacional e grandes líderes responsáveis pelo futuro das atividades olímpicas no país, como o presidente do COB, Paulo Wanderley, e o presidente do Comitê Paralímpico, Mizael Conrado.
O presidente do Comitê Olímpico do Brasil, Paulo Wanderley, iniciou sua apresentação citando austeridade, transparência e meritocracia como os principais valores da entidade, que vem apostando no desenvolvimento de jovens através de competições como os Jogos Escolares da Juventude, que reúne seis mil alunos com idades entre 12 e 17 anos competindo em diversas modalidades.
A partir de projetos como esse, Paulo Wanderley define respeito, amizade e excelência como valores olímpicos que devem ser ensinados aos atletas desde o início de sua formação. O presidente do COB também falou sobre a prática conhecida como Olimpismo, que significa incorporar valores do esporte à vida.
- O Olimpismo é uma filosofia de vida que coloca o esporte a serviço da humanidade. Ela é fundamentada no equilíbrio do corpo, da vontade e da mente. Aliando o esporte à cultura e à educação, o Olimpismo procura criar um estilo de vida com base na alegria do esforço, no valor educacional do bom exemplo e no respeito pelos princípios éticos universais.
Representando o Comitê Paralímpico do Brasil, Mizael Conrado destacou a importância da construção do Centro de Treinamento Paralímpico para o desenvolvimento de atletas, que precisam de um espaço adaptado. Localizado no Parque Fontes do Ipiranga, Zona Sul de São Paulo, a área tem 110 mil metros e abriga equipamentos que capacitam treinos de até 20 modalidades e já é considerado um dos maiores centros de esporte do Brasil. O projeto, que era um sonho da entidade, só teve continuidade devido a implantação da Lei Brasileira de Inclusão, que é avaliada pelo dirigente como fator de extrema importância para o desenvolvimento do esporte paralímpico no país.
- Com a lei, os recursos do CPB aumentaram de 0,3% para 1%, o que nos dá condição de gerir o centro de treinamento hoje e continuar com a política de desenvolvimento do esporte paralímpico no Brasil. É uma estrutura de altíssimo nível e própria, então podemos desenhar os nossos projetos de acordo com a necessidade. Sem dúvidas, o centro vai ser fundamental para levar o Brasil a um outro patamar dentro de dez anos.
Motivado pelo retorno obtido através do investimento em jovens esportistas, inclusive nas Paralímpiadas Escolares, “que criam resiliência e ajudam os atletas a lidarem melhor com sua própria limitação”, Mizael Conrado revelou um grande projeto para 2025: capacitar 100 mil professores de educação física. Ao LANCE, o dirigente explicou como pretende colocar o plano em prática.
- Já estamos tentando uma parceria com o Fórum Nacional dos Secretários Estaduais de Educação, vamos buscar parcerias com municípios e com o MEC (Ministério da Educação) para que a gente consiga trazer esses professores para o nosso programa de capacitação.
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