Morre Gerson Victalino, recordista de partidas com a Seleção de basquete
Ex-pivô, que fez parte do time campeão pan-americano em Indianápolis-1987, ao lado de Oscar Schmidt e Marcel, lutava contra esclerose lateral amiotrófica. Ele tinha 60 anos
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Recordista de partidas com a Seleção Brasileira de basquete, o ex-pivô Gerson Victalino morreu na madrugada desta quarta-feira, em Minas Gerais, vítima de esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença degenerativa do sistema nervoso. Ele tinha 60 anos.
Entre Olimpíadas, Mundiais, Copas Américas, Sul-Americanos e Jogos Pan-Americanos, ele somou 93 partidas em torneios FIBA com as cores do país. Um dos pontos altos da carreira foi a conquista do Pan de Indianápolis-1987, diante dos Estados Unidos, na geração comandada por Oscar Schmidt e Marcel. Ainda jogou três Olimpíadas, em Los Angeles-1984, Seul-1988 e Barcelona-1992. Ele vestiu a camisa do Brasil de 1981 a 1994.
O mineiro começou no basquete aos 18 anos, mas primeiro se destacou no futebol por conta de sua altura. Ele estreou como profissional em 1979, pelo Ginástico, em Minas. Em 1981, atuou pela primeira vez pela Seleção, no Sul-Americano, sob comando de Claudio Mortari, anotando sete pontos na vitória sobre o Chile por 100 a 43, em Montevidéu, e desde então fez uma longa carreira com a camisa verde e amarela.
Sua despedida aconteceu na Olimpíada de 1992, no jogo que decidiu o quinto lugar para o país diante da Austrália, com 14 pontos.
Na carreira, Gerson defendeu Monte Líbano, Corinthians, Lençóis Paulista, Jales, Manresa-ESP, Sport-PE e Remo, onde se aposentou em 2002.
"A Confederação Brasileira de Basketball agradece mais uma vez pelo amor com que Gerson se entregava ao esporte e por todos os anos defendendo a camisa do Brasil. Força aos familiares e nossos pêsames", disse a CBB, em nota.
Em 2020, Gerson foi homenageado pela entidade como um dos nomes das Conferências do Campeonato Brasileiro Adulto, com um selo comemorativo. Na época, falou sobre a luta contra a doença.
- Passo por um problema temporário. Sei da gravidade, mas também sei que as lutas vem na nossa vida para lutarmos e mostrarmos nossas forças. Para os médicos, a cura não existe, mas não posso me apegar no que eles pensam e sim na minha certeza que há um caminho para a cura. Imagina uma coisa até tempos atrás que não tinha cura e hoje tem. Com certeza eu vou ser o primeiro desta moléstia (risos) porque tenho fé em Deus e não me entrego facilmente - contou Gerson na ocasião.
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