Os melhores da 1ª semana da Volta da França: Aert, Pogacar, Roglic e Jumbo
Confira análise sobre os maiores protagonistas dos primeiros nove dias de Tour de France<br>
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A primeira semana da Volta da França começou calma, mesmo passando por várias montanhas “categoria 1” antes mesmo do fim de semana, mas sexta-feira, sábado (só no final) e domingo foram de grande entretenimento. O que realmente iniciou as ações entre os favoritos (GCs) foi a perda de 1m21s do Pogacar no vento cruzado na sexta. Ele não perdeu tempo e nos dois dias seguintes não teve dúvidas e partiu para o ataque, assim que a estrada apontou para cima. Nada de “salvar as energias”, “economizar para a dura terceira semana” ou “esperar as etapas chaves”. Bem do jeitinho que todo mundo gosta. Como não torcer para ele depois do que fez nos dois dias nas montanhas do Pirineus?
Embora tenha queimado as chances do Dumoulin na etapa 8 quando ele foi para frente do pelotão a 100% até explodir, a equipe Jumbo termina a primeira semana sem plano B, mas com a camisa amarela e três vitórias. Certamente é a equipe que está controlando o pelotão dos favoritos. sua maior rival, a equipe Ineos não teve como controlar nas montanhas, embora tenha feito o pelotão cortar na etapa com vento cruzado e é o que teremos nas etapas da próxima terça e quarta-feira.
Entre os favoritos, para mim, Roglic, Bernal, Pogacar e Landa foram os melhores nas montanhas.
Logo depois, G. Martin e Quintana. Por último Uran fazendo o papel de “ninja” e embora não o vendo muito na ponta entre as disputas dos favoritos está só a 32s do Roglic e tem um ótimo contrarrelógio para a última etapa. Roglic e Bernal só responderam aos ataques e fizeram o máximo para não investir energia sem perder tempo na geral. Pogacar foi sensacional e mostrou ao que veio. Tem só 21 anos, está no seu 1º Tour e está testando seus limites. Não tem nada a perder caso acabe se desgastando além do que pode já que nem sabe até onde ele pode ir. Landa, que também perdeu os mesmos 1m21s que o Pogacar perdeu no vento cruzado, não ficou para trás em nenhuma das acelerações e pode vir a ser uma das forças nas altas montanhas.
Nos últimos oito anos, a diferença entre o campeão final e onde ele estava na etapa 9 foi:
2012 Wiggins; já de amarela
2013 Froome; já de amarela
2014 V. Nibali; 2º a 1m34s
2015 Froome; já de amarela
2016 Froome; já de amarela
2017 Froome; já de amarela
2018 Thomas; 2º a 43s
2019 E. Bernal; 6º a 1m16s
2020 - ??
Esse histórico sugere que qualquer um que esteja acima de 1m30s provavelmente não tem mais chances de vestir a amarela em Paris. Normalmente essa diferença a essa altura incluiria no máximo uns 5 ciclistas. Só que esse ano temos praticamente todo top 10 dentro dessa diferença. Isso torna a segunda semana bem promissora principalmente não havendo mais contrarrelógio até a última etapa.
Na terça e quarta-feira, teremos etapas com boas possibilidades de ventos cruzados, como na etapa 7. Foi a que mais causou diferenças de tempo entre os GCs. Promete! Já que várias outras equipes estarão de olho para iniciar os ataques e causar o caos para se aproveitarem do saldo da confusão. De quinta a sábado, os percursos e o acúmulo de fadiga aumentarão as chances de termos grandes e bem sucedidas fugas. Serão várias etapas onduladas, longas, com montanhas, mas nenhuma com mega montanhas. Com sorte o Hirshi consegue a sua etapa depois das duas heroicas tentativas dessa semana. Domingo, aí sim, a escalada do Grand Colombier.
E para quem achava que não teríamos ciclismo na segunda-feira devido ao dia de descanso do Tour de France, começa na 2ª feira a Tirreno-Adriatico, tradicional prova preparatória para o Giro de Itália.
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