menu hamburguer
imagem topo menu
logo Lance!X
Logo Lance!
logo lance!

Acesse sua conta para ter acesso a conteúdos exclusivos e personalizados!

Medina põe fim a ano de polêmicas e diz: ‘Sou humano. A pressão é grande’

Surfista brasileiro supera exposição negativa por brigas com o COB, afastamento da família e polêmica sobre vacina, e admite alívio pela conquista do tri que parecia impossível

Medina Campeão
imagem cameraGabriel Medina se igualou a Tom Curren (EUA), Andy Irons (HAV) e Mick Fanning (AUS) (Foto: Sean M. Haffey / AFP)
Avatar
Lance!
Londres (ING) e Rio de Janeiro (RJ)
Dia 16/09/2021
01:07
Atualizado em 16/09/2021
10:55

  • Matéria
  • Mais Notícias

Polêmica da vacina, briga com o Comitê Olímpico do Brasil (COB), turbulência familiar... o brasileiro Gabriel Medina viveu um ano de muitos problemas em 2021, mas deu a volta por cima e se sagrou tricampeão mundial de surfe na última terça-feira, em Tresltes, na Califórnia, na disputa do WSL Finals, que encerrou o Circuito Mundial (WCT).

Em entrevista ao LANCE!, o atleta de 27 anos não escondeu suas fragilidades e destacou o alívio que sentiu com o tricampeonato, um sonho antigo e que por vezes pareceu impossível.

continua após a publicidade

- Eu sou um ser humano igual a vocês e sinto as coisas. A pressão é grande. Mas eu me sinto abençoado, pois consegui sair disso tudo com três títulos mundiais - afirmou o brasileiro, de 27 anos.

- É difícil se manter no topo, ainda mais com essa molecada que está surfando muito, inclusive no Brasil. Sempre tem aquela pressão, comparações e críticas. Ao mesmo tempo, você tem que levar em conta que estamos viajando o mundo inteiro, em uma onda diferente, e é muito difícil se manter psicologicamente e fisicamente 100% - disse Gabriel.

+ Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, terão disputas em pontos turísticos, futebol no estádio do PSG e surfe no Taiti; veja fotos

Ele destacou que a sensação da mais recente conquista tem um diferencial em comparação com as anteriores.

- A diferença deste terceiro título para os outros é que era meu maior sonho. Esse era meu sonho intocável. Parecia ser impossível, ainda mais pensando nas pessoas em quem eu me inspirava: Ayrton (Senna), Pelé e Mick Fanning. Eram intocáveis. Chegar nesses números é ir além dos meus sonhos. Eu amo surfar. O esporte mudou minha vida e serviu de motivação no dia a dia. Devo muito ao esporte - falou Medina.

Considerado um dos maiores da história, o brasileiro ergueu o primeiro troféu na elite do esporte em 2014. Quatro anos depois, repetiu o feito, em 2018. E o terceiro demorou mais três anos para chegar.

- Eu não sei nem como eu fiz isso, porque foi um ano muito atípico e difícil. Tivemos de passar por quarentena, viajamos, passamos o maior tempão na Austrália e depois nos Estados Unidos. Emendei uma viagem em outra. Você não volta para casa direito. Eu particularmente amo o Brasil e gosto de voltar para casa para reenergizar. Neste ano, tive isso bem pouco. Pelo menos tinha minha mulher ao lado, o que ajudou bastante. Eu me senti em casa todos os dias - disse Medina, referindo-se à modelo Yasmin Brunet, com quem o astro se fechou nos últimos meses, enquanto se afastou de sua família.

O surfista admite que a temporada trouxe aprendizados diferentes das anteriores, o que tornou a conquista ainda mais especial. Ele derrubou o compatriota Filipe Toledo na decisão e se igualou às lendas Tom Curren (EUA), Andy Irons (HAV) e Mick Fanning (AUS), os únicos tricampeões do mundo ao seu lado.

- Eu nem sei colocar em palavras a sensação de acordar tricampeão mundial, porque é só uma sensação, uma mistura de alívio com felicidade. Mais de alívio, porque foram anos trabalhando nisso e me dedicando. Deixei de fazer muitas coisas para chegar nesse dia de terça-feira. Foi um alívio gigante. A ficha está caindo ainda. Vivo o dia a dia.

Em 2021, o paulista ficou marcado por uma discussão com o COB após a entidade recusar o credenciamento de Brunet para os Jogos Olímpicos de Tóquio, como parte da equipe de apoio do atleta. O veto de familiares e pessoas próximas dos atletas foi justificado como medida de proteção em meio à pandemia. O episódio teve trocas de farpas públicas do atleta e do Comitê.

Abalado e sem a parceira, Gabriel voltou do Japão sem medalha, após duas derrotas frustrantes e marcadas por polêmicas, uma para o japonês Kanoa Igarashi, na semifinal, e outra para o australiano Owen Wright, na disputa pelo bronze. Ele teve ao seu lado o técnico Andy King.

Se não bastassem os problemas, ele anunciou em setembro que não competiria na etapa do Taiti do Circuito Mundial porque não tinha se vacinado contra a Covid-19. O surfista foi bastante criticado por supostamente ser contrário à imunização e precisou se retratar publicamente. No fim das contas, o evento acabou cancelado por causa da própria pandemia.

continua após a publicidade

Mais lidas

Newsletter do Lance!

Fique por dentro dos esportes e do seu time do coração com apenas 1 minuto de leitura!

O melhor do esporte na sua manhã!
  • Matéria
  • Mais Notícias